Além do reconhecimento por ser o maior presidente da história desse país, o presidente Lula prova mais uma vez que também é o maior estrategista político da atualidade. Ele acaba de dar um nó de marinheiro nas estratégias traçadas pelos marqueteiros pagos a peso de ouro pelos tucanos.
Serra e seus marqueteiros sabem que se apontarem suas armas na direção de Lula cometem suicídio político. Eles montaram então uma estratégia de difícil compreensão ao se posicionar ao lado de Lula como vítimas de jogo político, colocando Dilma e Collor como vilões que usam família em campanha, ou seja, como se Dilma e Collor estivessem contra ele e o presidente Lula. Coisa de doido, mas como a campanha de Serra desde o início contou com a possibilidade de confundir o eleitor, sem restrições por parte do TSE, é plenamente justificável.
Só que os marqueteiros não contavam com a entrada de Lula para, digamos, “desconfundir” a percepção do eleitor e mostrar para todos quem é que está contra ele e o seu governo.
A estratégia de fogo cerrado em cima de Dilma vem se transformando, como pode ser apurado nas recentes pesquisas e trackings, no derradeiro tiro no pé do consórcio oposição/velha mídia, pois até agora o presidente só aparecia para fazer propaganda positiva de Dilma, poupando o adversário para não ser acusado de “chutar cachorro morto”, e assim Serra ainda conseguia enganar uns poucos incautos se fazendo de amigo do presidente. Com o presidente partindo para o confronto, fica claro até para aqueles menos informados que ainda tinham dúvidas sobre quem estava do lado do presidente e quem estava contra ele.
Lula agora alveja diretamente Serra dizendo que ele mente e apela, servindo como um antídoto para o tom apelativo do tucano e para a campanha descontrolada da velha mídia. Quanto mais o tom deles subir, mais o presidente vai se envolver pessoalmente jogando todo o peso da sua aprovação para formar opinião.
Se o movimento atual das pesquisas continuar se confirmando podemos estar presenciando a falência do método de criar factóides frágeis para influenciar as urnas, além da confirmação do amadurecimento da sociedade brasileira, eliminado os terceirizadores de opinião, passando a se expressar de forma direta e livre.
por Marcio Leal
quarta-feira, 29 de setembro de 2010
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