sábado, 24 de abril de 2010

Lamentável: Governo de MG condecora condenado da justiça. Quer impunidade maior que matar e ser homenageado por isso?

O médico condenado no acidente que ficou conhecido como "o pega de Bicas" é condecorado pelo governo de Minas com a Medalha dos Inconfidentes.

O médico Ademar Pessoa Cardoso é acusado de participar de um "pega" automobilístico que vitimou cinco pessoas da mesma família, em Bicas, na Região da Zona da Mata Mineira.

Levado a júri popular em maio de 2005, o médico foi condenado a 12 anos e nove meses de reclusão, por crime de dolo eventual, ou seja, embora não tenha havido a intenção de obter o resultado, o réu, com a sua conduta, assumiu o risco de produzi-lo.

O acidente aconteceu na rodovia que liga Bicas a Mar de Espanha e matou cinco pessoas da família Carnaúba.

Além do médico, o empresário Ismael Keller Loth é o outro acusado de participar do "pega".

O CASO

No dia 05 de abril de 1996, uma Sexta-Feira da Paixão, na rodovia que liga Bicas a Mar de Espanha, uma estrada sinuosa e sem acostamento, o médico Ademar Cardoso e o industrial Ismael Keller Loth, ao volante de um Fiat Tempra e de uma camionete Blazer, respectivamente, disputavam um "pega". Os dois haviam feito, em público, uma aposta de dois mil reais a serem pagos a quem chegasse primeiro ao destino.

Combinaram ainda que o Tempra não poderia ultrapassar 180 quilômetros por hora porque a Blazer não chegava a tal velocidade. Na localidade de Santa Helena, a Blazer dirigida por Ismael bateu de frente num Fusca dirigido por Júlio César Ferreira, que morreu na hora, junto com a mulher dele, Adriana. No acidente também morreram as duas filhas do casal: Vitória, de dois anos, e Teodora, de 6 meses, e Izabel, de 88 anos, tia de Adriana. Apesar de ser médico, o motorista do Fiat Tempra deixou de prestar socorro às vítimas.

45 escândalos que marcaram o governo FHC

O Brasil não esquecerá

Itinerário de um desastre

Nenhum governo teve mídia tão favorável quanto o de FHC, o que não deixa de ser surpreendente, visto que em seus dois mandatos ele realizou uma extraordinária obra de demolição, de fazer inveja a Átila e a Gêngis Khan. Vale a pena relembrar algumas das passagens de um governo que deixará uma pesada herança para seu sucessor.

A taxa média de crescimento da economia brasileira, ao longo da década tucana, foi a pior da história, em torno de 2,4%. Pior até mesmo que a taxa média da chamada década perdida, os anos 80, que girou em torno de 3,2%. No período, o patrimônio público representado pelas grandes estatais foi liquidado na bacia das almas. No discurso, essa operação serviria para reduzir a dívida pública e para atrair capitais. Na prática assistimos a um crescimento exponencial da dívida pública. A dívida interna saltou de R$ 60 bilhões para impensáveis R$ 630 bilhões, enquanto a dívida externa teve seu valor dobrado.

Enquanto isso, o esperado afluxo de capitais não se verificou. Pelo contrário, o que vimos no setor elétrico foi exemplar. Uma parceria entre as elétricas privatizadas e o governo gerou uma aguda crise no setor, provocando um longo racionamento. Esse ano, para compensar o prejuízo que sua imprevidência deu ao povo, o governo premiou as elétricas com sobretaxas e um esdrúxulo programa de energia emergencial. Ou seja, os capitais internacionais não vieram e a incompetência das privatizadas está sendo financiada pelo povo.

O texto que segue é um itinerário, em 45 pontos, das ações e omissões levadas a efeito pelo governo FHC e de relatos sobre tentativas fracassadas de impor medidas do receituário neoliberal. Em alguns casos, a oposição, aproveitando- se de rachas na base governista ou recorrendo aos tribunais, bloqueou iniciativas que teriam causado ainda mais dano aos interesses do povo.

Essa recompilação serve como ajuda à memória e antídoto contra a amnésia. Mostra que a obra de destruição realizada por FHC não pode ser fruto do acaso. Ela só pode ser fruto de um planejamento meticuloso.

1 - Conivência com a corrupção

O governo do PSDB tem sido conivente com a corrupção. Um dos primeiros gestos de FHC ao assumir a Presidência, em 1995, foi extinguir, por decreto, a Comissão Especial de Investigação, instituída no governo Itamar Franco e composta por representantes da sociedade civil, que tinha como objetivo combater a corrupção. Em 2001, para impedir a instalação da CPI da Corrupção, FHC criou a Controladoria- Geral da União, órgão que se especializou em abafar denúncias.

2 - O escândalo do Sivam

O contrato para execução do projeto Sivam foi marcado por escândalos. A empresa Esca, associada à norte-americana Raytheon, e responsável pelo gerenciamento do projeto, foi extinta por fraudes contra a Previdência. Denúncias de tráfico de influência derrubaram o embaixador Júlio César dos Santos e o ministro da Aeronáutica, Brigadeiro Mauro Gandra.

3 - A farra do Proer

O Proer demonstrou, já em 1996, como seriam as relações do governo FHC com o sistema financeiro. Para FHC, o custo do programa ao Tesouro Nacional foi de 1% do PIB. Para os ex-presidentes do BC, Gustavo Loyola e Gustavo Franco, atingiu 3% do PIB. Mas para economistas da Cepal, os gastos chegaram a 12,3% do PIB, ou R$ 111,3 bilhões, incluindo a recapitalizaçã o do Banco do Brasil, da CEF e o socorro aos bancos estaduais.

4 - Caixa-dois de campanhas

As campanhas de FHC em 1994 e em 1998 teriam se beneficiado de um esquema de caixa-dois. Em 1994, pelo menos R$ 5 milhões não apareceram na prestação de contas entregue ao TSE. Em 1998, teriam passado pela contabilidade paralela R$ 10,1 milhões.

5 - Propina na privatização

A privatização do sistema Telebrás e da Vale do Rio Doce foi marcada pela suspeição. Ricardo Sérgio de Oliveira, ex-caixa de campanha de FHC e do senador José Serra e ex-diretor da Área Internacional do Banco do Brasil, é acusado de pedir propina de R$ 15 milhões para obter apoio dos fundos de pensão ao consórcio do empresário Benjamin Steinbruch, que levou a Vale, e de ter cobrado R$ 90 milhões para ajudar na montagem do consórcio Telemar.

6 - A emenda da reeleição

O instituto da reeleição foi obtido por FHC a preços altos. Gravações revelaram que os deputados Ronivon Santiago e João Maia, do PFL do Acre, ganharam R$ 200 mil para votar a favor do projeto. Os deputados foram expulsos do partido e renunciaram aos mandatos. Outros três deputados acusados de vender o voto, Chicão Brígido, Osmir Lima e Zila Bezerra, foram absolvidos pelo plenário da Câmara.

7 - Grampos telefônicos

Conversas gravadas de forma ilegal foram um capítulo à parte no governo FHC. Durante a privatização do sistema Telebrás, grampos no BNDES flagraram conversas de Luiz Carlos Mendonça de Barros, então ministro das Comunicações, e André Lara Resende, então presidente do BNDES, articulando o apoio da Previ para beneficiar o consórcio do banco Opportunity, que tinha como um dos donos o economista Pérsio Arida, amigo de Mendonça de Barros e de Lara Resende. Até FHC entrou na história, autorizando o uso de seu nome para pressionar o fundo de pensão dos funcionários do Banco do Brasil.

8 - TRT paulista

A construção da sede do TRT paulista representou um desvio de R$ 169 milhões aos cofres públicos. A CPI do Judiciário contribuiu para levar o juiz Nicolau dos Santos Neto, ex-presidente do Tribunal, para a cadeia e para cassar o mandato do Senador Luiz Estevão (PMDB-DF), dois dos principais envolvidos no caso.

9 - Os ralos do DNER

O DNER foi o principal foco de corrupção no governo de FHC. Seu último avanço em matéria de tecnologia da propina atende pelo nome de precatórios. A manobra consiste em furar a fila para o pagamento desses títulos. Estima-se que os beneficiados pela fraude pagavam 25% do valor dos precatórios para a quadrilha que comandava o esquema. O órgão acabou sendo extinto pelo governo.

10 - O "caladão"

O Brasil calou no início de julho de 1999 quando o governo FHC implementou o novo sistema de Discagem Direta a Distância (DDD). Uma pane geral deixou os telefones mudos. As empresas que provocaram o caos no sistema haviam sido recém-privatizadas. O "caladão" provocou prejuízo aos consumidores, às empresas e ao próprio governo. Ficou tudo por isso mesmo.

11 - Desvalorização do real

FHC se reelegeu em 1998 com um discurso que pregava "ou eu ou o caos". Segurou a quase paridade entre o real e o dólar até passar o pleito. Vencida a eleição, teve de desvalorizar a moeda. Há indícios de vazamento de informações do Banco Central. O deputado Aloizio Mercadante, do PT, divulgou lista com o nome dos 24 bancos que lucraram muito com a mudança cambial e outros quatro que registraram movimentação especulativa suspeita às vésperas do anúncio das medidas.

12 - O caso Marka/FonteCindam

Durante a desvalorização do real, os bancos Marka e FonteCindam foram socorridos pelo Banco Central com R$ 1,6 bilhão. O pretexto é que a quebra desses bancos criaria risco sistêmico para a economia. Chico Lopes, ex-presidente do BC, e Salvatore Cacciola, ex-dono do Banco Marka, estiveram presos, ainda que por um pequeno lapso de tempo. Cacciola retornou à sua Itália natal, onde vive tranqüilo.

13 - Base de Alcântara

O governo FHC enfrenta resistências para aprovar o acordo de cooperação internacional que permite aos Estados Unidos usarem a Base de Lançamentos Espaciais de Alcântara (MA). Os termos do acordo são lesivos aos interesses nacionais. Exemplos: áreas de depósitos de material americano serão interditadas a autoridades brasileiras. O acesso brasileiro a novas tecnologias fica bloqueado e o acordo determina ainda com que países o Brasil pode se relacionar nessa área. Diante disso, o PT apresentou emendas ao tratado – todas acatadas na Comissão de Relações Exteriores da Câmara.

14 - Biopirataria oficial

Antigamente, os exploradores levavam nosso ouro e pedras preciosas. Hoje, levam nosso patrimônio genético. O governo FHC teve de rever o contrato escandaloso assinado entre a Bioamazônia e a Novartis, que possibilitaria a coleta e transferência de 10 mil microorganismos diferentes e o envio de cepas para o exterior, por 4 milhões de dólares. Sem direito ao recebimento de royalties. Como um único fungo pode render bilhões de dólares aos laboratórios farmacêuticos, o contrato não fazia sentido. Apenas oficializava a biopirataria.

15 - O fiasco dos 500 anos

As festividades dos 500 anos de descobrimento do Brasil, sob coordenação do ex-ministro do Esporte e Turismo, Rafael Greca (PFL-PR), se transformaram num fiasco monumental. Índios e sem-terra apanharam da polícia quando tentaram entrar em Porto Seguro (BA), palco das comemorações. O filho do presidente, Paulo Henrique Cardoso, é um dos denunciados pelo Ministério Público de participação no episódio de superfaturamento da construção do estande brasileiro na Feira de Hannover, em 2000.

16 - Eduardo Jorge, um personagem suspeito

Eduardo Jorge Caldas, ex-secretário- geral da Presidência, é um dos personagens mais sombrios que freqüentou o Palácio do Planalto na era FHC. Suspeita-se que ele tenha se envolvido no esquema de liberação de verbas para o TRT paulista e em superfaturamento no Serpro, de montar o caixa-dois para a reeleição de FHC, de ter feito lobby para empresas de informática, e de manipular recursos dos fundos de pensão nas privatizações. Também teria tentado impedir a falência da Encol.

17 - Drible na reforma tributária

O PT participou de um acordo, do qual faziam parte todas as bancadas com representação no Congresso Nacional, em torno de uma reforma tributária destinada a tornar o sistema mais justo, progressivo e simples. A bancada petista apoiou o substitutivo do relator do projeto na Comissão Especial de Reforma Tributária, deputado Mussa Demes (PFL-PI). Mas o ministro da Fazenda, Pedro Malan, e o Palácio do Planalto impediram a tramitação.

18 - Rombo transamazônico na Sudam

O rombo causado pelo festival de fraudes transamazônicas na Superintendência de Desenvolvimento da Amazônia, a Sudam, no período de 1994 a 1999, ultrapassa R$ 2 bilhões. As denúncias de desvios de recursos na Sudam levaram o ex-presidente do Senado, Jader Barbalho (PMDB-PA) a renunciar ao mandato. Ao invés de acabar com a corrupção que imperava na Sudam e colocar os culpados na cadeia, o presidente Fernando Henrique Cardoso resolveu extinguir o órgão. O PT ajuizou ação de inconstitucionalida de no Supremo Tribunal Federal contra a providência do governo.

19 - Os desvios na Sudene

Foram apurados desvios de R$ 1,4 bilhão em 653 projetos da Superintendência de Desenvolvimento do Nordeste, a Sudene. A fraude consistia na emissão de notas fiscais frias para a comprovação de que os recursos recebidos do Fundo de Investimentos do Nordeste (Finor) foram aplicados. Como no caso da Sudam, FHC decidiu extinguir o órgão. O PT também questionou a decisão no Supremo Tribunal Federal.

20 - Calote no Fundef

O governo FHC desrespeita a lei que criou o Fundef. Em 2002, o valor mínimo deveria ser de R$ 655,08 por aluno/ano de 1ª a 4ª séries e de R$ 688,67 por aluno/ano da 5ª a 8ª séries do ensino fundamental e da educação especial. Mas os valores estabelecidos ficaram abaixo: R$ 418,00 e R$ 438,90, respectivamente. O calote aos estados mais pobres soma R$ 11,1 bilhões desde 1998.

21 - Abuso de MPs

Enquanto senador, FHC combatia com veemência o abuso nas edições e reedições de Medidas Provisórias por parte José Sarney e Fernando Collor. Os dois juntos editaram e reeditaram 298 MPs. Como presidente, FHC cedeu à tentação autoritária. Editou e reeditou, em seus dois mandatos, 5.491medidas. O PT participou ativamente das negociações que resultaram na aprovação de emenda constitucional que limita o uso de MPs.

22 - Acidentes na Petrobras

Por problemas de gestão e falta de investimentos, a Petrobras protagonizou uma série de acidentes ambientais no governo FHC que viraram notícia no Brasil e no mundo. A estatal foi responsável pelos maiores desastres ambientais ocorridos no País nos últimos anos. Provocou, entre outros, um grande vazamento de óleo na Baía de Guanabara, no Rio, outro no Rio Iguaçu, no Paraná. Uma das maiores plataformas da empresa, a P-36, afundou na Bacia de Campos, causando a morte de 11 trabalhadores. A Petrobras também ganhou manchetes com os acidentes de trabalho em suas plataformas e refinarias que ceifaram a vida de centenas de empregados.

23 - Apoio a Fujimori

O presidente FHC apoiou o terceiro mandato consecutivo do corrupto ditador peruano Alberto Fujimori, um sujeito que nunca deu valor à democracia e que fugiu do País para não viver os restos de seus dias na cadeia. Não bastasse isso, concedeu a Fujimori a medalha da Ordem do Cruzeiro do Sul, o principal título honorário brasileiro. O Senado, numa atitude correta, acatou sugestão apresentada pelo senador Roberto Requião (PMDB-PR) e cassou a homenagem.

24 - Desmatamento na Amazônia

Por meio de decretos e medidas provisórias, o governo FHC desmontou a legislação ambiental existente no País. As mudanças na legislação ambiental debilitaram a proteção às florestas e ao cerrado e fizeram crescer o desmatamento e a exploração descontrolada de madeiras na Amazônia. Houve aumento dos focos de queimadas. A Lei de Crimes Ambientais foi modificada para pior.

25 – Os computadores do FUST

A idéia de equipar todas as escolas públicas de ensino médio com 290 mil computadores se transformou numa grande negociata. Os recursos para a compra viriam do Fundo de Universalizaçã o das Telecomunicaçõ es, o Fust. Mas o governo ignorou a Lei de Licitações, a 8.666. Além disso, fez megacontrato com a Microsoft, que teria, com o Windows, o monopólio do sistema operacional das máquinas, quando há softwares que poderiam ser usados gratuitamente. A Justiça e o Tribunal de Contas da União suspenderam o edital de compra e a negociata está suspensa.

26 - Arapongagem

O governo FHC montou uma verdadeira rede de espionagem para vasculhar a vida de seus adversários e monitorar os passos dos movimentos sociais. Essa máquina de destruir reputações é constituída por ex-agentes do antigo SNI ou por empresas de fachada. Os arapongas tucanos sabiam da invasão dos sem-terra à propriedade do presidente em Buritis, em março deste ano, e o governo nada fez para evitar a operação. Eles foram responsáveis também pela espionagem contra Roseana Sarney.

27 - O esquema do FAT

A Fundação Teotônio Vilela, presidida pelo ex-presidente do PSDB, senador alagoano Teotônio Vilela, e que tinha como conselheiro o presidente FHC, foi acusada de envolvimento em desvios de R$ 4,5 milhões do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT). Descobriu-se que boa parte do dinheiro, que deveria ser usado para treinamento de 54 mil trabalhadores do Distrito Federal, sumiu. As fraudes no financiamento de programas de formação profissional ocorreram em 17 unidades da federação e estão sob investigação do Tribunal de Contas da União (TCU) e do Ministério Público.

28 - Mudanças na CLT

A maioria governista na Câmara dos Deputados aprovou, contra o voto da bancada do PT, projeto que flexibiliza a CLT, ameaçando direitos consagrados dos trabalhadores, como férias, décimo terceiro e licença maternidade. O projeto esvazia o poder de negociação dos sindicatos. No Senado, o governo FHC não teve forças para levar adiante essa medida anti-social.

29 - Obras irregulares
Um levantamento do Tribunal de Contas da União, feito em 2001, indicou a existência de 121 obras federais com indícios de irregularidades graves. A maioria dessas obras pertence a órgãos como o extinto DNER, os ministérios da Integração Nacional e dos Transportes e o Departamento Nacional de Obras Contra as Secas. Uma dessas obras, a hidrelétrica de Serra da Mesa, interior de Goiás, deveria ter custado 1,3 bilhão de dólares. Consumiu o dobro.

30 - Explosão da dívida pública

Quando FHC assumiu a Presidência da República, em janeiro de 1995, a dívida pública interna e externa somava R$ 153,4 bilhões. Entretanto, a política de juros altos de seu governo, que pratica as maiores taxas do planeta, elevou essa dívida para R$ 684,6 bilhões em abril de 2002, um aumento de 346%. Hoje, a dívida já equivale a preocupantes 54,5% do PIB.

31 - Avanço da dengue

A omissão do Ministério da Saúde é apontada como principal causa da epidemia de dengue no Rio de Janeiro. O ex-ministro José Serra demitiu seis mil mata-mosquitos contratados para eliminar focos do mosquito Aedes Aegypti. Em 2001, o Ministério da Saúde gastou R$ 81,3 milhões em propaganda e apenas R$ 3 milhões em campanhas educativas de combate à dengue. Resultado: de janeiro a maio de 2002, só o estado do Rio registrou 207.521 casos de dengue, levando 63 pessoas à morte.

32 – Verbas do BNDES

Além de vender o patrimônio público a preço de banana, o governo FHC, por meio do BNDES, destinou cerca de R$ 10 bilhões para socorrer empresas que assumiram o controle de ex-estatais privatizadas. Quem mais levou dinheiro do banco público que deveria financiar o desenvolvimento econômico e social do Brasil foram as teles e as empresas de distribuição, geração e transmissão de energia. Em uma das diversas operações, o BNDES injetou R$ 686,8 milhões na Telemar, assumindo 25% do controle acionário da empresa.

33 - Crescimento pífio do PIB

Na "Era FHC", a média anual de crescimento da economia brasileira estacionou em pífios 2%, incapaz de gerar os empregos que o País necessita e de impulsionar o setor produtivo. Um dos fatores responsáveis por essa quase estagnação é o elevado déficit em conta-corrente, de 23 bilhões de dólares no acumulado dos últimos 12 meses. Ou seja: devido ao baixo nível da poupança interna, para investir em seu desenvolvimento, o Brasil se tornou extremamente dependente de recursos externos, pelos quais paga cada vez mais caro.

34 – Renúncias no Senado

A disputa política entre o Senador Antônio Carlos Magalhães (PFL-BA) e o Senador Jader Barbalho (PMDB-PA), em torno da presidência do Senado expôs publicamente as divergências da base de sustentação do governo. ACM renunciou ao mandato, sob a acusação de violar o painel eletrônico do Senado na votação que cassou o mandato do senador Luiz Estevão (PMDB-DF). Levou consigo seu cúmplice, o líder do governo, senador José Roberto Arruda (PSDB-DF). Jader Barbalho se elegeu presidente do Senado, com apoio ostensivo de José Serra e do PSDB, mas também acabou por renunciar ao mandato, para evitar a cassação. Pesavam contra ele denúncias de desvio de verbas da Sudam.

35 - Racionamento de energia

A imprevidência do governo FHC e das empresas do setor elétrico gerou o apagão. O povo se mobilizou para abreviar o racionamento de energia. Mesmo assim foi punido. Para compensar supostos prejuízos das empresas, o governo baixou Medida Provisória transferindo a conta do racionamento aos consumidores, que são obrigados a pagar duas novas tarifas em sua conta de luz. O pacote de ajuda às empresas soma R$ 22,5 bilhões.

36 - Assalto ao bolso do consumidor

FHC quer que o seu governo seja lembrado como aquele que deu proteção social ao povo brasileiro. Mas seu governo permitiu a elevação das tarifas públicas bem acima da inflação. Desde o início do plano real até agora, o preço das tarifas telefônicas foi reajustado acima de 580%. Os planos de saúde subiram 460%, o gás de cozinha 390%, os combustíveis 165%, a conta de luz 170% e a tarifa de água 135%. Neste período, a inflação acumulada ficou em 80%.

37 – Explosão da violência

O Brasil é um país cada vez mais violento. E as vítimas, na maioria dos casos, são os jovens. Na última década, o número de assassinatos de jovens de 15 a 24 anos subiu 48%. A Unesco coloca o País em terceiro lugar no ranking dos mais violentos, entre 60 nações pesquisadas. A taxa de homicídios por 100 mil habitantes, na população geral, cresceu 29%. Cerca de 45 mil pessoas são assassinadas anualmente. FHC pouco ou nada fez para dar mais segurança aos brasileiros.

38 – A falácia da Reforma agrária

O governo FHC apresentou ao Brasil e ao mundo números mentirosos sobre a reforma agrária. Na propaganda oficial, espalhou ter assentado 600 mil famílias durante oito anos de reinado. Os números estavam inflados. O governo considerou assentadas famílias que haviam apenas sido inscritas no programa. Alguns assentamentos só existiam no papel. Em vez de reparar a fraude, baixou decreto para oficializar o engodo.

39 - Subserviência internacional

A timidez marcou a política de comércio exterior do governo FHC. Num gesto unilateral, os Estados Unidos sobretaxaram o aço brasileiro. O governo do PSDB foi acanhado nos protestos e hesitou em recorrer à OMC. Por iniciativa do PT, a Câmara aprovou moção de repúdio às barreiras protecionistas. A subserviência é tanta que em visita aos EUA, no início deste ano, o ministro Celso Lafer foi obrigado a tirar os sapatos três vezes e se submeter a revistas feitas por seguranças de aeroportos.

40 – Renda em queda e desemprego em alta

Para o emprego e a renda do trabalhador, a Era FHC pode ser considerada perdida. O governo tucano fez o desemprego bater recordes no País. Na região metropolitana de São Paulo, o índice de desemprego chegou a 20,4% em abril, o que significa que 1,9 milhão de pessoas estão sem trabalhar. O governo FHC promoveu a precarização das condições de trabalho. O rendimento médio dos trabalhadores encolheu nos últimos três anos.

41 - Relações perigosas

Diga-me com quem andas e te direi quem és. Esse ditado revela um pouco as relações suspeitas do presidenciável tucano José Serra com três figuras que estiveram na berlinda nos últimos dias. O economista Ricardo Sérgio de Oliveira, ex-caixa de campanha de Serra e de FHC, é acusado de exercer tráfico de influência quando era diretor do Banco do Brasil e de ter cobrado propina no processo de privatização. Ricardo Sérgio teria ajudado o empresário espanhol Gregório Marin Preciado a obter perdão de uma dívida de R$ 73 milhões junto ao Banco do Brasil. Preciado, casado com uma prima de Serra, foi doador de recursos para a campanha do senador paulista. Outra ligação perigosa é com Vladimir Antonio Rioli, ex-vice-presidente de operações do Banespa e ex-sócio de Serra em empresa de consultoria. Ele teria facilitado uma operação irregular realizada por Ricardo Sérgio para repatriar US$ 3 milhões depositados em bancos nas Ilhas Cayman - paraíso fiscal do Caribe.

42 – Violação aos direitos humanos

Massacres como o de Eldorado do Carajás, no sul do Pará, onde 19 sem-terra foram assassinados pela polícia militar do governo do PSDB em 1996, figuram nos relatórios da Anistia Internacional, que recentemente denunciou o governo FHC de violação aos direitos humanos. A Anistia critica a impunidade e denuncia que polícias e esquadrões da morte vinculados a forças de segurança cometeram numerosos homicídios de civis, inclusive crianças, durante o ano de 2001. A entidade afirma ainda que as práticas generalizadas e sistemáticas de tortura e maus-tratos prevalecem nas prisões.

43 – Correção da tabela do IR

Com fome de leão, o governo congelou por seis anos a tabela do Imposto de Renda. O congelamento aumentou a base de arrecadação do imposto, pois com a inflação acumulada, mesmo os que estavam isentos e não tiveram ganhos salariais, passaram a ser taxados. FHC só corrigiu a tabela em 17,5% depois de muita pressão da opinião pública e após aprovação de projeto pelo Congresso Nacional. Mesmo assim, após vetar o projeto e editar uma Medida Provisória que incorporava parte do que fora aprovado pelo Congresso, aproveitou a oportunidade e aumentou alíquotas de outros tributos.

44 – Intervenção na Previ

FHC aproveitou o dia de estréia do Brasil na Copa do Mundo de 2002 para decretar intervenção na Previ, o fundo de pensão dos funcionários do Banco do Brasil, com patrimônio de R$ 38 bilhões e participação em dezenas de empresas. Com este gesto, afastou seis diretores, inclusive os três eleitos democraticamente pelos funcionários do BB. O ato truculento ocorreu a pedido do banqueiro Daniel Dantas, dono do Opportunitty. Dias antes da intervenção, FHC recebeu Dantas no Palácio Alvorada. O banqueiro, que ameaçou divulgar dossiês comprometedores sobre o processo de privatização, trava queda-de-braç o com a Previ para continuar dando as cartas na Brasil Telecom e outras empresas nas quais são sócios.

45 – Barbeiragens do Banco Central

O Banco Central – e não o crescimento de Lula nas pesquisas – tem sido o principal causador de turbulências no mercado financeiro. Ao antecipar de setembro para junho o ajuste nas regras dos fundos de investimento, que perderam R$ 2 bilhões, o BC deixou o mercado em polvorosa. Outro fator de instabilidade foi a decisão de rolar parte da dívida pública estimulando a venda de títulos LFTs de curto prazo e a compra desses mesmos papéis de longo prazo. Isto fez subir de R$ 17,2 bilhões para R$ 30,4 bilhões a concentração de vencimentos da dívida nos primeiros meses de 2003. O dólar e o risco Brasil dispararam. Combinado com os especuladores e o comando da campanha de José Serra, Armínio Fraga não vacilou em jogar a culpa no PT e nas eleições.

Apertem os cintos: o embate eleitoral começou



A campanha comecou, para valer. Os dois grandes competidores mostram suas armas, revelando cada campo sua forca e suas fraquezas. Ninguém ganhará na véspera, dado o arsenal de que dispõem cada campo.

Nem mesmo a situação econômica e social inquestionavelmente positiva bastará para eleger a candidata que diretamente representa esse quadro altamente positivo. Basta recordar como Lula, mesmo com grande apoio às políticas sociais do governo, teve que enfrentar um segundo turno contra Alckmin. E que a ampla vitória obtida no segundo turno foi o resultado, por um lado, das posições antineoliberais assumidas por Lula naquele momento especialmente contra as privatizações de FHC -, assim como operações políticas que ajudaram claramente a reverter o quadro tendencialmente favorável a Alckimin (que crescia e poderia chegar a estar na frente numa primeira pesquisa para o segundo turno).

Por um lado, Lula conseguiu o apoio de Sergio Cabral, recém eleito governador do Rio, enquanto Alckmin dava o passo equivocado de conseguir a adesao de Garotinho. Esse duplo movimento mudou o quadro, que poderia ter, na primeira pesquisa do segundo turno, um empate técnico, pela projeção das tendências do final do primeiro turno.

Em resumo, é preciso fazer política, manter a iniciativa, fazer o jogo de esgrima cotidiano que uma campanha tão desigual em termos de poder de divulgação requer, se se quer derrotar esse monopólio privado da mídia.

Na eleição de 2006 a oposição tratou de nem discutir os programas do governo. É certo que buscava desqualificar as políticas sociais do governo, dizendo que o bolsa família era um programa assistencialista, que comprava pobres, que se fazia com que ficassem dependentes das esmolas do Estado. Não se opunha alternativas, buscava se deslocar a discussão para outro plano, como se faz agora.

O foco da ação opositora era as denúncias de corrupção do governo, de inchaço do Estado, de uso da máquina estatal com fins partidários. De tal forma que foi decisivo o uso da imagem do maço de notas no final do primeiro turno em que o Jornal Nacional cometeu a brutalidade de não noticiar o maior acidente aéreo do Brasil, já noticiado pelo Jornal da Band antes, para dar destaque àquela imagem, que foi importante para conseguir a passagem para o segundo turno.

Foi, portanto, a combinação das realizações do governo mais as iniciativas políticas é que levaram à vitória de Lula no segundo turno.

Seria possível Dilma triunfar baseada nas realizações do governo? É possível, mas não seguro. Basta um exemplo: pesquisa do jornal Valor com grandes empresários demonstrou que a grande maioria deles está a favor das políticas do governo, mas essa mesma grande maioria diz que votará no Serra.

Por outro lado, está claro que a mídia está disposta a fazer de tudo, superando os limites de tudo o que fez até agora. Um dos limites que foi superado já é o da não divulgação de pesquisa que não lhes seja favorável. A FSP criticou na véspera os critérios de perguntas da pesquisa do Vox Populi, seus leitores estavam implicitamente informados de que havia uma pesquisa Vox Populi em andamento. Mas nem a FSP, nem O Globo, nem o Estado, deram o resultado da pesquisa. As pessoas não foram informadas que a diferença entre os outros dois tinha baixado de 8 pontos para 3. Não se transformou em um fato político. Não basta então haver pluralidade de pesquisas, será necessário construir canais alternativos de difusão, para paliar minimamente o fracasso da política de comunicação do governo.

Ficam claro os temas em que a oposição vai centrar sua campanha, que não será sobre o governo Lula, que eles têm que aceitar que é um governo de sucesso. Ficarao tentando dizer que o que tem de bom o governo teria vindo do governo FHC, mas os ataques se concentrarão na suposta falácia do PAC.

O centro mesmo serão os ataques à Dilma: seria autoritária, agressiva, descontrolada, incapaz de controlar o PT, nunca dirigiu um governo, foi terrorista, etc., etc. Para isso já tem usado os instrumentos mais torpes, seja a ficha falsa da Dilma, versões distorcidas de declarações (quantas vezes já se leu sobre gafes da Dilma e do Lula).

Não é Dilma que tem que envolver-se nas polêmicas. Ela tem que lidar sobretudo com a agenda positiva. Lula e os outros dirigentes políticos é que devem fazer a polêmica. E uma ágil e criativa coordenação de campanha que coordene efetivamente a campanha, com todas as contingências que ela venha a ter. Agil, porque se combaterá ao ritmo da internet e dos jornais diários. E criativa, porque se combate em brutal desigualdade de condições com os meios de que dispõem o bloco direitista.

A pauta da campanha deve ser a comparação dos dois governos, o que, por si só, revelará como Serra não será a continuidade do governo Lula, mas a retomada do programa do bloco tucano-demista. Mas, além disso, a campanha terá outros entreveros, com a oposição tentando descaracterizar essa comparação e buscando centrar a campanha na comparação de trajetórias, que na ótica bastarda da oposição, significa acusações pessoais a Dilma.

A nova campanha da Globo, com artistas cantando O Brasil pode mais exatamente o slogan do Serra -, na comemoração dos seus 45 (numero dos tucanos) anos, dá uma idéia da fusão entre mídia privada e campanha eleitoral da direita. É obvio que, mesmo se tivesse sido produzida muito antes, passaram duas semanas entre o lançamento do slogan do Serra e a veiculação da propaganda, tempo suficiente para se darem conta da coincidência. Não será a única. Para derrotá-los é preciso dispor de uma direção dinâmica e aberta aos intercâmbios com todos que participam dela, de uma rede alternativa de difusão e de muita criatividade. O fundamental nós temos: um governo com realizações inquestionavelmente superior ao dos tucanos, em todos os quesitos, uma excelente candidata e uma plataforma de futuro enraizada no que já se está fazendo.

Outros concursos em evidência

ESPÍRITO SANTO

Durante o período de 20 de abril a 20 de maio de 2010 estarão abertas as inscrições para realização do concurso público do Ministério Público do Estado do Espírito Santo, com 5 vagas disponíveis.
A oportunidade é para o cargo de Promotor da Justiça Substituto, destinada aos profissionais com ensino superior completo no curso de Direito. A remuneração inicial é de R$ 18.573,45.
Confira atribuições do cargo no edital.
As inscrições devem ser feitas no site da organizadora CESPE/UnB mediante pagamento de uma taxa no valor de R$ 200. Também serão aceitas inscrições no Posto de Atendimento localizado na unidade da Microlins de Vitória, capital do Espírito Santo (confira endereço no item 5.3 do edital).
A avaliação acontecerá em três etapas, sendo a primeira prevista para o dia 04 de julho de 2010. A segunda prova tem data marcada para 11 de julho.
Locais e horários de realização serão divulgados com até 05 dias de antecedência.

sexta-feira, 23 de abril de 2010

Lançamento de navio em Suape terá presença de Lula

O primeiro navio a ser fabricado pelo Estaleiro Atlântico Sul (EAS) será lançado ao mar no próximo dia 3 de maio. O evento já tem a confirmação da presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Uma comitiva de ministros, deputados federais e estaduais devem acompanhá-lo, além do governador Eduardo Campos. A embarcação - um petroleiro do tipo Suezmax - simboliza a retomada da indústria naval brasileira no tocante ao setor de petróleo. Há mais de 13 anos a produção desse tipo de navio estava paralisada. A encomenda foi feita pela Transpetro (subsidiária da Petrobras) e atende ao Programa de Modernização e Expansão da Frota (Promef I).
A embarcação tem 274 metros de comprimento e capacidade para transportar um milhão de barris de petróleo, tendo custado US$ 120 milhões à Transpetro. Em suas duas primeiras fases, o Promef prevê a construção de 49 navios no Brasil. O lançamento ao mar do primeiro navio do Promef é um fato histórico. Quando iniciamos o programa, a desconfiança era enorme. Mas, este ano, com os primeiros navios sendo lançados, veremos a prova real do acerto e da força do Promef, que entra agora em uma nova etapa, afirma o presidente da Transpetro, Sérgio Machado.

Navio tem o nome do Almirante Negro

Nos livros de história ele é conhecido como um herói negro. Filho de escravos, em novembro de 1910, João Cândido Felisberto liderou um motim de marinheiros negros, que ficaria conhecido no País como a Revolta da Chibata. O levante dos 2 mil revolucionários, no Rio de Janeiro (então capital federal), era para extinguir os maus-tratos da Marinha contra os soldados e acabar com punições severas, como as chicotadas. O personagem que dá nome ao primeiro navio da nova frota brasileira é homenageado no centenário da Revolta da Chibata.
Assim como outros protagonistas da história, João Cândido morreu pobre, aos 89 anos. Depois de ser expulso da Marinha, sustentou a família com o que ganhava como pescador. Em 2008 uma lei concedeu anistia póstuma a ele e a outros marinheiros.
Essa será a segunda homenagem prestada pelo presidente Lula ao almirante. A primeira foi em 2008, quando inaugurou uma estátua com seu nome, na Praça XV, no Rio. A deferência do presidente com o personagem não é vista com bons olhos por alguns oficiais da Marinha. No episódio da estátua, chegaram a pedir que o monumento não ficasse em frente à sede da Escola Naval, localizada na mesma praça. Dessa vez, a repercussão pode ser ainda maior, porque o personagem vai batizar um navio.
Pai de 12 filhos, João Cândido nasceu no dia 24 de junho de 1880. Aos 13 anos entrou para Escola de Aprendizes Marinheiros. O personagem virou roteiro de filme e letra de música. Aldir Blanc e João Bosco compuseram para ele a música. O mestre-sala dos mares.

DE VOLTA PARA O PASSADO NO FUTURO

Amaral Neto e Gustavo Barroso, isso mesmo, os dois, no final da década de 50, início da de 60, editaram um jornal que ao que me recordo tinha o nome de O BRASIL EM HISTÓRIA, ou coisa assim, mas isso é o de menos.

O jornal se propunha a contar a História do Brasil, em edições semanais, como se os fatos estivessem acontecendo àquele momento. Assim, a primeira edição trata da saída da armada de Cabral em Lisboa, até sua chegada ao Brasil, a descoberta do Monte Pascoal, a convicção que era Ilha de Vera Cruz e por fim Terra de Santa Cruz até chegar, às duras penas, a ser Brasil.

À bordo da nau capitânia, onde estava o almirante, fazendo uso do direito à liberdade de expressão e narrando cada fato, um correspondente do jornal. Uma boa idéia, isso é indiscutível e a partir dela dá para imaginar o que pode vir a ser um governo José Collor Arruda Serra. Uma volta ao passado, como no caso do jornal, com veleidades de um futuro tenebroso.

Vejamos.

Tomou posse hoje o presidente eleito do Brasil senhor José Collor Arruda Serra, candidato da coligação REDE GLOBO/PSDB/DEM/ FOLHA DE SÃO PAULO/VEJA e outros menores, em solenidade realizada no Congresso Nacional. Em seu discurso de posse o novo presidente do Brasil anunciou que após azeitar os esquemas irá anunciar providências capazes de colocarem o Brasil na rota de um glorioso destino, como por exemplo, integrando a federação norte-americana.

“Espero ver todos os brasileiros com greencard cantando o novo hino nacional e repetindo a máxima heróica de nosso futuro – faremos tudo que o mestre mandar (não confundir mestre com professor, nesses José Collor Arruda Serra manda a Polícia baixar o sarrafo).



Em seguida à posse no Congresso e após os cumprimentos de seus aliados o novo presidente rumou para o Palácio do Planalto onde recebeu o cargo das mãos do presidente Luís Inácio Lula da Silva. Ao contrário de FHC que saiu pela porta dos fundos o ex-presidente Lula saiu pela porta da frente, descendo a rampa e tomando o rumo do aeroporto já que um avião da FAB foi levá-lo a São Paulo.



O novo presidente, terminados os cumprimentos do corpo diplomático, amigos e correligionários reuniu-se a portas fechadas com o embaixador dos EUA e o general comandante militar dos mariners norte-americanos para o Brasil. A reunião durou cerca de duas horas e só ao final o presidente assinou os atos nomeando seus ministros.

Um porta voz do novo governo definiu para os jornalistas as primeiras decisões do novo presidente, José Collor Arruda Serra deixou claro segundo o porta-voz do Planalto que será preciso que os brasileiros compreendam a importância de nos transformarmos em estado da federação norte-americana, um esforço compensador para substituirmos o português pelo inglês e que em menos de cem dias as primeiras providências rumo ao futuro/passado estarão tomadas.

Uma das primeiras conseqüências dessa corajosa decisão do presidente, segundo o porta-voz do Planalto, será a inauguração, dentro do período de cem dias, da base militar dos EUA no Rio de Janeiro. A base terá como finalidade determinar todo o processo de transformação das forças armadas brasileiras em polícia do novo estado dos EUA. O general Augusto Heleno, ex-comandante militar da Vale na Amazônia será o intérprete do comandante militar norte-americano.

O ideal, segundo o mesmo porta-voz é que o cronograma de bases militares para o Brasil esteja completo até o final do primeiro ano de marcha para futuro/passado. Uma base em cada região do País e a maior delas na Amazônia.

A privatização da PETROBRAS e sua mudança para PETROBRAX, integrando o complexo de empresas petrolíferas da família Bush no Texas, acontecerá até o final do primeiro semestre, pois os novos proprietários têm pressa em começar a explorar o petróleo do pré-sal.

O porta-voz enfatizou que, doravante, a grafia do nome do País será com Z e não S, assim, BRAZIL e o presidente terá sua denominação mudada para governador geral. Barack Obama passa a ser o presidente de fato e direito da nova estrela da bandeira dos EUA. Não faz sentido manter o S, já que somos um poderoso estado norte-americano. Pulamos no primeiro dia para o primeiro mundo e nos transformamos em parte da maior potência desse mundo.

Celso Láfer vai explicar como se apresentar descalço aos agentes da imigração a fim de evitar constrangimentos.



Para garantir que os brasileiros compreendam a situação as tropas estão nas ruas sob comando militar norte-americano e nos próximos dias um super porta-aviões deverá chegar com todos os equipamentos necessários para uma super produção de Hollywood.

Miriam Leitão foi designada para junto com Lúcia Hipólito receber a marujada norte-americana, dar as boas vindas e mostrar Copacabana.

Cada brasileiro vai receber um pacotinho contendo manteiga de amendoim, chicletes, além de instruções sobre como aprender a andar de quatro e triunfar. Para facilitar a tarefa, um super contrato foi firmado com a REDE GLOBO, a FOLHA DE SÃO PAULO, VEJA e outros, tudo no afã de melhor informar e formar os brasileiros. O porta-voz enfatizou que dada a necessidade urgente dessas providências para o bom êxito do novo governo foram dispensadas as licitações.

Para o porta-voz viola o direito de livre expressão quem discordar do alto zelo do governador geral José Collor Arruda Serra. Sua extraordinária capacidade de prever o futuro venturoso e glorioso do BRAZIL.



A um jornalista que se atreveu a perguntar, mas isso não está diferente do que ele disse durante a campanha eleitoral, a resposta foi simples – “campanha é campanha, a gente fala o que o povo quer ouvir, depois é governo, a gente faz o que os patrões mandam, afinal são eles que pagam” –.

Para evitar constrangimentos e acusações que o presidente transformado em governador geral pudesse ter faltado com a verdade durante a campanha, falando coisas diversas das que começa a fazer, o porta voz esclareceu que o povo não tem condições de decidir coisa alguma, pois não tem nem o currículo do governador, muito menos José Collor Arruda Serra está disposto a dividir o botim pago pelo tesouro norte-americano, empresas, latifundiários, banqueiros, para evitar que haja aumento da inflação, ou descontrole do câmbio. Ou prejuízos no caixa dois.

Tudo vai, disse o porta-voz, para um paraíso fiscal seguro. O ex-presidente FHC foi enfim indicado para a Câmara dos Lordes, museu mantido pela Casa Branca na colônia européia antiga Grã Bretanha. Faz parte do acordo firmado com Barack Obama e seus emissários. FHC já garantiu que em menos de dois anos extermina palestinos, iraquianos, afegãos e todos aqueles que ousarem se opor a nova ordem, ao futuro vibrante e tucano do Brazil. Espera com isso ser agraciado pela rainha Elizabeth com o título de príncipe do extinto império e numa eventualidade substituir sua majestade, já que o herdeiro natural, o príncipe Charles lembra Eduardo Azeredo, pastel de vento que transita pelo Senado brasileiro a experiência mostra que esse tipo de gente coloca os “negócios” em risco.

Noutra ponta o jornalista William Bonner anunciou que o JORNAL NACIONAL passa a ser apresentado em inglês, com legendas, para facilitar aos brasileiros aprender a nova língua. THE GLOBE enfim vai ser editado na língua original e VEJA vai fornecer os livros didáticos para a nova era. Um contrato específico foi firmado com a EDITORA ABRIL, como fez quando governador de São Paulo, em gratidão à grana dada para a campanha, para o leite das crianças tudo no patriótico objetivo de formar zumbis.

O governador geral do BRAZIL destacou, através do porta voz que o ministro dos esportes Juca Kfoury já garantiu que o Palmeiras vai ser campeão durante todos os anos em que José Collor Arruda Serra estiver no poder, advertindo que se Ricardo Teixeira não cumprir a determinação será afastado da CBF.

O ex-governador de Minas Gerais Aécio Neves, eleito senador, foi designado em deferência especial para exercer altas funções no raio que os parta. Onde fica ninguém sabe e nem o porta voz soube esclarecer, mas enalteceu a figura de Aécio e sua obra. “Terá tarefas de suma importância para o novo estado”.

Para o porta voz não há nenhuma indignação entre os brasileiros, mas apenas todos estão embevecidos com a capacidade de mega estadista de José Collor Arruda Serra, até quando busca a colaboração de figuras notáveis da política, caso do ex-senador Arthur Virgílio, designado para a Secretaria Geral da infância e do Menor.

O ex-governador do Espírito Santo, antigo estado da antiga federação brasileira, Paulo Hartung, pelas punhaladas nas costas da totalidade de seus adversários e pela extraordinária presteza em resolver o problema da superlotação carcerária em sua área, foi agraciado com a chefia do departamento do FBI no Brasil, a antiga e extinta Polícia Federal.

O ex-ministro das Comunicações Hélio Costa, antigo funcionário da USAID, tal e qual fazia na ditadura militar foi guindado à posição de intérprete e tradutor autorizado das ordens de Washington e Wall Street.

Todos os cursos na Universidade Dan Mitrione serão ministrados sob supervisão direta de Hélio Costa. O porta voz disse que essa decisão foi tomada em Washington e que o governador José Colllor Arruda Serra compreendeu perfeitamente a preocupação do presidente do BRAZIL Barack Obama com a segurança nacional.

Para qualquer eventualidade o Maracanã e o Morumbi serão desativados como estádios de futebol e usados na reeducação dos que não conseguirem compreender a nova e gloriosa realidade.

As repartições públicas receberão em uma semana a nova bandeira do estado BRAZIL e o prazo para retirada da antiga é de uma semana sob pena de demissão sumária.

Ao término de sua entrevista o porta voz anunciou que o governador geral estava descansando depois dessa agenda exaustiva, mas em contato direto com a Casa Branca, sede do governo do BRAZIL. As únicas pessoas a estar com o governador geral após o seu recolhimento foram a ex-senadora Kátia Abreu. Foi tratar da revogação da Lei Áurea e da licitação para compras de correntes, pelourinhos, chicotes, etc, para uma revolução na agricultura brasileira. E o ex-governador José Roberto Arruda, nomeado secretário geral da Fazenda. Aquele do “vote num careca e leve dois”.

Ah! O presidente do Banco/bando estadual do Brasil foi indicado por Daniel Dantas, trata-se de Gilmar Mendes. O novo banco sucede o antigo Banco do Brasil, ainda do tempo de D. João Charuto.

E o DATA FOLHA tem prontinha pesquisa que mostra que 99% dos antigos brasileiros, agora norte-americanos de segunda categoria, apóiam o governo geral do BRAZIL. O GLOBOPE – extinto IBOPE – confirma. Vão ficar no forno para qualquer emergência, ou qualquer dúvida sobre o apoio ao novo governo.

Para cuidar da Cultura foi nomeado o diretor do BBB Boninho, que, em rápidas palavras assegurou que as novelas globais continuarão a ser apresentadas em português por pelo menos dois meses, enquanto se prepara o esquema de legendas. Aí adotam a nova língua do estado BRAZIL.

O governador do BRAZIL só volta a aparecer em público, ou falar alguma coisa se autorizado pela Casa Branca ou pelo Comando Militar de Washington para o novo estado. Caso contrário vai ficar maquinando com o ministro Paulo Renato, da Educação, como acertar os esquemas com as universidades e faculdades privadas em um dinheiroduto governo de Brasília, governo de São Paulo, via EDITORA ABRIL. VEJA vai explicar tudo direitinho sobre Arruda Serra, o pós Lula.

De Laerte Braga

Falsidade ideológica: Yeda anuncia investimento da Petrobras como sendo seu

A pilantragem se repete. A governadora Yeda Crusius (PSDB) anunciou hoje, mais uma vez, um investimento do governo federal no porto de Rio Grande como se fosse de seu governo (a construção da plataforma P-63, da Petrobras). O anúncio ocorreu no auditório da SPH, às 16h, com a cumplicidade do consórcio Quip S/A, vencedor da licitação da Petrobras, e dos meios de comunicação, especialmente a RBS.
No blog Hidrovias Interiores, foi postada uma matéria relativa ao assunto, esclarecendo que a construção em Rio Grande das plataformas P-53 (concluída), P-55 (em construção) e P-63 (a construir), é um investimento do governo federal, através da Petrobras.
A Petrobrás paga publicidade a RBS para levar “bola nas costas” ? O consórcio Quip S/A, que ganhou um contrato de US$ 1,3 bilhões da Petrobrás, e pretende ganhar mais duas ou três licitações da estatal federal, está fazendo esse jogo?
Enquanto isso, o site do governo do Estao alardeia (encontrando eco na mídia amiga que segue sem revelar quantos milhões de reais está ganhando em publicidade governamental para fazer esse jornalismo de qualidade):
Um importante investimento de US$ 1,3 bilhão foi anunciado pela governadora Yeda Crusius nesta segunda-feira (12). A empresa Quip S.A. construirá a plataforma P-63 em Rio Grande, com geração de 1,8 mil empregos diretos e outros 7,5 mil indiretos. “Esta é a consolidação definitiva do Porto de Rio Grande como polo naval, que é capaz de construir várias embarcações ao mesmo tempo, com toda a qualificação técnica necessária. É um ciclo virtuoso de desenvolvimento sustentável do RS a partir do Porto”, disse a governadora, no Auditório da Superintendência de Portos e Hidrovias (SPH).

Países afinam discurso para elaboração da Carta de Salvador.

A presença maciça de lideranças de todos os continentes e de representantes do governo brasileiro norteou neste ontem (17) uma das principais reuniões (segmento de alto nível) realizadas durante o 12º Congresso das Nações Unidas sobre Prevenção ao Crime e Justiça Criminal (CPCJC). Os chefes de delegação e as autoridades apontaram as demandas políticas de cada país que influenciam no desempenho da justiça, cidadania, segurança e direitos humanos.

Paralelamente, os representantes do governo brasileiro, em especial, do Ministério da Justiça, participam da finalização da Carta de Salvador. O documento mais importante do congresso será divulgado na segunda-feira (19), último dia do evento.

A Carta, entregue sempre no final de cada CPCJC, contém recomendações para a Assembleia Geral da ONU, órgão intergovernamental e deliberativo composto por todos os países-membros.

Para garantir a celeridade no cumprimento das diretrizes, os temas relacionados à prevenção ao crime e à justiça criminal foram amplamente abordados. “A parte substantiva está entrando na reta final. Esperamos que a declaração de Salvador possa delimitar um novo marco na questão da cooperação jurídica internacional”.

No Brasil, o tema justiça criminal é uma das pautas do Supremo Tribunal Federal (STF). Conforme o ministro do STF, Gilmar Mendes, para reduzir o número de presos em regimes provisórios, os julgamentos dos processos serão acelerados. Mendes também reforçou que a meta é retirar 100% dos presos das delegacias. “Queremos encerrar esse quadro de transformar as delegacias em depósitos de presos”.

O crime organizado transnacional tomou grandes proporções em todo o mundo e a questão tem preocupado os chefes de Estado. Para o ministro da Justiça, Luiz Paulo Barreto, “a melhor maneira de combater os crimes transnacionais é estabelecer uma rede integrada entre os países”.

Um outro ponto bastante debatido pelas autoridades diz respeito à aplicação de penas e medidas alternativas. Os congressistas concordam que pessoas que cometeram pequenos delitos não devem ser colocadas no mesmo regime de cárcere sentenciado a um preso que seja de alta periculosidade.

De acordo com o governador Jaques Wagner, o Brasil, em especial, a Bahia tem desenvolvido políticas públicas para diminuir os crimes e melhorar a segurança pública. Como exemplo, investimentos nas áreas de saúde, educação e segurança pública por meio de programas como o Ronda nos Bairros e a construção de unidades prisionais que têm o objetivo de acabar com a superlotação nas delegacias, foram ressaltados.

O secretário interino de Justiça, Cidadania e Direitos Humanos (SCJDH), Ricardo Soares, acredita que a Carta de Salvador será um marco para a sistematização das ações de prevenção ao crime e de realização de justiça criminal. “Acredito que não é mais possível combater a criminalidade somente articulando políticas locais. É necessário imaginarmos uma articulação de ações preventivas e repressivas em escala global”. Soares lembrou que alguns crimes ultrapassam fronteiras, como o tráfico de drogas, tráfico de mulheres, a lavagem de dinheiro e a corrupção.

SE NÃO CUIDA DA EDUCAÇÃO...... NÃO VAI SER UM CHEFE DA NAÇÃO!!

RELATOS
OS PROFESSORES, MAIS UMA VEZ PROCURAM O GOVERNO PARA NEGOCIAR



MAS...... JOSÉ SERRA....... ENVIOU OS SEUS NEGOCIADORES




O RESULTADO... .
OS PROFESSORES SENDO MASSACRADOS PELA TROPA DE CHOQUE




PROFESSORES SENDO ATINGIDOS POR BALAS DE BORRACHAS




VEJAM QUEM DISPAROU OS TIROS




E AINDA PRETENDE SER PRESIDENTE DO BRASIL



SE NÃO CUIDA DA EDUCAÇÃO...... NÃO VAI SER UM CHEFE DA NAÇÃO!!!
VAMOS MOSTRAR PARA TODO O BRASIL QUE NÃO TEMOS MEDO
VAMOS MAIS UMA VEZ EM BUSCA DO RESPEITO QUE A EDUCAÇÃO MERECE
MAIS DO QUE NUNCA, PRECISAMOS MOSTRAR PARA POPULAÇÃO QUE JOSÉ SERRA.... ERRA!!!
NÃO ERRA SÓ COM A EDUCAÇÃO...
ERRA COM A SAÚDE...
ERRA COM A SEGURANÇA
E O PIOR..... FAZ PROPAGANDAS NA TELEVISÃO... COM O NOSSO DINHEIRO.... CONTANDO MENTIRAS PARA A POPULAÇÃO!!!
NÃO PRECISAMOS DE VIOLÊNCIA!!!
NOSSAS ARMAS SÃO OUTRAS..... A EDUCAÇÃO.... E A VONTADE DE TERMOS UMA EDUCAÇÃO DE QUALIDADE!!!

De Silvio Pinheiro - Ex preso Político, advogado SP

OAB: Sistema de urna eletrônica precisa ser transparente

O presidente do Conselho Nacional da Ordem dos Advogados do Brasil – OAB, Ophir Cavalcante, afirmou hoje, 14, que “a informática deve adaptar-se ao direito e não o contrário” para dizer que é preciso ser repensada a “ditadura da informática”. Ele afirmou que sempre teve “uma pulga atrás da orelha” com relação à transparência no sistema de votação eletrônico sem auditoria independente.

“Estamos votando na confiança na Justiça. Por que o sistema eleitoral não pode ser fiscalizado? O que se quer é transparência suficiente para que o eleitor tenha segurança do seu voto”. A afirmação foi feita pelo presidente da OAB ao receber o Comitê Multidisciplinar Independente que lhe entregou o “Relatório sobre o Sistema Brasileiro de Votação Eletrônica”. O mesmo documento foi entregue ao presidente da Câmara dos Deputados Michel Temer.

Cavalcante disse que pedirá parecer à comissão de direito eleitoral e de reforma política e a de informática e estatística da entidade. “Se o parecer disser que a Ordem não deve legitimar, não vamos legitimar [o atual modelo de votação eletrônica]”, ressaltou, antes de reconhecer que “hoje, a OAB faz de conta [que fiscaliza]”.

Materialização do voto – O relatório foi desenvolvido por um grupo de 10 autores composto por advogados e especialistas em tecnologia da informação com o objetivo de subsidiar os deputados da Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania da Câmara dos Deputados e analisa o estudo publicado em 2009 pelo Tribunal Superior Eleitoral.

A materialização do voto eletrônico é a principal sugestão do Comitê para que as votações eletrônicas possam ser auditadas de forma independente. A impressão do voto eletrônico, de autoria da deputada federal Janete Capiberibe (PSB/AP), está prevista no artigo 5º da Lei 12.034/2009, chamada de minirreforma eleitoral, e ocorrerá a partir de 2014, mas a Justiça Eleitoral é contrária a esta regulamentação.

Fiscalização – A advogada Maria Aparecida da Rocha Cortiz, do Comitê, disse que o sistema eletrônico de votação é sujeito à violações e que “o comportamento da OAB de legitimar o processo não contribui para o trabalho de fiscalização”. Ela lembrou que a OAB foi chamada pelo TSE para dar credibilidade ao sistema, “mas desde 2004 não consegue fiscalizar o modelo imposto conforme as regras ditadas pela Justiça Eleitoral”.
“A OAB está fazendo um trabalho pela metade, até por que não tem como fazer análise em 6 meses. Não tem estrutura e não dá tempo. Isso está prejudicando o trabalho dos advogados”, afirmou, antes de pedir que a “a OAB repense a posição de legitimar o sistema eletrônico e faça isso em público”, desabafou

Poder – O Comitê questiona o acúmulo de poder da Justiça Eleitoral (ela própria cria as regras, estabelece como será fiscalizada e julga os questionamentos que sofre) e a possibilidade de violação da urna sem que haja um controle independente do software com que são carregadas as urnas. Segundo o Comitê, a assinatura eletrônica com a qual entidades da sociedade civil e partidos políticos legitimam os programas instalados nas urnas do processo eleitoral não é suficiente para garantir a integridade dos softwares. A vulnerabilidade da assinatura eletrônica é apontada pelo próprio criador, que a considera dependente do software que ela legitima, assim como o boletim chamado ‘zerésima’, expedido antes de ser iniciada a votação. O mecanismo que permitirá esta auditoria independente é a materialização do voto eletrônico, previsto na Lei 12.034/2009, mas repudiado pela Justiça Eleitoral.

Má fé – Ortiz apresentou outra preocupação que considera uma restrição grave ao trabalho dos advogados. Segundo ela, com leitura em julgamento da Justiça Eleitoral dia 08 passado, a tendência do TSE é recusar qualquer questionamento ao sistema eletrônico de votação e condenar por litigância de má fé os advogados que o fizerem. A afirmação de que o candidato derrotado ao governo de Alagoas João Lyra e seu advogado Fernando Neves da Silva foram condenados a multa por litigância de má fé ao questionarem a inviolabilidade do processo eletrônico de votação e ao pagamento das custas processuais surpreendeu o presidente da OAB.
A deputada Janete Capiberibe e o deputado Magela (PT/DF), que presidiu a subcomissão do voto eletrônico na CCJC da Câmara dos Deputados, estiveram na audiência junto com a advogada Maria Aparecida Cortiz, o professor da UNB Pedro Antônio Rezende, o engenheiro Amilcar Brunazzo, o programador Vandré Brunazzo e o jornalista Osvaldo Maneschy.

UM FILHO TEU FUGIU À LUTA



A gente não sabe se chora ou se ri com as declarações ameaçadoras feitas por dois generais octogenários que hoje, na reserva, vestem pijama e usam dentadura, mas já pertenceram ao alto escalão da ditadura militar brasileira (1964-1985), quando tinham dentes bem afiados. A velhice arrancou-lhes os dentes do siso, mas conservou-lhes a vontade de morder. Entrevistados recentemente pelo jornalista Geneton Moraes para a Globo News, eles desembainharam a espada e feriram de morte a memória nacional. Um deles, o general Leônidas Pires Gonçalves, 89 anos, foi chefe do DOI-CODI do Rio de Janeiro, comandante militar da Amazônia e ministro do Exército do Governo Sarney. O outro, o general Newton Cruz, 85 anos, chefiou o SNI – Serviço Nacional de Informações, e comandou a repressão às manifestações realizadas em Brasília na época do movimento ‘Diretas Já’. Com o dedão de proctologista sempre em riste, o general Leônidas nos ofereceu essa pérola: “Não tivemos exilados no Brasil. Tivemos fugitivos. A palavra ‘exilado’ não serve para eles. Exilado é alguém que recebe um documento do governo exigindo que se afaste. Tal documento nunca houve. A minha sugestão é: fugitivos". O general alega que ninguém foi obrigado a sair do país, e a prova disso é que não existe qualquer papel com o carimbo: “Vai-te embora”, assinado: “Ditadura”, com firma reconhecida. Então, quem saiu, o fez por livre e espontânea vontade. Ele insinua que quem saiu é covarde e fujão, ao contrário dele, que é macho pacas. Dessa forma, o general, que nunca cantarolou ‘o bêbado e o equilibrista’, debochou do ‘choro das Marias e Clarisses’ e de ‘tanta gente que partiu num rabo de foguete’. Exilado ou fujão? A bravata do general coloca duas questões: uma de forma e outra de conteúdo. Formalista, o ex-chefe do Doi-Codi confunde cinto com bunda e cipó com jerimum. Para ele, todo bebê não registrado em Cartório é non nato. É isso aí: não nascido. A criança pode chorar e berrar, mamar, molhar as fraldas: não nasceu. As lágrimas e os berros não constituem prova cabal de sua existência. A única prova aceitável é uma certidão afirmando que ela existe. Da mesma forma que, sem papel, exilados não existem, só fugitivos. Enquanto o general, dedão em riste, nos chamava de fujões, eu ouvia a voz bêbada da cantora Vanusa entoando: “verás que um filho teu não foge à lu-uta!”. Acontece – e aqui vem a segunda questão – que quem foge, foge de alguém ou de alguma coisa. Nós, exilados, fugimos de quê?



Da repressão e da tortura? Ora, o Diário Oficial não publicou portaria nomeando torturadores, portanto eles não existiram. Houve apenas ‘pequenos excessos’, como justifica o general Leônidas: - “Guerra é guerra. Guerra não tem nada de bonito – só a vitória. E nós tivemos. A vitória foi nossa. As torturas lamentavelmente aconteceram, mas para ser uma mancha ela foi aumentada. Hoje todo mundo diz que foi torturado pra receber a bolsa-ditadura”. O general Leônidas, fanfarrão que não sabe nem ganhar porque tripudia sobre os vencidos, coloca em dúvida até o assassinato na prisão do jornalista Wladimir Herzog: - “Eu não tenho convicção que Herzog tenha sido morto. Porque sei o que é uma pessoa assustada e não preparada (...). Nitidamente, Herzog não era preparado para isso. Às vezes, estive pensando, um homem não preparado e assustado faz qualquer coisa, até se mata. Até se mata”. Deixando de lado esse insulto à memória – um escárnio - cabe perguntar: quem matou dona Lyda Monteiro, secretária da OAB, vítima dos atentados à bomba contra alvos civis que aterrorizaram o Rio de Janeiro em 1980-1981? Na época, o governo militar culpou os radicais de esquerda, negando aquilo que logo ficou provado e hoje o general Newton Cruz confessa: militares radicais da ativa promoveram atentados para impedir o processo de abertura política em andamento. O ataque frustrado ao Riocentro – Deus castiga! - matou um dos terroristas, quando uma das bombas explodiu no colo do sargento Guilherme, dentro do carro do capitão Wilson Machado. Com os olhos esbugalhados durante toda a entrevista, Newton Cruz confessou que tinha prévio conhecimento de que alguns militares preparavam o atentado e – esse é um dado novo – que ele próprio transmitiu ao seu superior general Octávio Medeiros. O entrevistado contou ainda que ele, por conta própria, impediu novo atentado que havia sido preparado por militares do Doi-Codi do Rio. Tortura e anistia Um terceiro militar, não entrevistado, mostrou o lado íntegro das Forças Armadas. Trata-se do major brigadeiro Rui Moreira Lima, 91 anos, piloto de combate da esquadrilha verde da Força Aérea Brasileira durante a Segunda Guerra Mundial, quando executou 94 missões. Ele é um dos três heróis brasileiros da guerra que combateu o nazi-fascismo. Nesta segunda-feira (12/04), o nonagenário general protocolou no STF um pedido para que a lei de Anistia não beneficie os crimes de tortura. Na petição assinada, o brigadeiro Lima, que também preside a Associação Democrática e Nacionalista de Militares (ADNAM), diz com extrema lucidez: “a anistia não pode significar que atos de terror cometidos pelo Estado através de seus agentes e que ensejaram verdadeiros crimes contra a humanidade não possam ser revistos”. Nas próximas semanas, o STF decidirá sobre essa questão. De qualquer forma, o brigadeiro mostrou, corajosamente, qual é o discurso que representa a Pátria Mãe Gentil, protetora, que nos faz sentir filhos deste solo. Esse sim é um herói que continua honrando a farda que veste. Fez com o discurso aquilo que já havia feito com os aviões de caça: lutar pela liberdade. A Lei de Anistia aprovada há trinta anos pelo Congresso Nacional concede o perdão a quem cometeu crimes políticos entre 1961 e 1979. O que é um crime político? O STF já decidiu que crimes políticos são os delitos praticados contra a ordem estabelecida com finalidade ideológica. Ou seja, os militares que pegaram em armas e deram um golpe em 1964 estão anistiados, bem como os militantes de esquerda que combateram a ditadura com armas na mão. No entanto, os delitos praticados pelos torturadores nos porões da ditadura não se enquadram nessa situação. Não se trata de buscar vingança ou revanche, como sinaliza o jurista Dalmo Dallari, mas de dizer claramente que o Brasil é contra o crime hediondo da tortura. A identificação e julgamento dos torturadores é uma demonstração de que historicamente “a sociedade brasileira jamais compactuou com as práticas de um regime que limitou criminosamente a oposição e a liberdade de expressão, mesmo que tais práticas não possam mais ser punidas pela prescrição”. P.S. Se o general Leônidas conhece algum espertalhão sem escrúpulo que se aproveitou da chamada bolsa-ditadura tem o dever de denunciá-lo, prestando um serviço à memória da nação. Aliás, a apuração dos crimes de tortura colocaria isso em pratos limpos. De qualquer forma, esse suposto fato não apaga o crime dos torturadores que pagos pelo contribuinte atuavam fora da legalidade da própria ditadura. Só para não pensar que estou legislando em causa própria, aproveito para informar que embora tenha legalmente direito, não requeri o que o general está chamando de “bolsa ditadura”.

De José Ribamar Bessa Freire

CAOS AÉREO NA EUROPA – VAI VER NÃO TEM RANHURAS NAS PISTAS DE POUSO

Inglês tem mania de marcar encontro às 21h52 minutos. Conheço um que distraído mantinha seu relógio marcando o horário de Greenwich. Volta e meia derrapava nos compromissos, mas tudo bem.

Imagino que a GLOBO vá mandar William Bonner à Europa para direto de uma pista qualquer de um aeroporto qualquer culpar governos europeus pelas cinzas e fumaça de um vulcão que impediram que mais de 18 mil vôos saíssem do chão.

Bonner deve acentuar que os aeroportos são precários, não dispõem de instalações e devem, por esses motivos, serem entregues à iniciativa privada para que possam oferecer aos passageiros a segurança necessária, inclusive com tecnologia de controle de vulcões.

Que tal uma pesquisa DATA FOLHA, ou IBOPE para atestar o grau de popularidade de qualquer coisa por lá (desde que renda para o caixa dois dessa turma de pilantras), ou impopularidade, ou uma caravana da cidadania.

Leva o ex-governador e candidato a presidente José Collor Arruda Serra a tiracolo, chama o primeiro-ministro da Itália, Sílvio Berlusconi e tanto no horário normal do JORNAL NACIONAL (JORNAL DA MENTIRA), como em edições extras, vai informando e ouvindo a opinião de Arruda Serra sobre o que deve ser feito.

Um problema ou acidente de percurso é simples, colocam a culpa num piloto qualquer e pronto, está resolvido.

Em seguida ao julgamento do casal Nardoni pelo menos três casos semelhantes aconteceram no Brasil. Pai ou pais matando filhos.

Sugiro uma reforma no Código Penal. O sujeito ser condenado em crimes hediondos a assistir por toda a sua vida o JORNAL NACIONAL e a cada ano, em tempo integral, o BBB.

E nos horários “vagos” ler VEJA, FOLHA DE SÃO PAULO. Pelo menos uma hora por dia de “discursos” de FHC.

Quando foi indicado candidato a prefeito de São Paulo, em 2004, José Collor Arruda Serra resistiu à indicação de Gilberto Kassab para vice. A própria FOLHA comentou diversas vezes o assunto, gerou um impasse na aliança tradicional das quadrilhas, pois o DEM exigia Kassab. Serra argumentava que não iria ter como vice um candidato vulnerável, insinuando o homossexualismo do atual prefeito da capital paulista. E estendia suas críticas ao fato de Kassab responder a alguns processos por corrupção.

A prensa do DEM foi simples. Preconceito e processo por processo se fosse o caso era só questão de abrir dez, doze, mil contra atos corruptos de Arruda Serra. O candidato engoliu em seco, abraçou Kassab e proclamou que era tudo para o bem de São Paulo.

FHC mediou o acordo e foi claro, ou fazemos a aliança ou perdemos.

Ali Babá e os 45 ladrões.

Importa ganhar a qualquer preço, feio é perder. Têm compromissos com os que pagam (a eles evidente).

Segundo o senador Arthur Virgílio, assim com “H” no meio, a pesquisa do INSTITUTO SENSUS que aponta empate técnico entre Arruda Serra e Dilma foi contratada por um sindicato de trabalhadores. Lembra Boris Casoy e os garis. O SENSUS pesquisa também para Clésio Andrade, ex-vice de Aécio, suplente de senador de Eliseu Rezende – tucano – e presidente da Confederação Nacional dos Transportes. Presidente de honra ainda.

O JORNAL DA MENTIRA (JORNAL NACIONAL) decidiu que, doravante, só divulgará pesquisas do IBOPE e do DATA FOLHA, departamentos da coligação GLOBO/PSDB/DEM/ FOLHA/VEJA/ PPS e outros menores. Não quer correr riscos de dar tiro no pé.

E a cada pesquisa em que a candidata Dilma Roussef apareça crescendo, ou o DATA FOLHA, ou o IBOPE responderão com outra, onde quem cresce é Arruda Serra e quem cai é Dilma.

Quem não sabe o mínimo indispensável de PSD mineiro não sabe nada, ou se sabe, sabe só de UDN e aí é de lascar.

A grande preocupação do JORNAL NACIONAL (JORNAL DA MENTIRA) é que os vôos do Brasil para a Europa estão começando a sofrer cancelamentos por conta do caos aéreo naquela parte do mundo.

Uai, pensei que isso fosse só coisa de País governado por Lula e com aeroportos sem ranhuras nas pistas.

O tal RODOANEL que Arruda Serra inaugurou sem estar pronto, com custo superfaturado e já com decisão de ter que devolver dinheiro aos cofres públicos por conta disso, maracutaia, se ventar demais tem que ser fechado, do contrário vai para o brejo. A “comunicação” saiu na própria FOLHA. Deve ter sido distração. Só pode.

Devem ter esquecido de fazer as tais ranhuras nas pistas.

Já professor, esse vive o caos da educação privatizada em São Paulo. Dos livros da EDITORA ABRIL (que edita VEJA) sem a devida concorrência e com direito a caixa dois para a campanha tucana, como foi no governo FHC.

Não decola, a educação, nem inflada por grossa publicidade.

Ah! O governador, na pressa de sair para ser presidente, vive saindo sem cumprir mandato algum por inteiro, esqueceu-se de devolver o dinheiro da saúde, desviado para outros fins.

Quando se fala em outros fins em se tratando de máfia a gente já imagina o que seja, falta de ranhuras na pista.



Quero ver Bonner no aeroporto de Paris, todo empertigado, o vento ventando, a fumaça fumaçando e as cinzas cinzando, mostrando que ali não existem ranhuras e que o vulcão não passa de um dossiê falso daqueles que a GLOBO monta toda eleição para tentar liquidar com os seus adversários.

Uma CPI para investigar o vulcão e o caos aéreo na Europa. É indispensável e Tasso Jereissati de relator. Aí a campanha vai ser uma farra, entra dinheiro de todos os lados.

Que tal ouvir funcionários dessa ou daquela empresa relatando o drama dos passageiros e os esforços ingentes para normalizar tudo a tempo e hora do casamento (não deu, casaram-se on line). Ou ouvir passageiros indignados clamando contra vulcões e exigindo providências imediatas para por fim ao problema. Não duvido nada de alguém achar necessário um sacrifício de uma das virgens de Berlusconi, a moda antiga, para aplacar e acalmar o vulcão, naturalmente, plantado ali pelo Irã e terroristas da Al Qaeda com participação dos palestinos.

E se Chávez bobear vão dizer que a culpa é dele. Imagino o prejuízo de Uribe com esse caos, o estoque de cocaína no mercado colombiano, sem poder cumprir os contratos de “exportação”.

Avião num voa.

Como é que o Bonner vai? Ora, os americanos dão um jeito sem problema.

Mas, pelo amor de Deus, nada de comentários da Miriam Leitão ou da Lúcia Hipólito tentando explicar o que está acontecendo. Ninguém nem vai entender nada e vai ser o diabo se Hipólito for comentar lá da Escócia.

Ana Maria Braga nem pensar. Vai querer ouvir a opinião de Susana Vieira e a senhora em questão vai dizer que no máximo vai ao shopping com os cachorrinhos.

Faltam ranhuras nos aeroportos europeus e os pilotos são os culpados.

Tudo com infográfico da FOLHA. Aquele negócio bonitinho para fazer a cabeça de Homer Simpson que não sabe se é para ler assim, ou assado, de cabeça para baixo.

Em caso de emergência irreversível, bombas nucleares para clarear o ambiente. As de Israel por exemplo.

Já imagino. “E dantesco o cogumelo formado pelas explosões vulcânicas promovidas por terroristas da organização NATUREZA. As autoridades já estão tomando as providências necessárias para garantir a democracia, a liberdade de expressão e os patrocinadores do JORNAL DA MENTIRA, o tal JORNAL NACIONAL”.

Emergência irreversível? Se a turma não puder vir a tempo para treinar com o Dunga e ira à Copa. A crise deixa de ser européia, se estende ao Brasil e termina na África do Sul com a volta do apartheid.

O sonho norte-americano vendido pelo JORNAL NACIONAL, o JORNAL DA MENTIRA.

Arruda Serra só assina a escritura de transferência e o acordo para o novo nome BRAZIL.

De Laerte Braga

Tucanos Não Roubam... Tucanos MATAM










MATAM




É isso que você quer para o Brasil?




AFF...

O BRASIL NÃO MERECE

quarta-feira, 21 de abril de 2010

Situação do Datafolha piora: "anabolizou" também amostras com cidades do interior de São Paulo



O Datafolha não se contentou em "anabolizar" os bairros pesquisados na cidade de São Paulo, aumentando de 18 para 71, coisa que não fez em outras capitais, como o Rio de Janeiro e Belo Horizonte.

Resolveu também "anabolizar" a pesquisa incluindo mais cidades do Estado de São Paulo na amostragem de sua pesquisa do mês de março em relação ao mês de fevereiro.

É preciso salientar que o Datafolha mudou essa sua amostragem, quando Dilma encostou em Serra, com a diferença caindo para 4%.

Em todos os demais estados, o número de cidades escolhidas ou não variaram ou sofreram variações pequenas: uma ou duas cidades a mais ou a menos. Até aí tudo dentro do aceitável.

O que espanta é só no Estado de São Paulo ter saltado de 25 cidades em fevereiro, para 55 cidades pesquisadas em março.

Isso preocupa porque, por exemplo, um maior número de cidades do estado de São Paulo, onde José Serra (PSDB/SP) é de longe o mais conhecido, pode estar sendo computado na pesquisa nacional como se fossem amostras de outras cidades pequenas e médias, de mesmo porte, de outros estados do Brasil, onde José Serra é impopular.

Como agravante, São Paulo não é o estado que tem mais municípios no Brasil. Perde para Minas Gerais.

Assim, com essa "metodologia do Datafolha" anabolizando São Paulo, 36% (na pesquisa de março) foi até pouco para o demo-tucano.

Veja a relação de cidades "anabolizadas" na nota "Como o Datafolha manipulou as amostras para aumentar o número de Cidades pesquisadas no Estado de São Paulo".

MSM denunciará crime eleitoral

Faço saber, a quem possa interessar, que o Movimento dos Sem Mídia, organização não-governamental da sociedade civil constituída em 13 de outubro de 2007 em assembléia-geral integrada por 52 sócios fundadores e que conta com 137 filiados, ingressará na Justiça Eleitoral com pedido de investigação dos seguintes fatos:

Em 27 de março deste ano, foi divulgada pesquisa eleitoral do instituto Datafolha que versou sobre a intenção de voto do eleitorado para o cargo de presidente da República. A sondagem apontou diferenças de 9 e de 10 pontos percentuais entre os pré-candidatos José Serra e Dilma Rousseff, em favor do primeiro, nos dois cenários principais apresentados aos pesquisados.

Sete dias depois (em 3 de abril), houve divulgação de pesquisa Vox Populi que revelou quadro bem diferente, com diferença de 3 e de 5 pontos, de acordo com o cenário de postulantes ao cargo de presidente, em favor do candidato do PSDB. No mesmo dia, o jornal Folha de São Paulo, proprietário do instituto Datafolha, publica denúncia de que o “tipo de questionário” apresentado pelo instituto concorrente aos pesquisados “é conhecido por distorcer resultados”.

Nos dias seguintes, a diferença dos levantamentos estatísticos e a denúncia da Folha provocaram uma vastidão de matérias na imprensa, com acusações tanto ao Datafolha quanto ao Vox Populi, sendo que as acusações do maior jornal do país tiveram espaço quase exclusivo nos grandes meios de comunicação.

Em 13 de abril, o instituto Sensus divulgou nova pesquisa sobre a sucessão presidencial mostrando quadro diametralmente diferente do apurado pelo instituto Datafolha. Nessa pesquisa, a diferença entre os pré-candidatos Dilma e Serra reduziu-se dos 9 e 10 pontos percentuais detectados pelo Datafolha 10 dias antes, para 0,4 e 2,8 pontos nos dois respectivos cenários pesquisados.

A Folha de São Paulo, então, produziu acusações ainda mais sérias em sucessivas matérias largamente reproduzidas por toda a grande imprensa e que levaram o PSDB a entrar na Justiça Eleitoral contra o Sensus, requisitando as fichas das entrevistas da pesquisa para análise de especialistas contratados pelo partido. E, no último dia 16, a mesma imprensa e o mesmo partido político denunciaram supostas manobras protelatórias do instituto para fornecer os dados requeridos pela Justiça Eleitoral.

Finalmente, na última sexta-feira (16 de abril de 2010), o site da revista Veja divulgou, antes do jornal dono do instituto Datafolha, pesquisa deste instituto sobre a sucessão presidencial. A pesquisa mostrou resultado gravemente diferente do que foi apurado pelo Sensus e divulgado 3 dias antes. O Datafolha afirma que a diferença em favor de Serra seria, agora, de 10 e 12 pontos percentuais.

Não existe a menor dúvida de que um ou mais de um desses institutos de pesquisa (Datafolha, Sensus ou Vox Populi) cometeu um legítimo crime eleitoral. Existe até denúncia, amplamente comentada na imprensa, nesse mesmo sentido. Esse fato gera intranqüilidade social e tem um poder enorme de influir nos rumos da eleição.

A LEI Nº 9.504, de 30 DE SETEMBRO DE 1997, Art.33, § 4º, reza que “A divulgação de pesquisa fraudulenta constitui crime, punível com detenção de seis meses a um ano e multa no valor de cinqüenta mil a cem mil UFIR”.

Diante do exposto, reitero a informação de que o Movimento dos Sem Mídia pedirá à Justiça Eleitoral investigação rigorosa dos fatos supra mencionados, o que fará em benefício da ordem pública e da segurança da sociedade de que a eleição deste ano transcorrerá sob a égide da democracia e da justiça.

De Eduardo Guimarães

Tudo ou nada



A antecipação da pesquisa Datafolha pelo site da Veja revela um plano sincronizado da mídia oposicionista que consiste em ela apostar tudo nessa estratégia da guerra de pesquisas para virar o jogo, ou seja, para interromper a ascensão de Dilma Rousseff.

Enquanto o Datafolha era “vazado” para a Veja, que divulgou o resultado da sondagem antes do seu autor, o Ibope já registrava a sua pesquisa no TSE, a qual irá a campo na semana que vem. O resultado? Há poucas dúvidas sobre qual será.

Diante disso, configura-se a seguinte situação: Vox Populi e Sensus poderão aceitar o prejuízo e ficarem quietos, passando a se “comportar” daqui para frente, ou poderão recusar a intimidação das matérias acusatórias.

De uma coisa não se pode ter mais dúvida: finalmente a mídia saiu com uma estratégia realmente nova. Não me lembro de situação semelhante, de uma guerra aberta entre institutos de pesquisa na qual um acusa o outro de fraude.

Trata-se de uma situação inédita no pós-redemocratização do país, que eu me lembre.

Fala-se, também, em “judicialização da campanha eleitoral”. Além da intimidação dos institutos de pesquisa por via judicial ou por difamação, o PSDB está processando a Apeoesp. Está sendo previsto, também, que blogueiros serão o próximo alvo.

Não achei que apostariam tanto, tão cedo. Nunca duvidei de que “engrossariam”... Mas por que agora? Por que consideram tão importante apostar tão alto neste momento, ainda tão distante da eleição? E quando ela estiver mais perto, a que ponto chegarão?

E o PT fingindo-se de morto...

E não vamos nos esquecer do ataque de hackers ao site petista. A Polícia Federal já foi acionada, como inclusive sugeriu o PSDB? Ou ficará por isso mesmo?

A situação é muito grave. Se tiver havido falsificação de pesquisa por parte do Datafolha, de um lado, ou do Vox Populi e do Sensus, do outro – e não há mais dúvida de que algum deles está mentindo –, o caso tem que ser investigado e o culpado, punido.

Essa é a solução para as pesquisas conflitantes, mas que solução se encontrará para essa intimidação de apoiadores do governo que já se insinua via a tal de “judicialização”. Em uma campanha eleitoral de um país democrático, progride uma situação análoga à de uma ditadura.

Só sei de uma coisa: se o PT, o presidente Lula e a pré-candidata Dilma pretendem vencer mesmo a eleição presidencial, não podem confiar apenas no discernimento da sociedade – pessoas são engabeladas todos os dias. É hora de reagir, e com força.

Finalmente, vamos nos aproximando da venezuelização do cenário político. Ao ir para o confronto com uma pesquisa ainda mais estranha que a anterior e com a preparação de outra que promete ser ainda pior para o PT, mídia e oposição sinalizam que vão para o tudo ou nada.

Falo de venezuelização há muito tempo. Na Venezuela de 2004, até cerca de 60 dias antes do referendo revogatório contra Chávez, as pesquisas davam que não tinha apoio maior do que de 1/3 do eleitorado e ele venceu o pleito com quase 60% dos votos válidos.

Nas ruas de São Paulo, o governo do Estado partiu para a violência contra manifestantes, seja na manifestação dos alagados da periferia ou na dos professores. Até o componente violência ajuda a compor o quadro “venezuelanizado” da situação política no país.

O PT só tem duas opções: ou se entrega, ou luta. Eu já fiz a minha escolha, mas só irei mantê-la se aqueles que apóio se mostrarem dispostos a fazer a parte deles nessa guerra que acaba de ser declarada com essa aparente farsa da Folha, do Datafolha e da Veja.