sábado, 31 de outubro de 2015

MTST esclarece confronto com fascistas

O clima esquentou no gramado diante do Congresso Nacional na tarde desta quarta-feira (28). Cerca de 120 ativistas do Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto (MTST), que foram a Brasília protestar contra a votação da chamada "lei antiterrorismo" - que criminaliza os movimentos sociais -, entrou em confronto com os engravatados do Movimento Brasil Livre (MBL), um grupo direitista que prega o impeachment de Dilma e a volta dos militares ao poder. Houve bate-boca e empurra-empurra. A mídia golpista, que nunca criticou as hostilidades e as agressões patrocinadas pelos fascistas mirins, já tenta manipular as informações para satanizar o MTST e endeusar os "coxinhas" do MBL.

Em seu site, o jornal O Globo - que nunca escondeu o seu ódio aos movimentos sociais - garante que "a briga começou depois que os sem-teto decidiram acampar ao lado dos manifestantes do MBL, que já estão acampados no gramado do Congresso Nacional desde quinta-feira passada". Ele até divulga um vídeo gravado pelos fascistas mirins, que posam de vítimas inocentes, mas não publica a nota do MTST, divulgada em seu site oficial, com a sua versão sobre o episódio. A manipulação é descarada!

Segundo o jornalão da famiglia Marinho, os sem-teto "invadiram" uma área já ocupada pelos "jovens" pacíficos do MBL. Nem sequer a decisão da própria Polícia Legislativa foi divulgada. Foi ela quem determinou que os dois movimentos ocupassem o mesmo espaço no gramado. O site Congresso em Foco, que não pode ser acusado de simpatizante do MTST, informa que esta ordem "foi confirmada pela reportagem com policiais que estavam no local". 

O Globo também omite que Eduardo Cunha, presidente da Câmara Federal e herói dos fascistinhas mirins, autorizou a montagem das 30 barracas do MBL no gramado diante do Congresso. A ocupação deste local estava terminantemente proibida para qualquer movimento desde 2001, mas foi violada pelo lobista amiguinho dos grupelhos golpistas mirins que pedem o impeachment de Dilma. Os sem-teto simplesmente aproveitaram a brecha aberta pelo correntista suíço. 

Reproduzo abaixo a nota dos sem-teto - que o jornal da famiglia Marinho preferiu não divulgar:

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O MTST organizou um ato no dia de hoje, 28/10, em frente ao Congresso Nacional, contra a aprovação da Lei Antiterrorismo de iniciativa do governo federal, que pretende criminalizar movimentos sociais.

No gramado do Congresso Nacional, encontramos representantes do dito Movimento Brasil Livre (MBL), que fizeram provocações e hostilidades aos lutadores do MTST.

Reagimos como deve se reagir com fascistas. O MTST permanecerá acampado em frente ao Congresso Nacional contra a Lei Antiterrorismo, denunciando as medidas do ajuste fiscal de Dilma e exigindo a saída de Eduardo Cunha.

Um provocador ligado ao MBL e parlamentares da direita buscaram dar dinheiro as pessoas que estavam na manifestação tentando descaracterizar e desmoralizar o movimento!

É o velho preconceito da elite, que quer construir a ideia de que as mobilizações do povo pobre são motivadas por interesses menores.

O gramado do Congresso não é propriedade dos coxinhas!

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