sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

Palhaço chama reajuste aprovado ontem de "bacana" e diz que não usará fantasia porque Câmara "é coisa séria"

Francisco Everardo Oliveira Silva, o palhaço Tiririca, chegou para sua primeira visita à Câmara dos Deputados, ontem, no mesmo momento em que o plenário da Casa analisava projeto de reajuste dos salários para o Legislativo e o Executivo.
O humorista e deputado federal mais votado do país elogiou a proposta que elevou os salários para R$ 26,7 mil. "Cheguei em um bom dia, dei sorte. Acho [o aumento] bacana, acho legal."
Logo depois de chegar à Câmara, Tiririca, eleito pelo PR de São Paulo, disse que já tinha aprendido o que faz um deputado, mas aprenderá mais com seus colegas.
Um dos slogans usados em sua campanha foi: "O que faz um deputado federal? Na realidade, eu não sei. Mas vote em mim que eu te conto".
O deputado eleito afirmou que não vai abandonar a sua personagem, mas disse que não vai usar sua fantasia, "porque aqui é coisa séria".
Segundo ele, sua vida artística não será deixada de lado. "Ainda tenho quatro anos de contrato [como comediante com a Rede Record]", afirmou.
O novo deputado, que será diplomado amanhã em São Paulo, negou que esteja sentindo preconceito com a sua chegada ao Congresso e citou o presidente Lula como o político que mais admira.

VISITA GUIADA

Tiririca chegou à Câmara por volta das 14h ontem e fez um tour pelas dependências do Congresso, ciceroneado por Sandro Mabel (PR-GO).
Ele foi acompanhado por inúmeros jornalistas e fotógrafos -um deles chegou até a perder o sapato. O humorista o devolveu ao dono.
O novo deputado também foi alvo de atenção dos próprios congressistas. Inocêncio de Oliveira (PR-PE) pediu o apoio para continuar integrando a Mesa da Casa.
Questionado se estava espantado com o assédio, Tiririca disse que já tinha ocorrido o mesmo quando lançou a música "Florentina".
Eleito com 1,3 milhão de votos, o deputado foi acusado pelo Ministério Público foi acusado de apresentar declarações falsas sobre sua alfabetização e sobre seus bens à Justiça Eleitoral, mas foi absolvido.

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