Para o doutor Cláudio Lottenberg, presidente da Sociedade Beneficente Israelita Albert Einstein, que, no domingo, dia 22/2, na modestíssima opinião desta datilógrafa que vos fala, ocupou o espaço da página 3 da Folha de S.Paulo (Tendências/Debates) com a distribuição de ufanismos a instituição que dirige, estatísticas soporíferas e metáforas de gosto duvidoso sobre saúde do corpo e vitalidade do país (“cancro da corrupção”; “ganância fiscal que aumenta a obesidade de órgãos públicos esclerosados” – fala a verdade? –; “Brasil precisa de terapia intensiva com o apoio de todos que possam colaborar para sua recuperação”), pois então, para este discípulo de Hipócrates tão cioso de seu dever sagrado e tão avesso ao exercício do poder por meio da política, para ele eu tenho algumas questões incisivas (uia!):
Caro senhor doutor presidente:
1) Já foram identificados os indivíduos que hostilizaram ao ex-ministro Mantega e sua mulher, que foi ao hospital na terça-feira para ser submetida a tratamento contra o câncer?2) Que providências os senhores estão tomando, foi registrado Boletim de Ocorrência?3) A direção do hospital está ciente de que, caso este comportamento brutal for tolerado e nenhuma medida tiver sido tomada contra quem o praticou, isto irá significar que a Sociedade Beneficente Israelita Albert Einstein compactua com a irresponsabilidade, a escalada da violência e o desrespeito à ordem pública?
O senhor entende, doutor Cláudio, que o Einstein não pode consentir, porque isso significa que ele se colocará do lado dos inconsequentes que querem ver o circo pegar fogo sem medir as consequências para as instituições?
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