Representantes de mais de 60 países e delegados de várias organizações internacionais e não-governamentais participarão da conferência que, segundo autoridades iranianas foi recebida com entusiasmo por todos os convidados. A conferência visa a começar a difundir para todo o mundo a ideia de que o mundo – e sobretudo o Oriente Médio – devem ser completamente desnuclearizado e livres de qualquer tipo de arma atômica.
“Estamos criando uma plataforma da qual todos os pacifistas do mundo possam manifestar-se contra os estoques de bombas nucleares. Essa é a nossa mensagem e continuaremos a trabalhar por ela, para fazê-la ouvir em todo o mundo, com força e clareza, daqui, da capital do Irã, Teerã, no coração do Oriente Médio: não há lugar para bombas atômicas nessa região tão sensível do mundo” – disse Mohammad Mehdi Akhoundzadeh , ministro das Relações Exteriores do Irã, em entrevista à PressTV, antes da abertura da conferência.
Akhoundzadeh, que é secretário-geral da conferência, disse também que o Irã não tem a intenção de lançar qualquer sombra sobre a conferência nuclear realizada semana passada nos EUA. “Nosso trabalho é um processo, não um projeto. Absolutamente não nos preocupa falar ‘mais alto’ que Washington” – disse ele. E acrescentou:
“A ideia dessa reunião foi recebida com entusiasmo, muito além de nossas expectativas. Estão aqui vários ministros de Relações Estrangeiras de diferentes partes do mundo, o que muito nos honra. E haverá também importante representação de organização não-governamentais”.
A conferência acontece no momento em que o Ocidente se mobiliza para que a ONU imponha uma quarta rodada de sanções contra o programa iraniano de utilização de energia nuclear para fins pacíficos.
Os EUA e aliados acusam o Irã de conduzir programa nuclear para finalidades não pacíficas. O Irã rejeita essas acusações, e tem repetido que o Ocidente deve abandonar seus arsenais de aramas atômicas, os quais, esses, sim, representam grave ameaça à paz e à estabilidade mundiais.
Akhoundzadeh repetiu mais uma vez que o Irã opõe-se firmemente às armas de destruição em massa e que a República Islâmica já se manifestou sobre isso na convenção contra o uso de armas químicas.
“O Irã foi vítima de armas químicas. Não queremos que o Oriente Médio, nenhum corpo, nenhum governo, nenhum país tenham armas nucleares. Para nós, as armas nucleares são armas contra a humanidade”, disse.
Os EUA, que possuem o maior arsenal de armas nucleares do mundo, é, até hoje, em toda a história, o único país que fez uso de bomba atômica como arma de guerra. Os cogumelos atômicos, imagem macabra dos dois ataques dos EUA contra as cidades japonesas de Hiroshima e Nagasaki, ainda aterrorizam governos e povos em todo o mundo.
Para os analistas, é indispensável persistir nos esforços para erradicar do planeta a ameaça das bombas atômicas, em nome da sobrevivência da humanidade.
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