segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Oposição quer dificultar o acesso dos jovens à faculdade


A candidata à presidência pela coligação Para o Brasil Seguir Mudando, Dilma Rousseff, lamentou mais uma tentativa da oposição de tirar a oportunidade dos jovens carentes acessaram o Ensino Superior. Depois de o partido DEM entrar no Supremo Tribunal Federal para acabar com o Programa Universidade para Todos (ProUni), agora o candidato do PSDB, José Serra, atacou o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), demonstrando sua plataforma elitista para a educação.

“Eu acho um absurdo a declaração do candidato Serra a respeito do Enem. Quando se fala em vazamento é necessário que se perceba que foi um crime que está sendo investigado. E um crime contra o Enem", afirmou Dilma.

Segundo ela, o Enem tem sido essencial não só porque é uma forma do controle da qualidade do ensino, mas por ser um dos requisitos do Prouni. "Atacar o Enem agora é uma forma indireta do candidato Serra atacar o Prouni. Aliás, o partido do vice dele [DEM] entrou na Justiça pedindo para acabar com o Prouni, entraram no Supremo. E sso compromete as oportunidades que 700 mil estudantes estão tendo, o que é um absurdo.”

Dilma acrescentou: “Acabar com o Enem e dizer que o Enem é eleitoreiro é desconsiderar o papel que ele teve nesses anos todos no sentido dar o acesos das pessoas mais pobres a uma bolsa que paga todo curso numa universidade privada de boa qualidade”.

Ao contrário dos tucanos, que não querem ensino superior para os mais pobres, Dilma disse que vai ampliar o Prouni e fortalecer o Enem.

“É isso que o governo Lula começou a fazer. Fizemos 14 universidades e 134 novos campi espalhados pelo interior. Eu pretendo continuar expandindo essa rede e garantir que as universidades estejam presentes onde as pessoas moram, porque se queremos de fato desenvolver o país precisamos espalhar universidades em todo território nacional”, explicou.

Movimentos sociais

Na Praça da Rodoviária, Dilma se reuniu rapidamente com representantes de movimentos sociais ligados à Agricultura Familiar. Eles entregaram um manifesto que estão distribuindo pelo país pedindo que ela seja eleita, porque é o único caminho para garantir um crescimento sustentável e que beneficie os produtores rurais.

“Eu conto com vocês nessa reta final e podem ter certeza que não deixarei de olhar pela agricultura familiar, garantindo crédito e continuando o processo de reforma agrária com assentamentos”, comprometeu-se.

O manifesto lembra que hoje é o Dia Mundial da Alimentação e que o Brasil pode se orgulhar de ter cumprido antecipadamente a uma das principais metas do milênio, retirando da pobreza extrema 28 milhões de brasileiros, graças às políticas sociais criadas e desenvolvidas no governo Lula.

“O Brasil de hoje não é mais o Brasil de oito anos atrás e nossos trabalhadores e trabalhadoras não querem o retrocesso, a volta ao passado e nem interromper os avanços que conquistamos no governo Lula. É por isso que, para nós, o país está diante da mais importante eleição presidencial de sua história”, diz um trecho do manifesto.

Assinam o documento as seguintes entidades representantes dos movimentos sociais: Contag, Unisol, Concrab Movimento Nacional de Catadores de Materiais Recicláveis, CUT, RedeSol, Rede de Gestores Públicos de Economia Solidária, Articulação Nacional de Agroecologia, Unicafes, Ancosol, Confederação Nacional de Populações Extrativas, Pastoral da Rua Rede ITCPs, Via Campesina, Fórum Brasileiro de Economia Solidária, Centra dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), Fetraf, Instituto Marista de Solidariedade, Observatório do Trabalho na UFMG e o Fórum Brasileiro de Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional.

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