No apagar das luzes de 2014 e mesmo com um contrato de telefonia que prevê o fornecimento de aparelhos celulares, o Senado abriu procedimento licitatório para a compra de outros 360 aparelhos celulares de última geração que serão cedidos aos parlamentares que integrarão a próxima legislatura.
Ao todo, o Senado estima gastar R$ 696 mil com os novos aparelhos, que devem ser entregues a partir do mês de fevereiro. Os telefones serão destinados aos senadores que não quiserem utilizar os aparelhos corporativos do Senado. Nos corredores, fala-se que a distribuição de celulares faz parte de um “pacote de bondades” do presidente da Casa, Renan Calheiros (PMDB-AL) aos novos senadores.
Apesar de já contar com telefones fornecidos em comodato como parte de um plano corporativo, O Senado faz compra adicional de 360 celulares, entre eles 90 iPhones 6.
A licitação prevê a compra de 90 iPhones 6 ou “similares”, com “tela retina HD de no mínimo 4,7 polegadas”; de 90 Samsungs Galaxy S5 com tela mínima de 5,1 polegadas e processador de 2.5 GHz Quad-Core; outros 90 “Motorolas Moto X ou similar”, com tela mínima de 5,2 polegadas e processador 2.5 GHz Quad-Core e mais 90 “Blackberrys Z10 ou similar”, com tela mínima de 4,2 polegadas e processador de 1.5 GHz Dual-Core.
A licitação dos novos celulares, marcada para a última segunda-feira do ano, dia 29 de dezembro, foi pensada para os senadores que preferem usar linhas pessoais, a utilizar os aparelhos fornecidos pela Casa. O regimento interno permite que eles sejam ressarcidos pela Casa por esses gastos de telefonia.
Mas isso ocorre somente mediante cadastro prévio junto à administração do Senado. Na prática, nessa modalidade, o senador entra com o telefone e o Senado entra com a conta. Mas, pela primeira vez, a Casa pagará a conta e ainda dará o aparelho ao parlamentar.
Seria bem visto ver aqueles que gritavam, berravam pelas ruas em época de campanha, com o "Não Queremos Copa", Não Queremos Médicos Estrangeiros", Fora Corrupção", se manifestando nesse momento. Essa, sim, é a hora de cobrar, já que os que lá estão foram eleitos pelo povo, inclusive, os que protestavam.
Mas, o que se vê, é a omissão, a demonstração de que tudo aquilo apenas fazia parte do movimento de campanha de alguém.
Com certeza, aqueles que gritavam "Não Queremos Copa" já compraram suas fantasias de carnaval, vão torrar dinheiro na festa, assim como se torrou na Copa, os governantes vão superfaturar inúmeras dessas festas, assim como os estádios da Copa, vão cometer e/ou serem vítimas de ilícitos, como assaltos, furtos, agressão, acidentes de trânsito decorrente do uso excessivo de bebidas alcoólicas e/ou drogas, assassinatos, isso em número bem maior e em muito menos dias que a realização da Copa. Mas estarão lá. Não para gritar "Não Queremos Carnaval", mas, para fazer parte dele.
Como levar a sério não somente os governantes, mas, também, os protestantes desse país?
Fala sério!!!
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