quinta-feira, 8 de julho de 2010

EMAE e MP aceitam revitalização da Rota do Peixe

Donos de restaurantes na estrada Velha de Santos podem se ver livres de uma ação judicial de reintegração de posse movida pela EMAE (Empresa Metropolitana de Águas e Energia S.A.) que corre desde 2000. A EMAE informou em nota oficial que “está disposta a um acordo dentro do processo, desde que seja obtida a anuência do Ministério Público”.

A promotora de Meio Ambiente Rosângela Staurenghi explicou que, caso a Administração municipal assuma a revitalização e consiga a formalização das permissões ambientais, o Ministério Público não será acionado. “Se existir um plano sustentável de fomentação turística e a regularização ambiental, não existe a necessidade de o MP intervir”, disse a promotora.

A Prefeitura de São Bernardo concentra esforços para conseguir derrubar a ação e revitalizar a Rota do Peixe, visando fomentar o turismo e a gastronomia na antiga estrada de Santos. A Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Trabalho e Turismo tem até a segunda quinzena de agosto para decidir sobre a criação da rota. De acordo com o secretário Jefferson José da Conceição, a possibilidade de garantir a permanência dos restaurantes e reforçar o turismo é grande.

Assim que assumiu a operação do sistema de geração de energia da Billings, a EMAE ingressou com ação judicial para remover os restaurantes, erguidos em área de manancial. Na época, mais de 20 restaurantes lideravam a gastronomia e a vida noturna no local. Os empresários que perderam a ação, ou desistiram de recorrer, tiveram de encerrar o empreendimento. Atualmente, seis restaurantes funcionam recorrendo da medida judicial.

“Agora estamos na expectativa de a Prefeitura nos apoiar”, disse o gerente do Tropicalíssimo, Rodrigo Antoniossi. Para o empresário, a instalação de placas ou portal no entroncamento entre a estrada de Santos e a rodovia Índio Tibiriçá ajudaria a atrair clientes.

A intenção da Administração é investir em letreiros, estacionamentos e outras ações, como auxiliar os empreendedores na regularização da documentação ambiental. “Vamos levar adiante o projeto da Rota do Peixe, que deve fazer mudanças de paisagismo, revitalização local, além de melhorarmos o esgotamento sanitário dos restaurantes” , afirmou Jefferson. Todas as medidas serão firmadas perante a Justiça. “Para que o projeto saia do papel é preciso que o juiz acate a iniciativa”, disse. Com a Rota do Peixe, o secretário acredita na possibilidade de reabertura dos estabelecimentos que fecharam as portas.

Iniciativas - Com a saída de alguns restaurantes, a clientela aumentou para os que ficaram. “Temos capacidade de receber até 200 pessoas. Mas nos finais de semana a lotação chega a 500 clientes”, afirmou Antoniossi, ao acrescentar que mais estabelecimentos atenderiam a demanda excedente. Por causa da indecisão judicial, os investimentos em reformas e infra-estrutura estão parados. “Não posso reformar o telhado ou ampliar o salão sem saber o que vai acontecer”, reclamou José Carlos Crippa, proprietário do Rio’s Bar.

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