O eleitorado brasileiro pode ser dividido em dois grupos absolutamente distintos, de acordo com seu grau de informação sobre a campanha: o dos 73% que sabem que Dilma Rousseff é a candidata apoiada por Lula e o dos 27% que ignoram esse fato.
No primeiro grupo, a petista tem 51% das intenções de voto, contra 30% para José Serra, segundo a pesquisa CNI/Ibope. No segmento desinformado sobre a opção presidencial de voto, é o tucano quem lidera por larga margem: 50% contra 11% para a petista.
Claro que a situação pode mudar. Diante DESSES números, todavia, o analista mais conservador, prudente e pró-tucano, não poderá negar que se desenha um verdadeiro massacre eleitoral. A matéria, publicada na mídia serrista, completa meu raciocínio:
Com o início do horário eleitoral gratuito e o provável bombardeio de imagens de Lula com sua escolhida, os eleitores com um pé em cada canoa deixarão de turvar o cenário e se definirão - por um lado ou por outro.
Não há como prever se esse contingente, ao tomar conhecimento da opção de Lula, passará a se comportar como o restante da população e majoritariamente seguirá sua recomendação de voto. Mas é fato que os bolsões de desinformação, concentrados entre os mais pobres e nas regiões Nordeste e Norte/Centro- Oeste, são um território fértil para o presidente. É nesse eleitorado que o governo é mais bem avaliado e que as manifestações por continuidade da administração são mais eloquentes.
O repórter do Estadão tenta concluir o texto puxando sardinha para Serra, mas não cola.
Um tropeço forte na campanha pode marcar negativamente sua imagem e corroer seus índices eleitorais, mesmo entre os lulistas.
É evidente que se Dilma surtar e sair pelada pela rua gritando slogans terroristas em húngaro, poderá perder votos. Um analista, porém, deve fundamentar sua tese (que é apenas uma tese) sem considerar desastres improváveis. Até porque, erro por erro, Serra também pode cometer deslizes e afundar ainda mais.
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Eis outra nota interessante na coluna de Mônica Bergamo:
VOTO GAY
Enquete promovida pelo site da revista gay "G Magazine" pergunta em quem o internauta vai votar para presidente. A candidata Dilma Rousseff (PT-RS) lidera a pesquisa com 40% das intenções, de um total de cerca de 180 mil votos. José Serra (PSDB-SP) e Marina Silva (PV-AC) empatam na casa dos 20%.
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Enquanto Serra mete os pés pelas mãos, Dilma, a "sem experiência", movimenta-se com muita inteligência e ganha terreno dentro do próprio bunker tucano.
O Globo: Candidata do PT foi convidada para encontro na casa de Abílio Diniz
Leila Suwwan
SÃO PAULO. Em uma espécie de sabatina informal com empresárias, executivas e socialites ontem em São Paulo, a candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff, teria dito, segundo relatos, que vai realizar a reforma tributária nos primeiros seis meses de governo, caso seja eleita. A sessão de perguntas e respostas foi organizada na residência do casal Abílio e Geyze Diniz, do Grupo Pão de Açúcar. A lista de convidados foi mantida sob sigilo, e o encontro sequer foi divulgado na agenda da petista.
A maioria das participantes se assustou com a presença da imprensa, mas algumas aceitaram dar entrevista e comentaram o que consideraram ter sido um encontro “muito surpreendente e convincente”. O chá da tarde, segundo elas, foi informal, sério e concorrido.
— Ela disse ser sua prioridade, nos primeiros seis meses, fazer a reforma tributária. Todos saíram com uma impressão muito positiva. Ela mostrou estar bem preparada e surpreendeu, respondeu a tudo com precisão e foi convincente.
Vou votar nela — disse Cláudia Bonfiglioli, dona da rede Bon Grillê e presidente da Casa Hope, entidade de apoio a crianças com câncer.
— Foi uma confraternização.
Dilma foi muito simpática, mais do que eu achava — disse Laura Bethlem, esposa de um executivo do Pão de Açúcar.
Segundo a assessoria do Pão de AçucarAçúcar, o evento reuniu 50 amigas de Geyze.
Segundo a assessoria de Dilma, cerca de 30 “executivas e formadoras de opinião” participaram da conversa, com lanche e chá, no Jardim Europa, bairro de casas de luxo em São Paulo. Abílio Diniz, que já declarou apoio a Dilma, participou apenas do começo do encontro.
De Miguel do Rosário
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