Em maio do ano passado a Fifa confirmou as 12 sedes da Copa do Mundo de 2014 no Brasil, incluindo o Estádio Morumbi na capital Paulista, mediante reformas.
José Serra (PSDB/SP) e Gilberto Kassab (DEMos/SP) fizeram sua festa particular diante dos holofotes televisivos. O MOrumbi deveria abrir a Copa e ser uma das sedes das semi-finais.
O comitê paulista organizador da Copa é comandado pelo tucano Caio Luiz de Carvalho, presidente da SPTURIS ─ Empresa de Turismo e Eventos da Cidade de São Paulo (estatal da prefeitura).
Seguindo a cartilha neoliberal demo-tucana, José Serra e Kassab, deixaram tudo por conta da mão invisível do mercado, para que a iniciativa privada e a diretoria do São Paulo Futebol Clube se virassem com a reforma do estádio, de sua propriedade.
É sabido que os clubes brasileiros tem dificuldades financeiras até para manter seus craques, apesar de também ser sabido da má gestão e corrupção de muitos cartolas. Mas, até por isso, era óbvio que deixar tudo na mão de clubes tinha tudo para não dar certo. Era necessário formar um tipo de parceria público-privada, com forte proteção ao interesse público, e com forte fiscalização estatal para impedir desvios.
Seguindo as regras de mercado, a diretoria do tricolor decidiu contratar um escritório internacional, o GMP, com tradição em reformas semelhantes. Em maio deste ano, um novo projeto acabou aprovado pela Fifa com elogios.
Maio foi o prazo final para apresentar mudanças nos projetos e junho é o tempo para apresentar garantias de cumprimento do cronograma financeiro.
O São Paulo FC não conseguiu viabilizar o orçamento de R$ 630 milhões da reforma apresentada à Fifa. Então, o clube mudou novamente seu projeto para baratear, ficando a reforma em R$ 265 milhões. Como o prazo para mudanças nas propostas acabou há cerca de um mês, o Comitê Organizador desqualificou o Morumbi.
A história é muito parecida com o apagão de 2001, quando em 1995 e 1996, José Serra era ministro do Planejamento, e planejou a expansão do sistema elétrico brasileiro, contando com a mão invisível do mercado, privatizando as distribuidoras de energia, e deixando por conta de empresas privadas investirem em geração. Em 2001, o sistema estava em limites críticos. Bastou uma estiagem fazendo o nível dos reservatórios baixarem, para que o Brasil fosse obrigado a racionar energia elétrica por meses.
A CBF (e a FIFA) ainda estão abertos à possível construção de novo estádio em São Paulo, coisa que o governo demo-tucano paulista é contra, alegando que o Morumbi atende. O problema é que Comitê Paulista formado por demo-tucanos ficaram um ano sem planejamento viável de modernização do Morumbi, e voltam à estaca zero com um novo projeto mais barato, e ainda sem garantias de verbas para cumprir.
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