Um antigo amigo da família de FHC mandou a mensagem abaixo ao DCM:
Dona Ruth soube desfrutar bem do poder ao lado do marido presidente. A família Cardoso nadou de braçada nas benesses da presidência.
Uma das filhas, a Luciana Cardoso, bióloga desempregada, foi contratada pelo Palácio do Planalto para ser secretária pessoal do pai presidente com salário pago pelo governo. Parecia uma sombra perdida dentro do seu gabinete.
Depois dos oito anos ganhando sem fazer nada, foi contratada pelo senador Heráclito Fortes, do DEM. Nunca apareceu no gabinete, o caso se tornou publico recentemente e ela desapareceu.
FHC fez o mesmo com a irmã da Mirian Dutra. Acho que é uma especialidade dele arrumar a vida dos amigos e parentes com dinheiro público. Beatriz, pedagoga da USP, teve alguns de seus livros adotados pelo ministério da Educação e distribuídos pelo governo. O então marido de Beatriz, David Zilberstein, foi nomeado para presidir a Agência Nacional do Petróleo. O filho Paulo virou playboy. Nos anos 90 ele foi contratado pela Manchete para não fazer nada. Uma vez perguntei a um diretor da Manchete como estava o Paulo e ele respondeu: tem uma bela Mercedes.
O Paulo foi casado com a filha do Magalhães Pinto, o civil mineiro que comandou o golpe militar em Minas Gerais que resultou na cassação do próprio FHC. Consta que o Paulo fez vários negócios com o governo FHC. Um deles teria sido a montagem de um estante do Brasil 500 anos na Alemanha que custou aos cofres públicos 10 milhões de dólares. Detalhe, o estande não teria sido entregue.
O chefe de gabinete do Gilberto Carvalho me contou que o Paulo, no começo do governo Lula, ligava bastante para o Palácio como lobista de grandes empresas. A ordem do Gilberto era atender gentilmente a ligação e não dar prosseguimento aos pedidos.
Já dona Ruth recebeu do marido no final do segundo mandato a permissão para usar uma mansão do governo federal onde instalou sua ONG privada, Comunidade Solidária. FHC ainda destinou para a ONG uma verba de 400 mil reais por ano para manutenção do prédio.
O imóvel fica na Avenida Angélica bem perto do apartamento onde o casal morava em Higienópolis. Um bairro de grã-finos para atender pobres que vivem nas periferias.
Ela usou esse imóvel até morrer, era uma espécie de escritório pessoal. Nunca foi incomodada pelo governo Lula. Imagina se a família do Lula tivesse feito o mesmo que a do FHC?
No início dos anos 60 o casal Cardoso morou com os pais de FHC na Rua Nebraska no Brooklin Novo. Na época eles já tinham os três filhos.
No início dos anos 60, FHC comprou um lote pequeno no Morumbi onde, muitos anos depois, construiu sua primeira casa. Uma construção rústica, mas a casa era confortável. Foi ali que a família viveu quando voltaram do “exílio” de FHC. Por causa dos assaltos no bairro, o casal vendeu a casa e comprou um apartamento de classe média alta na Alameda Joaquim Eugênio de Lima no lado da Bela Vista, bem perto da maternidade Pro Mater Paulista.
Ali eles moraram por uns 10 anos. Já no fim dos anos 80 a família muda em definitivo para Higienópolis. FHC tinha também uma casa de campo em Ibiúna. Era uma espécie de condomínio entre amigos.
Cada um construiu sua própria casa e desfrutavam de uma mesma piscina. Tudo muito compatível com os rendimentos do casal Cardoso. Não consigo entender o crescimento do patrimônio em tão pouco tempo. Dona Ruth era filha de um contador muito simples em Araraquara. FHC filho de um militar com poucas posses.
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