Zerar o déficit habitacional é a grande meta da Secretaria de Habitação do Distrito Federal (Sehab). Para alcançar esse objetivo o GDF pretende ampliar a participação de Brasília no programa habitacional do governo federal, o Minha Casa, Minha Vida, além de fazer parcerias público-privadas com as empresas da construção civil.
O secretário de Habitação, Geraldo Magela, garante que, a partir de agora, a prática de distribuição de lotes, comum em governos anteriores, deixa de existir. As pessoas terão acesso à moradia através de unidades habitacionais prontas, financiadas por meio do Programa Minha Casa, Minha Vida. “Nós achamos que quem recebe a casa pronta cuida melhor e tem mais dificuldade de se desfazer dela. As unidades habitacionais (casas e apartamentos) serão vendidas com uma prestação acessível, que seja melhor para as pessoas do que o aluguel que pagam hoje”, declara Magela.
O GDF está fazendo um estudo das áreas disponíveis para a construção dessas moradias. E a partir de abril o governo pretende começar a informar onde as novas unidades serão construídas, mas garante que toda a população do DF será atendida pelo novo programa. “Queremos construir em praticamente todas as cidades. Quem está esperando uma residência poderá tê-la no local em que reside hoje. Até porque é ruim atendermos uma família que more, por exemplo, em Planaltina, que os filhos estudam lá, tem uma vida constituída na cidade e a beneficiarmos com uma unidade habitacional em Samambaia. Nós queremos moradia perto de onde as pessoas vivem e, assim, trabalharemos para zerar o déficit habitacional”, diz o secretário.
Para atender a demanda reprimida da população que anseia pela casa própria, a Sehab pretende utilizar vários recursos para contemplar toda a população do DF com as unidades habitacionais. Além do programa habitacional do governo federal, também cogita fazer uma parceria com as empresas privadas da construção civil.
“Para as construções vamos fazer licitações, contratar empresas para o serviço, fazer parcerias público-privadas, como foi feito na implantação do setor Mangueiral. Vamos trabalhar com as cooperativas, chamar as empresas e usar todos os meios possíveis para atender a população. Claro que primaremos pela transparência, pela seriedade, e todos terão a oportunidade de trabalhar para ajudar a construir e melhorar a habitação”, completa o secretário.
A Secretaria de Habitação começa a selecionar as pessoas que serão contempladas ainda este ano, para que, enquanto as casas e apartamentos forem construídos, os beneficiados se preparem para o financiamento. As pessoas serão selecionadas por meio das cooperativas e pela listagem da Companhia Habitacional de Brasília (Coodah), que passará por uma restruturação: aqueles que estiverem há mais tempo em Brasília terão mais pontuação.
Minha Casa, Minha Vida verticalizado
Expandir a ideia de verticalização é uma forma pensada pelo governo para aproveitar os espaços vazios existentes nas cidades, assim como driblar a falta de espaços para construir no DF. “Queremos otimizar os espaços, aproveitarmos áreas vazias para construir prédios e apartamentos nas cidades. Com os prédios, as pessoas estarão mais concentradas, então facilita na implantação de transporte, saúde, segurança e educação. Os espaços vazios entre as quadras na cidade serão aproveitados, pois nos dão viabilidade econômica, porque a infraestrutura já está pronta. A intenção é realmente mudar o conceito de somente construções horizontais para a verticalização dos empreendimentos” enfatiza Magela.
Aumentar a participação do DF, no programa habitacional federal será a consequência das novas regras. A tendência é que os financiamentos feitos através do Minha Casa, Minha Vida fiquem mais baratos para a população.
“Infelizmente não houve interesse dos governos passados de aderir ao programa federal. No DF não existe praticamente nada em relação ao programa. Temos um compromisso político de ajudar o governo federal e, ao mesmo tempo, atender a demanda reprimida. A grande vantagem do DF é que a maior parte das terras é do GDF ou do governo federal. Isso faz com que os preços das construções diminuam. Mesmo que os preços dos imóveis daqui sejam mais elevados do que os do restante do país, este fator da terra ser pública ajuda”, declara o secretário de Habitação.
Segundo Magela, o programa vai atender aos vários setores da população que recebem de três até 12 salários mínimos. “Precisamos ter a Caixa Econômica Federal como parceira firme. Para isso, vamos dar a ela todas as condições de atender aos nossos segmentos de maneira segura. Para atender a faixa de maior renda da população faremos parceria público-privada. Até porque a política habitacional do programa é de até 10 salários mínimos, mas a do DF é de até 12. Então, essa diferença pode ser atendida através da parceria”, conclui.
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