terça-feira, 8 de março de 2016

A luta é o lar dos revolucionários

Conta-se que o sábio estrategista japonês que planejou o ataque aéreo a Pearl Harbor na 2ª Guerra Mundial ao ser parabenizado pelo sucesso da ação, retrucou, tristemente, afirmando o seu temor de na verdade ter despertado o gigante que traria a ruína de todo o seu país. Foi a partir de Pearl Harbor que os EUA entraram de vez na guerra que culminou com as bombas de Hiroshima e Nagasaki e a completa devastação do Japão.
O que aconteceu com o ex-presidente Lula reflete exatamente a mesma situação. A violência pessoal e a arbitrariedade judicial com que foi tratado serviu para despertar todo o vigor de um líder nato e toda a fúria de uma militância que representa o maior patrimônio de seu partido. O que o juiz Sérgio Moro e a grande mídia brasileira fizeram hoje nada mais foi do que iniciar o processo de construção de uma verdadeira lenda nacional ao custo das suas próprias ruínas.
Já não existe mais volta. Todas as vias democráticas e republicanas com que Dilma e seu governo ingenuamente tentaram dialogar com aqueles que não buscam outra coisa a não ser a sua destruição, foram completamente fechadas. Na sexta-feira, dia 4/3, os setores sociais e progressistas desse país chegaram a um nível de convulsão social que não admite mais a apatia e a inércia com que todas as ilegalidades contra Lula e o PT foram tratados.
Os inimigos da democracia brasileira e do Estado Democrático de Direito já são claros: o sistema judicial brasileiro e a grande mídia familiar. Sobre os intermináveis ataques a soberania deste país, Tomás Jefferson nos ensina: “A árvore da liberdade deve de quando em quando ser regada com o sangue dos patriotas e tiranos. É o seu adubo natural”.
Há dias de paz e há dias de guerra. As redes sociais já não são mais suficientes. A liberdade agora exige as ruas.

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