terça-feira, 12 de janeiro de 2016

Os 3 maiores problemas da humanidade

Superpopulacao01
Com uma população de 7,4 bilhões de pessoas, o planeta tem 3 problemas críticos para dar solução, e que a cada ano exigem inovação e criatividade na capacidade de gestão e de prover recursos crescentes (sem o aumento da carga tributária), além de uma logística exemplar, nunca dantes imaginada. Não incluo nessa conta, ou lista, a questão da superpopulação, porque é uma questão insolúvel e potencializa os 3 gargalos abaixo. De toda forma, é vital encontrar-se uma solução para a velocidade do crescimento demográfico. Na mídia, o assunto é debatido de forma lateral, apenas quando falta alimento ou água, ou quando há um apagão.
Em suma, os 3 problemas críticos são:
1 – produção de alimentos;
2 – produção de água potável; e
3 – produção de energia elétrica.
Qualquer um deles se estiver em desequilíbrio, com oferta abaixo da demanda, provocará o caos regional, com reflexos em todo o planeta e em todas as atividades humanas.
Alimentos – A disponibilidade de terras aptas para agricultura esgota-se no planeta. Só o Brasil e a África têm terras virgens para produzir mais alimentos. A razão é simples: precisamos produzir cada vez mais, para atender o aumento da demanda. Não basta apenas terra, há necessidade de disponibilidade de água e sol (tecnologia, capital e mão de obra podem ser importadas), e o Brasil é o único país do planeta com essa riqueza natural disponível. Em outras regiões do planeta, há terra, mas ou falta água (chuvas) ou falta sol. Infelizmente, a distribuição e fartura desses recursos não é igual nos diversos continentes. A falta de alimentos provoca, como sempre foi, imigração e guerras. Lembremos que a causa da Queda da Bastilha foi a falta de pão para o povo, que não dispunha de brioches. Maria Antonieta confundiu humor com políticas públicas e deu no que deu, as cabeças rolaram.
As tecnologias das ciências agronômicas têm garantido que as produtividades cresçam, e desmentem as projeções proféticas de Malthus. Um homem com fome é um revoltado, mas um homem com filhos esfomeados é um guerrilheiro.
Água potável – A água não vai acabar, como afirmam setores interessados economicamente no assunto, e a mídia repete acriticamente o assunto. Em alguns países a água mineral vale muito mais do que 1 litro de leite.
O planeta tem 71% de sua superfície em água (deveria chamar-se Água). O ciclo hidrológico encarrega-se de distribuir água pelo planeta afora, exceto nos desertos. O problema está na disponibilidade da água potável para abastecer populações de centros urbanos cada vez maiores, e na redução do desperdício. As fontes e rios urbanos, todos poluídos, degradam-se. Busca-se água limpa cada vez mais distante dos grandes centros urbanos.
Entretanto, cerca de 95% a até 99% do volume de águas de todos os rios chegam aos mares, onde reinicia-se o ciclo hidrológico. Estes 1% a 5% são consumidos pela humanidade nas suas diversas atividades. Fazer barragens, irrigação, hidroelétricas, não interfere no ciclo hidrológico (à exceção da piracema, em barragens hidroelétricas, o que causa um problema ambiental). A gestão da água potável, todavia, é um enorme problema da administração pública, que tem de planejar o estoque e o tratamento de água para abastecer tanta gente. A falta de água, regionalmente, também provoca imigrações e guerras, além de doenças.
Lembre-se, ou saiba que, a briga entre israelenses e palestinos, por exemplo, não é por alguma rixa ancestral, ou atávica, mas pelas águas do rio Jordão.
Energia elétrica – Dentre os três problemas da humanidade esse é o gargalo maior, no momento e no futuro breve. Sua falta não causaria a morte imediata (ou doenças) de milhões de pessoas, da mesma forma como provocaria a falta de alimentos ou de água potável, mas causaria enormes prejuízos às atividades humanas, com o caos se estabelecendo depois de algumas horas se ela estiver ausente. Ou seja, não podemos ter uma vida de qualidade sem energia elétrica, impossibilitados, sem internet para trabalhar, e, ao mesmo tempo, de conservar alimentos, andar de avião ou de elevador, ou mesmo de metrô. Retornaríamos ao tempo das cavernas. Portanto, temos de investir na capacidade de aumentar a geração e distribuição da energia elétrica. Cada região do planeta tem restrições de algumas fontes de energia, dentre aquelas possíveis, como hidroeletricidade, eólica, solar, nuclear e a mais difundida mundo afora, a termoelétrica, movida por fósseis, seja carvão, derivados do petróleo ou gás.
No Brasil, somos privilegiados pela natureza, pois temos a energia elétrica com base em hidroelétricas, a mais barata e constante (porque pode-se estocar água), e a menos poluente. Devido a acidentes como Chernobyl e Fukushima, com vazamento de radioatividade, a energia nuclear perdeu espaço no crescimento dentre as fontes. Hoje em dia a energia nuclear financia a demonização do CO2 emitido pelas termoelétricas, como forma de garantir seu crescimento no futuro. O assassinato de reputação do CO2 está na base dos argumentos ambientalistas que o acusam, indevidamente, de ser um gás de efeito estufa (GEE), causador do aquecimento e das mudanças climáticas. Como as fontes alternativas (eólica e solar) não conseguem isoladamente suprir a demanda de energia elétrica em grandes centros urbanos consumidores, pois exigem a existência de um “Plano B” (que deve incluir outra fonte, especialmente termoelétrica), a disputa comercial fica entre nuclear, fósseis e hidroeletricidade.
Analisei o problema da energia elétrica, em profundidade, em meu livro CO2: aquecimento e mudanças climáticas: estão nos enganando?, detalhando interesses políticos e econômicos, pois é a causa principal da neurose ambientalista planetária, causada por interesses inconfessáveis que financiam o IPCC e as COPs, como a COP21 que aconteceu em Paris, em dezembro último.
No livro, faço ainda o registro de que a causa principal de todos os problemas sociais, econômicos, políticos e ambientais, é a superpopulação planetária.
Saiba como funciona um sistema integrado de energia elétricaVídeo com debate sobre a produção de energia elétrica, com análise da integração do sistema de energias renováveis, feito pelo programa “Palavras cruzadas”, na TV Unicamp. Lamentavelmente, os entrevistados arranharam o assunto da energia nuclear, como fonte de energia elétrica. Como acadêmicos, debateram o problema sem nenhuma crítica sobre a estratégia do governo ou da ótica empresarial que vigora no Brasil.
A grande mídia deveria debater esses problemas, é uma de suas funções sociais, mas só o faz com o viés político, defendendo ou atacando os governos.

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