Rania Al Abdullah apresenta futuro alternativo ao menino sírio refugiado, se ele não tivesse morrido em uma praia turca em busca de vida melhor.
Nas redes sociais, a rainha Rania Al Abdullah, da Jordânia, reproduziu no sábado, dia 16/1, uma charge feita a pedido dela pelo caricaturista jordaniano Osama Hajjaj, em resposta a uma recente publicação do semanário francês Charlie Hebdo, que retrata o menino sírio morto Aylan – símbolo da crise humanitária de refugiados na Europa – como um estuprador. Em uma charge divulgada em árabe, francês e inglês, Rania apresenta um futuro alternativo a Aylan, se ele não tivesse morrido em uma praia turca em busca de uma vida melhor.
“No que teria se transformado o pequeno Aylan se tivesse crescido?”, questiona a charge de Hajjaj. E a própria rainha responde: “Aylan poderia ter sido médico, professor ou um pai carinhoso”.
Na imagem, o menino é desenhado em três hipotéticos momentos de vida: como uma criança brincando, como um jovem com uma mochila escolar nas costas e como um adulto com jaleco, prancheta e um estetoscópio nos ombros.
A resposta da rainha da Jordânia ao Charlie Hebdo, que foi alvo de um atentado de extremistas islâmicos em janeiro de 2015 após acusações de islamofobia e racismo, ocorre poucos dias após a revista retratar o menino refugiado morto como um agressor sexual.
Publicado em 14 de janeiro, o desenho se refere ao caso de agressão sexual em massa ocorrido na festa de Ano-Novo no centro de Colônia, na Alemanha. Segundo as investigações, os agressores eram predominantemente de origem estrangeira.
Na charge, o autor Laurent “Riss” Sourisseau, pergunta: “O que teria sido do pequeno Aylan se ele tivesse crescido?”. Em seguida, o desenho representa mulheres sendo agredidas por homens com feições animais de macaco ou porco, com os dizeres: “Apalpador de bundas na Alemanha”.
A caricatura da revista francesa foi durante criticada por ativistas, internautas e autoridades ao redor do mundo.
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