A organização da Copa América tenta esconder das faixas de publicidade estática oficiais da competição os nomes de Traffic, Full Play e Torneos, três empresas investigadas nos escândalos da Fifa – cujos alguns dos sócios estão presos – e que juntas formam a Wematch, união do trio líder em organização de eventos de futebol na América Latina.
Em La Serena, cidade na qual estreou no sábado, dia 13/6, a Argentina, em partida contra o Paraguai, pelo grupo B, banners dentro do centro de mídia exibem o nome da Wematch, mas uma tarja branca cobre os nomes de Traffic, Full Play e Torneos. Segundo pessoas que trabalham na organização da Copa América, as três empresas pediram para que tivessem os nomes escondidos por temer desgaste, mas mantiverem o nome da Wematch, uma vez que a união não foi tão citada nas últimas semanas.

Ex-CEO da Torneos, o argentino Alejandro Burzaco se entregou à Justiça italiana no dia 9 de junho. Ele foi apontado pela investigação como receptor de lucros milionários por contratos de transmissão por meio de pagamento de propina. O nome dele apareceu em alerta vermelho da Interpol.
Sócios de Burzaco, Hugo e Mariano Jinkis, argentinos proprietários da Full Play, também estão no alerta vermelho emitido pela Interpol e fecham o trio da Wematch, que estampa a Copa América. A dupla, diferentemente do compatriota, no entanto, ainda não se entregou à Justiça argentina.
Quem trabalha na organização da Copa América afirma que os banners já chegaram nas sedes da competição com a tarja sobre os nomes das três empresas, que, segundo tal relato, não querem aparecer por temer rejeição.
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