E ainda tem otário que considera os EUA a "pátria da democracia" e saia às ruas carregando faixas em inglês para rosnar pelo impeachment da presidenta Dilma. Na semana passada, o jornal "New York Times" e a organização "ProPublica" divulgaram novos documentos que comprovam que o governo ianque ampliou a vigilância na internet nos últimos anos. A desculpa utilizada agora é o da defesa de informações contra hackers estrangeiros; antes, era o fantasma do terrorismo. O resultado concreto é que milhões de cidadãos tiveram suas vidas monitoradas pelos serviços de "inteligência" do império. As liberdades individuais e a privacidade seguem sendo bens em extinção nos EUA.
A denúncia foi feita com base em documentos vazados por Edward Snowden, ex-analista da Agência Nacional de Segurança (NSA). Segundo o "NYT", o Departamento de Justiça redigiu, em 2012, dois memorandos secretos que permitem à NSA buscar, sem mandado judicial e em solo estadunidense, dados que pudessem estar ligados a ataques cibernéticos de governos estrangeiros. A agência, porém, também buscou dados sobre hackers sem vínculo comprovado com outros países, confirmam os documentos revelados na última quinta-feira (4).
Em abril, o diretor de Inteligência Nacional já havia citado os ataques cibernéticos como o principal desafio dos EUA entre 2013 e 2015, deixando o terrorismo em segundo plano pela primeira vez desde os atentados de 11 de setembro de 2001. À época, relatório da Defesa americana citou ameaças da Rússia e da China. "Não deveria ser uma surpresa que o governo dos Estados Unidos reúna dados de inteligência sobre potências estrangeiras que tentem penetrar redes americanas e roubar informações privadas de cidadãos e empresas", afirmou o porta-voz do diretor de Inteligência Nacional, Brian Hale, ao "NYT".
Na terça-feira passada, o presidente Barack Obama sancionou a chamada Freedom Act, a lei que restringe os poderes da NSA de monitorar as ligações telefônicas dos americanos, passando a exigir mandado judicial para fazê-lo. As buscas por informações de estrangeiros utilizando a infraestrutura de internet dos EUA, porém, não foi tratada na nova lei. Caso os golpistas brasileiros queiram deixar o Brasil, com medo do avanço do comunismo e com o seu complexo de vira-latas, é bom que evitem o uso da internet em Miami.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Seu comentário será avaliado pelo moderador, para que se possa ser divulgada. Palavras torpes, agressão moral e verbal, entre outras atitudes não serão aceitas.