segunda-feira, 29 de junho de 2015

Prender Lula? Terão esta coragem?

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Uma eventual prisão de Lula na Lava-Jato seria uma medida de altíssimo risco para a estratégia de desgaste ao PT e ao governo Dilma que está colocada em curso por todas as forças que operam atrás e ao lado do juiz Moro e do MPF do Paraná.
Uma prisão destas seria bem pior do que um ponto fora da curva, seria um ponto sem retorno na possível total desestabilização e descrédito da direita derrotada e dos setores que a apoiam. Talvez um fiasco internacional de proporções colossais.
A questão, assim, é outra: terão a coragem de prender Lula?
É claro que todos eles odeiam saber que Lula já é doutor honoris causa por 27 universidades do mundo e que é um cidadão respeitado e homenageado aonde quer que vá. Que é um caso único de uma efusiva unanimidade e reconhecimento político entre todos os ex-presidentes de todos os países na História.
Prendendo o Lula, a direita e as oposições todas salivariam, num primeiro momento, comemorando a desconstituição do grande mito petista perante o Brasil e o mundo. Eles imaginam que lograriam assim o maior de todos os desgastes políticos imagináveis ao PT e ao governo Dilma, tudo de uma só vez. Afinal, no Brasil de hoje basta alguém ser preso para já ser condenado. É com isso que sonha a direita, a oposição e a imprensa tradicional do país.
Mas, será, mesmo?
Dias atrás, Aécio e mais meia dúzia de senadores fanfarrões de partidos de direita puseram-se de “estadistas” e colocaram em curso o “plano perfeito” para derrubar a Dilma do cavalo. Em tese, estava tudo sob controle. Porém, de “perfeito”, o plano virou o “maior mico do milênio”, entrando como fiasco olímpico internacional para a galeria das grandes derrapadas políticas da sinistra biografia do Aécio e seus senadores amestrados (citação das redes sociais). Talvez, com tanta gente rindo do fiasco do Aécio, ele não saia mais candidato sequer a síndico de prédio.
Por isso, a dúvida.
E se prenderem o Lula e alguma coisa der errado? E se o povo resolver interferir na manobra? E se a população se revoltar de verdade? E se o mundo se posicionar contra a prisão de Lula? Neste caso, o metalúrgico se tornaria um mártir, ou ícone, tão ou mais carismático do que se tornou Mandela, ao sair de amargas décadas de prisão para a presidência do seu país, aclamado por todos.
Uma manobra política tão extremada e arriscada assim, como a do juiz Moro ceder à tentação e aos holofotes e mandar prender o cidadão Lula poderia converter-se na própria e definitiva cova profunda que a direita cavaria embaixo de si mesma, “como nunca antes na história deste país”. E o Moro viraria o dono do fiasco da vez, para nunca mais ter credibilidade no cargo.
A prisão do Lula faria dele um astro mundial ainda maior do que ele já é. Possivelmente, sem concorrência alguma quando 2018 chegar.

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