segunda-feira, 14 de setembro de 2015

Stripper, cocaína, cerveja e megalomania disfarçada: Alckmin e a segurança pública

Como todo falso tímido megalomaníaco, Geraldo Alckmin tem dentro dele um anão inseguro. O problema é que esse anão às vezes se materializa e vai parar numa delegacia do Denarc, fantasiado de go-go boy.
O vídeo com o jovem dançando seminu viralizou. Na simulação de uma espécie de Clube das Mulheres em versão freak show, o rapaz faz movimento sensuais metido num calção jeans, enquanto um pessoal animadaço bate palma.
Numa outra delegacia, outra comemoração. Alguns policiais, liderados pela delegada titular Elaine Maria Biasoli, soltam a franga ao som de um pagode, copinhos de plástico com cerveja na mão.
Coroando a semana, assistimos as inacreditáveis imagens da festança de 22 anos do PCC numa penitenciária feminina na zona norte da capital.
No lugar lotado, como num daqueles filmes dos anos 70 com personagens do tipo “Enfermeira Nazi”, uma mulher avisa as colegas que elas devem entrar na fila para dar uns tirinhos (cheirar cocaína) e fumar maconha. “Cada baseado é para três fumar”, diz no microfone.
Em todos os episódios, “providências” foram tomadas. Profissionais foram afastados, instaurou-se uma investigação no MP para apurar o caso do PCC. Vai dar em quê? Em nada.
E Alckmin?
A única declaração que deu foi lapidar: “Podem fazer festa, mas não em repartição pública”.
Ah, sim. Se estivesse à frente de um estado com excelentes índices, em que ninguém vive com medo, em carros blindados e casas com muros gigantescos – se estivesse à frente desse lugar civilizado, já seria ruim.
Mas não é o caso. Enquanto as delegacias e presídios viram bailes funk, policiais promovem chacinas em bairros nem tão periféricos assim, expondo os dados de testemunhas. Uma amostra grátis de como os grupos de extermínio estão livres, leves e soltos.
Geraldo Alckmin pode tudo. Quando cobrado, sai-se com essa solução: galera, vamos mudar o endereço da festinha porque os vizinhos estão reclamando do barulho.
Ele tem licença para matar. Como, na prática, têm os homens responsáveis pela segurança nas ruas do estado mais rico e mais pobre do país. Desde que não atrapalhe a balada na delegacia.

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