Na sexta-feira, dia 28/8, o cenário político começou a ficar mais claro, a partir de dois movimentos importantes. No PT, pela primeira vez, o ex-presidente Lula admitiu a possibilidade de concorrer à presidência da República, em 2018.
“Sinceramente, espero que tenha outras pessoas para serem candidatas. Agora, uma coisa pode ficar certa. Se a oposição pensa que vai ganhar, que não vai ter disputa e que o PT está acabado, ela pode ficar certa do seguinte: se for necessário, eu vou para a disputa e vou trabalhar para que a oposição não ganhe as eleições”, disse ele, em entrevista à Rádio Itatiaia, em Belo Horizonte.
Entre os tucanos, o presidente nacional do partido, senador Aécio Neves (PSDB/MG), não só afirmou não haver elementos para o impeachment da presidente Dilma Rousseff, como também declarou que o calendário eleitoral do PSDB prevê disputa em 2018.
“Para nós, do PSDB, ao contrário do que diz Carlos Araújo [ex-marido da presidente Dilma], o calendário eleitoral prevê eleições em 2018”, disse Aécio. Com isso, os tucanos abandonam a tese estapafúrdia de eleições antecipadas, que vinha sendo defendida por parlamentares aecistas.
No entanto, isso não significa que o grande embate entre Lula e Aécio já esteja marcado para 2018. No PSDB, o senador mineiro ainda terá que superar alguns rivais de peso: o governador paulista Geraldo Alckmin, tido como candidato natural, o senador José Serra (PSDB/SP) e o governador goiano Marconi Perillo, que também tem pretensões presidenciais. Numa coluna publicada nesta semana, o jornalista Josias de Souza afirmou que Aécio e Alckmin hoje mal se falam.
Se, entre os tucanos, haverá intensa disputa até 2018, quem correrá com pista livre é a ex-senadora Marina Silva, que, nesta semana, teve aval da Justiça Eleitoral para criar seu próprio partido, a Rede Sustentabilidade. Outro nome que pode se viabilizar é o prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, caso vingue a tese de candidatura própria do PMDB. Prefeito bem avaliado, Paes terá como vitrine os Jogos Olímpicos de 2016.
Correndo por fora, virão nomes da antipolítica, como Joaquim Barbosa, ex-ministro do Supremo Tribunal Federal, e dois expoentes da extrema direita no Brasil: o senador Ronaldo Caiado (DEM/GO) e o deputado Jair Bolsonaro (PP/RJ).
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