terça-feira, 26 de maio de 2015

Acordo Brasil-China é maior que Plano Marshall, que reergueu a Europa após a 2ª Guerra Mundial

Dilma_China07

Os mais de 35 acordos firmados entre Brasil e China representam a entrada da geopolítica, em grande estilo, na casa bagunçada da política nacional.
A mídia, como era de se esperar, segue absolutamente perplexa, sem saber como atacar uma parceria que vai trazer para o Brasil um monte de fábricas de alta tecnologia, ferrovias continentais, satélites, projetos modernos de telecomunicações, etc.
Segundo Paulo Moreira Leite, este acordo só tem paralelo com o Plano Marshall, aquele que os EUA patrocinaram numa Europa destruída pela 2ª Guerra, e que foi fundamental para reerguer o Velho Mundo.
O Plano Marshall mobilizou, a partir de 1947, aproximadamente US$13 bilhões, o que corresponderia a US$130 bilhões em valores atualizados. Isso para um continente inteiro, cuja infraestrutura havia sido, em grande parte, destruída por bombardeios.
No Brasil, apenas um fundo de investimento, criado pela China para atuar no Brasil, receberá US$53 bilhões, e não fomos destruídos por nenhuma guerra. O dinheiro não será usado, como foi o Marshall, para reconstruir pontes e estradas, mas para abrir novas.
Reproduzo abaixo um texto do Helcio Zolini sobre o assunto.
Chinês tem olho pequeno, mas exerga longe
Helcio Zolini, em seu blog no R7
Os chineses não nasceram ontem. Pelo contrário: são donos de uma cultura e sabedoria milenares.
Possuem uma história marcada por guerras e conquistas, e acumulam enormes avanços científicos e tecnológicos nas mais diversas áreas do conhecimento.
São temidos pelo poderio bélico e militar.
E respeitados pelo gigantismo de sua população e pelo tamanho descomunal de sua economia, capazes de gerar riquezas ou turbulências em escala mundial.
Chinês pode ser tudo, mas não é bobo. Enxerga longe, apesar do olho pequeno.
Não é por acaso que a China se transformou numa das maiores e mais admiradas potências do planeta.
Por tudo isso, chama a atenção a aposta alta que fazem no Brasil, do qual querem ser um parceiro preferencial.
Esta semana, o primeiro-ministro, Li Keqiang, veio até aqui anunciar investimentos que somam vários bilhões de dólares, mais precisamente U$$53 bilhões nos mais diversos setores, como agricultura, infraestrutura, transporte, ferrovia, energia, comércio exterior, comunicações e meio ambiente.
Os chineses querem também abrir fábricas no Brasil.
E, para espanto de alguns, querem, até mesmo, investir na Petrobras, a nossa estatal, criminosamente utilizada para malfeitos políticos e tão injustamente mal falada e depreciada por parte dos meios de comunicação e de setores da oposição, que, irresponsável ou intencionalmente, fecham os olhos para o grande e inestimável patrimônio estratégico que ela representa para o povo brasileiro.
Aliás, não será isso, entre outras coisas, o que os chineses estariam conseguindo vislumbrar?
Exatamente o que parte da oposição e uma grande parcela dos brasileiros, em função desse indesejável e insondável complexo de vira-latas, que volta e meia se manifesta entre nós, não consegue (ou não quer) enxergar?
Que o Brasil é um país estratégico, rico, sério e merecedor de todo o respeito. Que ele é infinitamente maior do que possam achar determinados políticos de ocasião. E que não serão supostas ou eventuais crises que irão comprometer o seu futuro.

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