domingo, 31 de maio de 2015

Golpe imperialista: EUA pedem cancelamento da Copa na Rússia e o afastamento de Blatter


Era mesmo muito estranho o FBI e a CIA preocupados com corrupção no futebol, ainda mais sabendo-se que boa parte das empresas corruptoras são daquele país ou tem fortes relações com o império. Pois olha aqui o que de fato move a corja imperialista. Não tem nada a ver com corrupção. Tem a ver com geopolítica internacional. Se tem corrupção, tem que apurar, como tem dito e feito a presidenta Dilma. Agora propor esta atrocidade intervencionista em outro país por causa do futebol é o suprassumo do imperialismo ianque. Os norte-americanos não querem prender corruptos. Querem pressionar os corruptos da Fifa a tirarem a Copa da Rússia.
Entendeu ou quer que desenhe? Lê aí a matéria do site português Sapo Desporto.

Os senadores dos EUA Robert Menendez e John McCain pediram ao congresso da Fifa para reconsiderar o seu apoio ao presidente Sepp Blatter devido ao seu apoio ao Mundial de futebol de 2018 na Rússia.
“Há muito tempo que estou preocupado com a escolha da Rússia pela Fifa e as notícias de hoje apenas sublinham a necessidade de eleger um presidente que não somente apoie os valores da Fifa, mas que assegure que a Fifa não recompense países que não apoiam esses valores”, disse o senador Menendez, do estado de Nova Jersey, numa nota enviada à agência Lusa.
Na carta enviada ao Congresso do organismo máximo do futebol ao nível mundial, que é também assinada pelo ex-candidato presidencial John McCain, Menendez critica a escolha da Rússia, “apesar das constantes violações da integridade territorial da Ucrânia e as outras ameaças a arquitetura de segurança do pós 2ª Guerra Mundial”.
A missiva foi divulgada no dia em que o Departamento de Justiça dos Estados Unidos indiciou nove dirigentes ou ex-dirigentes e cinco parceiros da Fifa, acusando-os de conspiração e corrupção nos últimos 24 anos, num caso em que estarão em causa subornos no valor de US$151 milhões (quase €140 milhões).
Entre os acusados estão dois vice-presidentes da Fifa, o uruguaio Eugenio Figueredo e Jeffrey Webb, das Ilhas Cayman e que é também presidente da Confederação de Futebol da América do Norte, Central e Caribe (Concacaf), assim como o paraguaio Nicolás Leoz, ex-presidente da Confederação da América do Sul (Conmebol).
“Dadas as violações da integridade territorial da Ucrânia, os esforços de Putin para minar princípios de cooperação multilateral, normas partilhadas e acordos internacionais, acreditamos que permitir que a Rússia receba o Mundial vai apoiar o regime de Putin numa altura em que ele deve ser condenado”, escreveram os dois senadores na carta enviada terça-feira, dia 26/5, antes de as detenções serem conhecidas.
Menendez e McCain lembram ainda que mais de 40 países, todos membros da Fifa, impuseram sanções a Rússia.
“Ao permitir que [o país] receba a competição, vão oferecer salvaguardas econômicas, que contrariam as sanções multilaterais impostas pela comunidade internacional”, acrescenta a missiva.
Desde o anúncio das detenções, a Fifa anunciou a suspensão provisória de 11 pessoas: os nove dirigentes ou ex-dirigentes indiciados e ainda Daryll Warner, filho de Jack Warner, e Chuck Blazer, antigo homem forte do futebol dos Estados Unidos, ex-membro do Comitê Executivo da Fifa e alegado informador da procuradoria norte-americana, que já esteve suspenso por fraude.
O diretor de Comunicação assegurou ainda que decorrerá, como previsto, o congresso eleitoral de sexta-feira, dia 27/5, no qual Blatter concorre a novo mandato, contra o jordano Ali bin al Hussein, também vice-presidente da Fifa.
Na carta, Menendez e McCain defendem que “o próximo presidente da Fifa tem a responsabilidade de assegurar, não apenas o sucesso e segurança do mundial de 2018, mas também a permanência da missão da Fifa de promover o futebol globalmente de forma a unir os seus valores educacionais, culturais e humanitários”.
“Encorajamos fortemente a eleição de um presidente que apoie estes valores e negue ao regime de Putin o privilégio de receber o Mundial de 2018”, concluem os senadores.

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