quinta-feira, 14 de maio de 2015

Com parada militar, Rússia comemora os 70 anos da vitória contra o nazismo


Com parada militar, Rússia comemora os 70 anos da vitória contra o nazismo

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Desfile militar marcou as celebrações do Dia da Vitória, em Moscou.
Uma impressionante parada militar na Praça Vermelha, na manhã de sábado, dia 9/5, foi considerada o ponto alto das celebrações do fim da 2ª Guerra Mundial comandadas pelo presidente Vladimir Putin. O líder russo lembrou em discurso que o Exército Vermelho foi quem pôs um ponto final ao nazismo alemão. Os principais líderes mundiais ocidentais boicotaram as cerimônias organizadas pelo Kremlin.
Durante a parada militar para comemorar o 70° aniversário da vitória da União Soviética sobre a Alemanha de Hitler, o presidente russo Vladimir Putin agradeceu a contribuição da França, da Grã-Bretanha e dos Estados Unidos na luta contra o nazismo.
“Eu agradeço aos povos da Grã-Bretanha, da França e dos Estados Unidos pela participação deles na vitória. Eu agradeço os diferentes países antifascistas que participaram nos combates contra os nazistas durante a resistência e na clandestinidade”, declarou Putin, antes do minuto de silêncio em memória às vítimas da guerra, observado pela primeira vez nas cerimônias de 9 de maio.
“É preciso lembrar que foi o Exército Vermelho, depois de um ataque devastador em Berlim, que pôs um ponto final à guerra contra a Alemanha de Hitler”, afirmou Putin, diante de 16 mil soldados presentes na Praça Vermelha. “A União Soviética participou nas batalhas mais sangrentas. Aqui, os nazistas concentraram sua potência militar”, acrescentou.
Ausência de líderes ocidentaisO presidente russo pediu para o “patrimônio comum” dos vencedores não ser esquecido: a “confiança e unidade, valores que fundamentaram a ordem mundial no pós-guerra”.
Instituições como a ONU, criadas após a 2ª Guerra Mundial, foram “eficientes para resolver diferentes conflitos”, lembrou Putin. Na sequência, o líder lamentou que “nas últimas décadas, os princípios de cooperação internacional foram negligenciados” devido a “tentativas de criação de um mundo unipolar que atrapalham o desenvolvimento do planeta”.
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O presidente Vladimir Putin (centro) ao lado do presidente chinês, Xi Jinping (à dir.), e do presidente do Azerbaijão, Nursultan Nazarbayev, (à esq.), em Moscou.
O presidente Putin fez seu discurso diante de dezenas de líderes mundiais, como o presidente chinês, Xi Jinping, e o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon. Mas grandes líderes ocidentais, como os presidentes dos Estados Unidos, Barack Obama, da França, François Hollande, e o primeiro-ministro britânico, David Cameron, boicotaram os festejos. A ausência é interpretada como sinal da tensão com Moscou devido à crise envolvendo a Ucrânia.
“Setenta anos depois, a história nos pede para sermos de novo vigilantes”, declarou Putin, lembrando que as crenças de uma “superioridade racial levaram a uma guerra sangrenta” e que os erros não devem ser repetidos.
Parada militar para impressionarA parada militar começou logo após o discurso do presidente Vladimir Putin. Mais de 1.300 soldados estrangeiros abriram o desfile, principalmente com tropas vindas da Armênia, da Índia, da China e da Mongólia, dentre outras. Mais de 16 mil soldados russos, 194 blindados e 143 aviões e helicópteros participaram da parada considera inédita pela mobilização de militares e equipamentos.
O Kremlin aproveitou a ocasião para mostrar a força bélica de seu exército. A parada mostrou as recentes inovações armamentistas do país, como o tanque Armata T-4, primeiro modelo desenvolvido pela Rússia depois do fim da União Soviética. Mísseis balísticos também foram exibidos.
Depois da parada militar, cerca de 160 mil pessoas foram convidadas para participar de um desfile gigantesco no centro de Moscou para exibir retratos de parentes veteranos de guerra. À noite, houve concertos e fogos de artifícios em diversos pontos da capital russa.

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