Por Laerte Braga, 23.09.2009
Se a atriz Juliana Paes sair às ruas vestida de onça, no dia seguinte todas as grandes boutiques, os magazines (se é que isso ainda existe) vão estar com o modelo igual nas vitrines e a preços estratosféricos, vendendo a ilusão de ser Juliana Paes para milhares de candidatas a globais.
Em uma semana o cidadão ou a cidadã normal e comum vão estar sem saber se sair às ruas exige uma espécie de proteção contra felinos ferozes. É só acompanhar o JORNAL NACIONAL, ou Alexandre Garcia na própria GLOBO, que as respostas vão estar lá. Se não quiser sair de onça, saia de tigressa. Mas cuidado, se for Miriam Leitão a explicar o fenômeno, faça tudo ao contrário. A moça não acerta nem script rolando no teleprompter.
Um monte de bebedores de cerveja vai estar aguardando, todos confiantes que a que desce redondo é mais eficaz para pegar onças. Outros acreditam nos efeitos da boa, ou que é a outra, aquela que recomenda a quem beber demais que vá de táxi. Isso tudo depois de uma sessão na academia, malhando e formando contornos adequados e segundo a ordem estética vigente para mercadoria de primeira classe, não tem importância se for bijuteria, a maioria é, só faz de conta que não.
No fim de noite tem a versão brasileira de David Leterman sob o apelido de Jô Soares. Como dizia Abelardo Barbosa, o Chacrinha, tudo se copia.
Alexandre Garcia serviu à ditadura no Gabinete Militar durante o governo do general João Figueiredo. Foi demitido em escândalo público, fartamente coberto pela imprensa, por assédio sexual.
Disse, hoje cedo, no BOM DIA BRASIL, primeira ordem do dia de Wall Street, que Manuel Zelaya, presidente eleito pelo voto popular de Honduras e deposto por militares, empresários e latifundiários em cumplicidade e com apoio dos norte-americanos, é golpista. Segundo Garcia, Zelaya intentava realizar um plebiscito para obter um novo mandato.
Fernando Henrique Cardoso, pilantra a serviço da Fundação Ford, general Anselmo, foi eleito presidente da República para cumprir um mandato de quatro anos como estabelecia a Constituição. A peso de ouro comprou senadores e deputados para votar a reeleição.
Qual o nome disso?
Zelaya ia convocar o povo de Honduras para decidir sobre um projeto de reformas constitucionais que incluía o direito de reeleger-se. O povo poderia dizer não. FHC sequer quis saber de povo, comprou deputados e senadores (não é muito difícil não, alguns como Eduardo Azeredo colocam até placa de vende-se opinião e voto a entrada de seus gabinetes). É comum entre tucanos e democratas. Quem tiver dúvidas é só procurar Roberto Freire que ele explica direitinho como fazer.
Zelaya foi deposto, a reação é do povo de Honduras. FHC vendeu o Brasil a preço de banana e ainda lava dinheiro da corrupção numa pirâmide que chama de memorial FHC.
Pior, quer que José Serra, seu preposto, seja o próximo presidente. Ainda falta arrematar o processo de recolonização do Brasil.
Na hipótese de José Serra vir a ser eleito presidente em menos de dois anos inglês vira a língua oficial. E viramos estrela, uma a mais, na bandeira dos EUA.
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