terça-feira, 22 de setembro de 2009

Pré-sal já atrai investimentos antes mesmo da extração


As volumosas reservas de petróleo só serão extraídas da camada pré-sal no fim da próxima década, mas os efeitos positivos da existência da nova riqueza já começam a surgir no mercado brasileiro. O anúncio das descobertas é visto por especialistas como um divisor de águas na atração de novos investimentos para o país.
Antes das novas jazidas, o Brasil era visto como um produtor com reservas limitadas, sem atratividade suficiente para levar investidores estrangeiros a escolher o mercado nacional para o aporte de recursos. Também não oferecia as condições para estimular a indústria nacional a adotar planos mais ousados.
Com o pré-sal, porém, o discurso mudou. O Brasil ganhou visibilidade mundial e os bilhões de barris que serão retirados das águas profundas deram segurança para que os interessados apostem no país, que passou a ter prioridade frente a outros mercados.
As oportunidades de investimentos abertas pelo pré-sal serão debatidas entre representantes do governo e Petrobras nos dias 22 e 23, em Brasília, durante o seminário Pré-sal e o futuro do Brasil, promovido pelo Estado de Minas e Correio Braziliense. Pela primeira vez, o assunto será discutido publicamente em conjunto pela ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, pelo presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrielli, pelo ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, e pelo presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Luciano Coutinho, além de governadores, senadores e deputados. Estarão em pauta o novo marco regulatório e o papel das empresas e da nova estatal do pré-sal.
"As pessoas tomam decisões hoje pensando no futuro, e mudou a ideia do futuro. Antes tinha-se uma ideia de que o Brasil era um país com reservas muito limitadas, e agora isso mudou. Isso é bom para o Brasil e a autossuficiência é boa para o mundo inteiro, porque o Brasil é um país confiável, com um marco regulatório relativamente estável”, observou Antônio Jorge Ramalho, professor da Universidade de Brasília (UnB). “Essa expectativa de que estamos potencialmente mais ricos é forte, é bem fundada, não é uma quimera, um exagero. E isso vai começar a mudar concretamente quando se definir o marco regulatório e os investimentos começarem a vir”, reforça

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