O governador de São Paulo, José Serra (PSDB), embarcou para Washington, nos EUA, de onde criticou o lançamento, pelo presidente Lula, da nova legislação para a exploração do petróleo na camada do pré-sal. Para o tucano, há uma “antecipação exagerada” do governo federal na definição das novas regras para exploração de petróleo na camada do pré-sal. A crítica refere-se ao pedido de urgência na apreciação dos projetos apresentados, na segunda-feira, pelo governo.
Segundo ele, o governo “levou quase dois anos para fazer o projeto. É razoável que se dê mais tempo para a discussão e não apenas 90 dias para o Congresso. Não vai haver tempo hábil para se discutir um projeto que tem implicações para as próximas décadas. O que está se discutindo agora nem é algo que vai ter efeito daqui a dois, três anos. É coisa para 10, 15 anos em diante”.
Coincidentemente esse é o mesmo argumento das multinacionais petroleiras membros do IBP (Instituto Brasileiro do Petróleo). Os lobistas não tinham pressa nenhuma na derrubada da lei nº 9478, promulgada por FHC em agosto de 1997. Para eles essa lei era ideal, afinal, ela lhes escancarou o petróleo nacional. Queriam mantê-la no pré-sal. Como não conseguiram paralisar as iniciativas de mudança do governo Lula, criaram a CPI contra a Petrobrás. Frustrados também nessa frente, querem agora atrasar a tramitação da nova lei. “O pessoal fica falando de pré-sal como se fosse uma coisa que está aí atrás da esquina. Isso é coisa mais para a segunda metade da próxima década. Está havendo uma antecipação monumental a esse respeito”, insistiu o governador tucano.
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