domingo, 6 de setembro de 2009

MPF e CGU devem apurar "farra" na saúde de Ilhéus


MPF e CGU devem apurar "farra" na saúde denunciada pelo Conselho Municipal, após análise das contas dos últimos seis últimos semestres. Auditoria que não funciona, gastos elevados e suspeitos com tratamento de pacientes fora de Ilhéus e pagamento de aluguéis por imóveis destruídos são rotina.
A gestão do prefeito Newton Lima na saúde foi esmiuçada pelos conselheiros. Cerca de R$ 500 mil foram gastos com tratamento de pacientes fora de Ilhéus, o chamado Tratamento Fora do Domicílio (TFD), o que levantou suspeitas.
O mais escabroso, na análise dos conselheiros, é que a prefeitura ainda pague por imóveis que não usa mais, alugados para funcionamento de postos de saúde improvisados ou unidades administrativas.
Os imóveis estão destruídos e a prefeitura não explica porque permitiu que chegassem a este estado. A situação mostra que ela pagava por imóveis que, provavelmente, nunca usou.
A secretária de Saúde, Marleide Figueiredo, afirma que os imóveis somente poderiam ser devolvidos reformados. Apesar da Secretaria de Saúde manter contrato com empresa de vigilância, os imóveis, alugados na gestão do ex-prefeito Valderico Reis, não eram protegidos.
A denúncia contra o prefeito Newton Lima, a secretária Marleide Figueiredo e o ex-secretário José Eduardo Salomão foi encaminhada ao Ministério Público Federal, Controladoria-Geral da União, Ministério da Saúde e aos tribunais de Contas dos Municípios e da União, além da Secretaria Estadual de Saúde (Sesab).
Suspeito
Há um mês da eleição em que Newton venceu, negociações levantaram ainda mais suspeitas, como a do aluguel de um imóvel no Teotônio Vilela (foto). No dia 5 de setembro de 2008, o município assinou contrato de aluguel de R$ 45.600 por dois anos.
Quatro dias depois, iniciou-se uma reforma de R$ 134.973,93 no imóvel. Pior: o contrato de aluguel foi assinado em um dia e quatro dias depois era divulgado o resultado de uma carta convite para as obras de reforma.
O imóvel, localizado na avenida Central, Vilela, está em nome de Antônio de Jesus Novaes e não tem telhado, portas, piso nem condições mínimas de uso.
O contrato foi assinado pelo prefeito Newton Lima e a atual secretária Marleide Figueiredo. O detalhe é que, sustentam conselheiros, no dia 5 de setembro quem ainda respondia pela Secretaria de Saúde era o bancário aposentado José Eduardo Salomão.

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