Paulinho da Força, um dos fundadores da entidade, no entanto, defende o golpe e estimula a manifestação de domingo, dia 16/8.
A Força Sindical se desvinculou do deputado Paulinho da Força (SD/SP), um dos fundadores do movimento, e não irá apoiar manifestações contra o governo federal, marcadas para acontecer no domingo, dia 16/8.
Em declaração ao jornal Folha de S.Paulo, na quarta-feira, dia 12/8, o secretário-geral da entidade, João Carlos Gonçalves, o Juruna, informou que a Força Sindical não compactua com os sindicalistas filiados ao Solidariedade que eventualmente apoiem as manifestações.
“A gente não vai para esse protesto”, declarou o dirigente.
De acordo ex-presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT) e deputado Vicentinho (PT/SP), esta não é a primeira vez que Paulinho não acompanha a Força Sindical. Durante o processo de votação do projeto de lei 4.330/04, a Lei da Terceirização, a entidade orientou o deputado Paulinho a votar contra, mas ele não atendeu ao chamado.
“A Força já tinha tomado uma decisão, desautorizando o próprio Paulo Pereira, e ele votou a favor daquele maldito projeto que afrouxa a terceirização no País inteiro”, lembrou Vicentinho.
Vicentinho apoia a decisão da entidade e vê as manifestações como ato próprio possível dentro de um regime democrático. Para ele, as expressões contra o governo não representam a grande parte da sociedade, têm postura reacionária e golpista.
“Se eles decidiram não participar, isso é um bom sinal de que eles estão no caminho certo com as outras centrais sindicais. Cada um manifesta da maneira que quer e isso faz parte da democracia. Vamos assistir com respeito, apenas. Ali vai ter gente golpista, de extrema direita, mas são posturas minoritárias”, ressalta Vicentinho.
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