A inserção de políticas culturais no Dialoga Brasil tem um significado muito grande para toda a gestão cultural no Brasil ao facilitar iniciativas interministeriais, afirmou o ministro da Cultura, Juca Ferreira, durante o Dialoga Bahia, na sexta-feira, dia 14/8, em Salvador (BA).
“A participação no Dialoga Brasil vai dar uma possibilidade de uma escala e de uma profundidade que vão permitir que a gente se articule com as outras políticas públicas que estão sendo construídas. Todas elas buscando ampliar os direitos das pessoas”, disse o ministro.
Juca usou como exemplo a relação entre cultura e educação, que deve ser transformada em políticas públicas. “Não há educação de qualidade sem arte e cultura e não há cultura de qualidade sem apoio do sistema educacional. Então, nós estamos trabalhando”, afirmou. “Já temos programas em marcha que está funcionando muito bem. O Mais Cultura nas escolas, nas universidades. Nós vamos nos aproximar em todos os programas”, complementou.
Ao responder uma pessoa da plateia, o ministro citou o ministério das cidades como um importante parceiro no âmbito do programa Minha Casa Minha Vida. “A qualificação do tecido urbano não é só a melhoria do padrão habitacional. Onde as pessoas vivem tem que ter teatro, tem que ter centro cultural, tem que ter espaços para que as pessoas possam se sociabilizar com qualidade. E aí é a cultura que dá a contribuição”.
O ministro destacou alguns programas que podem ser discutidos na plataforma, como o PAC Cidades Históricas, presente em quase todo o país, e os incentivos para a produção audiovisual brasileira. Em 2002, o País produzia menos de 10 filmes por ano. Hoje já são mais de 150 filmes produzidos anualmente. “Um pais da importância do Brasil não pode ficar apenas importando a imagem de outros países. A gente precisa ter a capacidade de produzir a nossa própria imagem e a nossa própria narrativa”.
Por fim, o ministro enfatizou o processo de redemocratização da cultura nos últimos 12 anos. “O ministério da Cultura não se relacionava sistematicamente com essa vasta produção cultural. Esse é o grande legado que nós temos e que é irreversível. Reconhecemos o protagonismo da sociedade e o valor de cada manifestação cultural”.
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