sexta-feira, 14 de agosto de 2015

Fidel Castro diz que EUA devem milhões de dólares a Cuba por danos desde fim de 2ª Guerra

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Fidel e o presidente venezuelano, Nicolas Maduro, visitaram o mandatário boliviano, Evo Morales, em hotel em Havana. Foto de Agência Boliviana de Notícias.
Em carta publicada no dia de seu 89º aniversário e na véspera da abertura da embaixada dos EUA em Havana, o líder cubano também desejou a “igualdade de todos os cidadãos.
No dia de seu 89º aniversário, o líder da Revolução Cubana, Fidel Castro, declarou em artigo publicado na quinta-feira, dia 13/8, que os Estados Unidos devem a Cuba indenizações milionárias pelos danos que sua política causou contra a Ilha desde o fim da 2ª Guerra Mundial.
Segundo o ex-presidente cubano, após o conflito, os norte-americanos concentraramquase todo ouro do mundo” e obtiveram “o melhor armamento da Terra, mesmo “frente a um mundo destroçado, repleto de mortos, feridos e famintos.
Neste panorama, Washington tomou decisões econômicas – como nos acordos de Bretton Woods – que favoreceram o país, mas que criaram as “bases de uma crise” que ameaça os países, incluindo EUA e Cuba.
Devem a Cuba indenizações equivalentes a danos, que chegam a vários milhões de dólares como denunciou nosso país com argumentos e dados irrefutáveis ao longo de suas intervenções nas Nações Unidas, escreveu Castro.
Intitulada “A realidade e os sonhos” e publicada no jornal Granma, a carta chega à véspera da visita do secretário de Estado norte-americano, John Kerry, a Havana. Na primeira de um líder diplomático à Ilha em mais de 50 anos, Kerry deve hastear a bandeira dos EUA na reabertura da embaixada na capital.
Ainda no artigo, Fidel critica o lançamento da bomba atômica dos EUA contra as cidades japonesas de Hiroshima e Nagasaki, que deixaram quase 250 mil mortos há 70 anos, mesmo quando “o império japonês já estava vencido.
Na carta escrita antes das celebrações de seu aniversário, o líder cubano também desejou a “ igualdade de todos os cidadãos em relação à saúde, à educação, ao trabalho, à alimentação, à segurança, à cultura, à ciência. Não deixaremos nunca de lutar pela paz e pelo bem-estar de todos os seres humanos, afirmou.

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