Estamos vivendo um momento muito especial de participação da sociedade brasileira, disse o ministro Arthur Chioro, da Saúde, durante o evento que marcou a entrada dos temas da Cultura na plataforma Dialoga Brasil, em Salvador (BA). Ele destacou que em sua área, além dos debates na nova plataforma, estão sendo realizadas conferências estaduais e municipais em diversas cidades brasileiras, para levantar os grandes temas para a 15ª Conferência Nacional de Saúde, que será realizada em dezembro.
“É o momento de o Brasil decidir como vamos planejar a saúde nos próximos quatro anos. Isso vai orientar o Plano Nacional de Saúde”, enfatizou. “E agora, com o Dialoga Brasil, temos uma nova ferramenta de participação. Através das redes sociais, da internet, cada cidadão e cidadã brasileira pode dar sua contribuição – e é isso que a gente espera receber”.
O ministro lembrou que apresentou, no Dialoga Brasil, sete programas estratégicos principais, que são definidos como prioridades para o Brasil na área de Saúde. E o Mais Médicos foi uma delas.
Mais Médicos agora é 100% brasileiro
“Tem muita gente que acha que o Mais Médicos foi somente a participação dos médicos cubanos. E é verdade que, no primeiro momento, graças a 11.800 médicas e médicos cubanos conseguimos levar atendimento médico básico aonde nunca antes o Brasil conseguiu colocar”, afirmou.
“Tem muita gente que acha que o Mais Médicos foi somente a participação dos médicos cubanos. E é verdade que, no primeiro momento, graças a 11.800 médicas e médicos cubanos conseguimos levar atendimento médico básico aonde nunca antes o Brasil conseguiu colocar”, afirmou.
“Só que agora, para desespero de muitos e felicidade geral da nação, abrimos mais de quatro mil vagas e 100% foram ocupadas por médicos brasileiros. Fizemos uma escolha, agora no meio do ano, para mais 320 vagas de reposição. E foram 320 vagas preenchidas por médicos brasileiros”.
Isso porque, segundo Chioro, entre os brasileiros que participaram da primeira etapa do Mais Médicos, 91% disseram que foram muito bem recebidos pelas prefeituras e pela população. E recomendaram fortemente aos seus colegas brasileiros que participassem do programa.
Infraestrutura de atendimento
“Mas o Mais Médicos é muito mais do que só colocar médico nas unidades básicas, nos postos de saúde. Se bem que só isso já valeria a pena. Estamos olhando o Brasil do futuro. E por isso estamos mexendo também na infraestrutura. São 26 mil postos de saúde sendo reformados, construídos e ampliados com recursos do governo federal, em parceria com as prefeituras”.
“Mas o Mais Médicos é muito mais do que só colocar médico nas unidades básicas, nos postos de saúde. Se bem que só isso já valeria a pena. Estamos olhando o Brasil do futuro. E por isso estamos mexendo também na infraestrutura. São 26 mil postos de saúde sendo reformados, construídos e ampliados com recursos do governo federal, em parceria com as prefeituras”.
Existem hoje, somente na Bahia, 3.849 unidades básicas de saúde. E o governo federal está entrando com recursos para 2.873 unidades básicas, sem contar mais 75 UPAs e sem contar com as ambulâncias do Samu.
“Estamos também fazendo conexão em banda larga, para a gente poder usar os recursos das tecnologias de informação. De fato usar a internet para a gente poder favorecer e qualificar o atendimento para a população”.
Cursos de medicina
O mais importante, disse o ministro, é que o Brasil vai passar de 1,8 médico por mil habitantes, que tinha em 2013, e chegar a 2,7 médicos, padrão que o Reino Unido oferece hoje à sua população, graças também ao ousado programa de ampliação das vagas nos cursos de medicina.
O mais importante, disse o ministro, é que o Brasil vai passar de 1,8 médico por mil habitantes, que tinha em 2013, e chegar a 2,7 médicos, padrão que o Reino Unido oferece hoje à sua população, graças também ao ousado programa de ampliação das vagas nos cursos de medicina.
São 11.500 novas vagas sendo criadas no Brasil. “Formar médico vai deixar de ser privilégio de família de gente bem colocada na sociedade. Como vimos na solenidade dos dois anos do Mais Médicos, uma estudante de medicina, filha de lavradores, fazendo faculdade de Medicina na Universidade Federal de Caicó”, lembrou.
Na ocasião, acrescentou, a moça disse à presidenta Dilma: “Hoje eu estou realizando um sonho. A senhora disse na sua posse que nós podemos, nós, mulheres, podemos mudar o mundo e realizar os nossos sonhos. E eu estou realizando o meu sonho. Eu vou ser doutora e vou cuidar da minha comunidade”.
“Lamentavelmente ela está sendo vítima de agressões absurdas da intolerância que agente repudia de forma muito clara”, alertou Chioro.
Disse ainda que o governo já está chegando à meta de criar 11.500 novas vagas em cursos de medicina. E que hoje o Nordeste já tem o mesmo número de vagas por dez mil habitantes que tem o Sudeste e que tem o Sul do País. “Aqui na Bahia foram abertas três universidades federais com cursos de medicina: a Universidade Federal do Vale do São Francisco; a do Oeste e a do Sul. Para o ano que vem, está prevista a abertura de cursos de medicina também na universidade federal de vitória da conquista e da Unilab”.
E, mostrando que o Brasil é muito mais do que suas capitais, o governo também está interiorizando processo de formação de médicos e da residência médica. “E é por isso que Juazeiro, Jacobina, Alagoinhas, Guananbi, Eunápolis, Itabuna já estão com cursos de medicina autorizados pelo Ministério da Educação. E, neste momento, está tendo um edital para também abrir curso de medicina em Brumado, Senhor do Bonfim, Euclides da Cunha, Irecê e Ribeira Pombal”, contou o ministro.
“Ou seja, vamos mudar porque estamos planejando e invertendo prioridades, mas nós queremos, acima de tudo, ouvir a opinião de cada baiano de cada brasileiro de como melhorar e construir o futuro do nosso Pais”.
Mais especialidades
O ministro da Saúde destacou um ponto que considerou importante para o futuro próximo. “Agora, temos condições de avançar para também para atender as especialidades médicas. O gargalo está nas consultas das especialidades”, apontou.
O ministro da Saúde destacou um ponto que considerou importante para o futuro próximo. “Agora, temos condições de avançar para também para atender as especialidades médicas. O gargalo está nas consultas das especialidades”, apontou.
Mas lembrou que o Brasil não poderia avançar para as especialidades se não tivesse estruturado a atenção básica. “Vamos implantar, em breve, estamos na fase de planejamento do Programa Mais Especialidades. Garantindo o atendimento a consultas, o exame, o procedimento, a reabilitação, de maneira integral. Porque não podemos mais admitir atender o paciente, dar a fichinha na mão e ele que vai correr atrás para se virar, para arrumar o próximo passo. Então nós vamos enfrentar a fila de atendimento das especialidades”.
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