sábado, 31 de outubro de 2009
Crack: A situação está fora de controle
Em um único dia, acompahando o infernal mundo do crack e seus efeitos sobre a população de rua. Inacreditável, contei 35 brigas, parte em discussões verbais, parte em agressões físicas. Brigas fortes, algumas de tirar sangue. É preocupante, pelo menos metade delas podia ter chegado ao homicídio. O que seria, indiscutivelmente, mais um massacre.
Quando a cidade de porte médio, grande ou metrópole, principalmente, fecha pelas ruas do centro, aos fins de semana, em plena luz do dia, insurgem em estado de zumbis, completamente transformados e transtornados .Principalmente nas regiões próximas à mercados, terminais de ônibus, rodoviárias, etc., mas não é só.
O que outrora era termo pejorativo agora é fato, realmente a Cracolândia existe, hoje espalhada pelo país afora, independente do porte do município.
Está tudo fora de controle.
A incidência do vício entre os moradores de rua, é disparadamente maior, o grau de vulnerabilidade da rua não pode mais ser considerado médio como se faz nas conferências municipal, estadual e, principalmente, nacional de assistência social.
A segurança pública falhou, mas é também um caso de saúde. No caso dos moradores de rua, é resultante das falhas de tudo, de todas as políticas existentes e até da falta de afeto. O ponto alto porém é a falta de perspectivas.
Na caminhada que fiz entre os craqueiros, encontrei pessoas amigas, muita gente que reconhecemos e tantas outras que nos conhecem. O motivo, o mesmo, perderam as esperanças na vida, não aguentam mais discussões e debates e ações paliativas vadevindas de todas as partes.
Poder público, movimentos sociais, defensores de direitos humanos, polícia, guarda municipal, a sociedade num todo. Tem que mudar os modos de discutir os problemas, as questões, debate por debate, troca de ofensas, acusações e desmentidos, não funcionam mais. As pessoas estão cansadas, os moradores de rua estão saturados e não aguentam mais tanto bate rebate.
Essa droga empesteada, ta destruindo o Brasil, ta destruindo o Rio de Janeiro, São Paulo, Salvador, Belo Horizonte, Porto Alegre, demais capitais, cidades interioranas, seja na região sul, sudeste, nordeste, norte ou centro-oeste feito um tornado.
Atinge as classes A, B, C, D e E, essa última principalmente, por não ter quem tente ajudá-lo.
É caso de polícia ? O que podem fazer os policiais ? Prender ? Prender quem ? Onde, pra que ? O que podem fazer a Guarda ? bater ? Em quem ? Com que finalidade ?
O que podem fazer os defensores dos direitos humanso ? Defender como ? Quem ? De quê ?
Se faltam abrigos, se faltam estímulos, se faltam alternativcas de saídas, de melhorias de vida, de mudanças de um mundo melhor, que o mundo invisível, caminhara para o túnel, sem saída, um poço cada dia mais sem fundo.
É caso de coerência e bom senso.
Saúde, assistência, segurança pública, tudo isso falta e muito mais, falta de devolver oportunidades, de estudar, de trabalhar, de morar, de entender a vida em tempos de capitalismo. Não são as moedas sociais, não são as missas e cultos, não são as algemas da lei que vão devolver de volta o gosto pela vida. Isso sim está faltando. As pessoas que moram nas ruas precisam, carecem recuperar o gosto pela vida, de ter oportunidades, de poder sonhar e lutar pela vida como todo e quaquer cidadão de bem.
E não consigo mencionar da forma ajustadinha “pessoa que mora em situação de rua”, por isso digo como dizia nos meus tempos de “morador de rua”, no mínimo pessoa que mora na rua, e não é uma questão de terminologia, de palavras bonitas. O que tem que ser pensando e resolvido são as formas de se dar condições de as pessoas querendo, poder sair da rua, tocar a vida em frente, pensar a vida pós rua, pós albergue, a vida pós rede de acolhida.
Sem desespero, sem medo da fome, sem medo do despejo, sem medo de ser feliz. É disso que a rua precisa, de condições de vida digna.
Infelizmente, o crack tende a assombrar a nossa cidade, os nossos Estados, o nosso País; tende a assombrar famílias e pessoas sós; o mundo das drogas e o dessa praga do crack, é mais um caminho para a destruição das pessoas, das vidas, dos sentimentos.
A situação está, sim, infelizmente fora de controle.
Se na década de 70, incriminavam os "maconheiros" e na década de 80 e 90, os "cheiradores", sociedade, tenham convicção, nada, nunca nesse mundo, já foi tão destruidor como o crack. E aí? Vamos ficar de braços cruzados e só de blá-blá-blá e teoria? Precisamos agir urgentemente , pois, além dos dependentes, nós também corremos risco.
Não é o fim dos movimentos sociais
A partir da década de 1990, após a derrocada do socialismo real, o capitalismo, na sua versão neoliberal, viveu o seu apogeu unipolar, com total domínio econômico, político e militar do planeta. Alguns de seus ideólogos chegaram a decretar o fim da história.
A Constituição de 1988, fortemente influenciada pelo movimento popular, consolida avanços em relação aos direitos sociais e à participação popular na gestão das políticas públicas. A consolidação de estruturas e organizações da sociedade e mesmo a institucionalização de movimentos sociais não significa necessariamente o seu fim.
As novas experiências administrativas municipais passaram a conviver com uma nova demanda social organizada para a efetivação da participação social nas políticas públicas de educação, saúde, assistência social, cultura, criança e adolescente, direitos humanos, em especial de segmentos e grupos sociais historicamente discriminados como mulheres, negros, idosos, pessoas com deficiência, LGBT etc.
A criação de conselhos setoriais e a sua regulamentação em leis orgânicas e decretos municipais formalizaram e estruturaram o funcionamento desses conselhos, sejam eles deliberativos ou consultivos, concretizando a participação popular, em geral de forma paritária em relação à representação governamental e não governamental. Essa institucionalização implicou em novas formas de lutas, como os fóruns da sociedade civil paralelos aos conselhos instituídos. Os movimentos sociais surgem da necessidade de encaminhar formas de lutas mais autônomas e não-formais.
O enfrentamento da ditadura exigia formas de luta mais amplas e unitárias, quase sempre não institucionalizadas em razão da natureza repressora do regime de arbítrio. A jovem democracia brasileira tem ampliado os canais de participação popular. Com a eleição de Lula e a vitória do PT era natural a convergência de posições. Nem por isso, o movimento sindical, CUT à frente, e os movimentos sociais deixam de mobilizar e estabelecer a sua própria agenda e pauta de lutas discutida na sua base, sem cooptação.
É auspiciosa a informação do IBGE de que 75% dos municípios brasileiros estão adotando alguma modalidade de participação da sociedade civil na determinação de prioridades orçamentárias na área social. O orçamento participativo tem se constituído em forma de gestão e participação social de governos do PT, mas não só dele.
O acesso aos recursos do orçamento público, antes privilégio dos setores dominantes e das grandes empresas, passou a ser disputado pelos trabalhadores organizados e os setores populares, inclusive os movimentos sociais. Os convênios são formas legítimas institucionalizadas de garantir o acesso dos “subalternos” aos recursos públicos.
A segmentação política a partir de interesses específicos de cada categoria ou segmento social já estava antes presente nos movimentos, mesmo nas suas formas não institucionalizadas de participação. As formas novas de mobilização incorporam, além das especificidades, interesses gerais da sociedade como na atual crise, quando os movimentos unificaram a luta popular para combater as formas tradicionais de enfrentamento das crises do capital (arrocho salarial, desemprego, aumento dos juros, redução dos investimentos sociais, privatizações, diminuição do Estado etc).
A questão que se coloca é combinar o local, o nacional e o planetário, o corporativo e o geral. O que afeta a cada um e o que aflige igualmente a todos. Esses são novos desafios. Na crise política de 2005 e no 2º turno das eleições de 2006 ou mesmo na crise econômica de 2008, sem perder o juízo crítico e a autonomia, mas diante da possibilidade de volta das forças neoliberais e reacionárias, os movimentos sociais não vacilaram em escolher e defender um lado, combatendo o retrocesso.
O Estado e a sociedade civil possuem lógicas de atuação distintas. A lógica da esfera pública não é somente a da esfera estatal. Se um governo realiza parte do ideário dos movimentos sociais é natural que estes se identifiquem com ele, ainda que com contradições. A política da oposição sistemática é produto da luta ideológica contra a ditadura – não é um ideário em si. Esse papel é cumprido pelos partidos políticos, a menos que se constituam em movimentos revolucionários na luta pelo poder.
Em relação às pautas das conferências setoriais, durante o governo Lula tem havido, em parte, identidade de objetivos gerais como, por exemplo, na V Conferência Nacional de Assistência Social, realizada em dezembro de 2005, onde o tema central foi o SUAS (Sistema Único de Assistência Social), cuja implantação se deu em julho do mesmo ano, após grande debate nacional que envolveu mais de 300 mil pessoas em todos os municípios do país. A transformação da assistência social em política pública continuada foi assumida pelo governo Lula, mas foi produto de luta histórica das organizações dos trabalhadores e dos usuários da assistência social no Brasil.
Os dados do Censo Agropecuário 2006 são significativos para a defesa da reforma agrária. A CPI não é só contra o MST, mas para tentar intimidar o governo Lula. O MST é o principal movimento social do Brasil, mas não está sozinho. O futuro dele e da questão agrária (que é secular), assim como de outras organizações populares, está associado à capacidade de articular as forças sociais e políticas democráticas e progressistas, compreender as condições objetivas para a transformação da realidade brasileira e, no caso da questão da terra, disputar na sociedade a hegemonia por um novo modelo agrário e agrícola, no qual a agricultura camponesa e familiar tenha centralidade econômica e social no desenvolvimento sustentável do País. Não é o fim.
A Constituição de 1988, fortemente influenciada pelo movimento popular, consolida avanços em relação aos direitos sociais e à participação popular na gestão das políticas públicas. A consolidação de estruturas e organizações da sociedade e mesmo a institucionalização de movimentos sociais não significa necessariamente o seu fim.
As novas experiências administrativas municipais passaram a conviver com uma nova demanda social organizada para a efetivação da participação social nas políticas públicas de educação, saúde, assistência social, cultura, criança e adolescente, direitos humanos, em especial de segmentos e grupos sociais historicamente discriminados como mulheres, negros, idosos, pessoas com deficiência, LGBT etc.
A criação de conselhos setoriais e a sua regulamentação em leis orgânicas e decretos municipais formalizaram e estruturaram o funcionamento desses conselhos, sejam eles deliberativos ou consultivos, concretizando a participação popular, em geral de forma paritária em relação à representação governamental e não governamental. Essa institucionalização implicou em novas formas de lutas, como os fóruns da sociedade civil paralelos aos conselhos instituídos. Os movimentos sociais surgem da necessidade de encaminhar formas de lutas mais autônomas e não-formais.
O enfrentamento da ditadura exigia formas de luta mais amplas e unitárias, quase sempre não institucionalizadas em razão da natureza repressora do regime de arbítrio. A jovem democracia brasileira tem ampliado os canais de participação popular. Com a eleição de Lula e a vitória do PT era natural a convergência de posições. Nem por isso, o movimento sindical, CUT à frente, e os movimentos sociais deixam de mobilizar e estabelecer a sua própria agenda e pauta de lutas discutida na sua base, sem cooptação.
É auspiciosa a informação do IBGE de que 75% dos municípios brasileiros estão adotando alguma modalidade de participação da sociedade civil na determinação de prioridades orçamentárias na área social. O orçamento participativo tem se constituído em forma de gestão e participação social de governos do PT, mas não só dele.
O acesso aos recursos do orçamento público, antes privilégio dos setores dominantes e das grandes empresas, passou a ser disputado pelos trabalhadores organizados e os setores populares, inclusive os movimentos sociais. Os convênios são formas legítimas institucionalizadas de garantir o acesso dos “subalternos” aos recursos públicos.
A segmentação política a partir de interesses específicos de cada categoria ou segmento social já estava antes presente nos movimentos, mesmo nas suas formas não institucionalizadas de participação. As formas novas de mobilização incorporam, além das especificidades, interesses gerais da sociedade como na atual crise, quando os movimentos unificaram a luta popular para combater as formas tradicionais de enfrentamento das crises do capital (arrocho salarial, desemprego, aumento dos juros, redução dos investimentos sociais, privatizações, diminuição do Estado etc).
A questão que se coloca é combinar o local, o nacional e o planetário, o corporativo e o geral. O que afeta a cada um e o que aflige igualmente a todos. Esses são novos desafios. Na crise política de 2005 e no 2º turno das eleições de 2006 ou mesmo na crise econômica de 2008, sem perder o juízo crítico e a autonomia, mas diante da possibilidade de volta das forças neoliberais e reacionárias, os movimentos sociais não vacilaram em escolher e defender um lado, combatendo o retrocesso.
O Estado e a sociedade civil possuem lógicas de atuação distintas. A lógica da esfera pública não é somente a da esfera estatal. Se um governo realiza parte do ideário dos movimentos sociais é natural que estes se identifiquem com ele, ainda que com contradições. A política da oposição sistemática é produto da luta ideológica contra a ditadura – não é um ideário em si. Esse papel é cumprido pelos partidos políticos, a menos que se constituam em movimentos revolucionários na luta pelo poder.
Em relação às pautas das conferências setoriais, durante o governo Lula tem havido, em parte, identidade de objetivos gerais como, por exemplo, na V Conferência Nacional de Assistência Social, realizada em dezembro de 2005, onde o tema central foi o SUAS (Sistema Único de Assistência Social), cuja implantação se deu em julho do mesmo ano, após grande debate nacional que envolveu mais de 300 mil pessoas em todos os municípios do país. A transformação da assistência social em política pública continuada foi assumida pelo governo Lula, mas foi produto de luta histórica das organizações dos trabalhadores e dos usuários da assistência social no Brasil.
Os dados do Censo Agropecuário 2006 são significativos para a defesa da reforma agrária. A CPI não é só contra o MST, mas para tentar intimidar o governo Lula. O MST é o principal movimento social do Brasil, mas não está sozinho. O futuro dele e da questão agrária (que é secular), assim como de outras organizações populares, está associado à capacidade de articular as forças sociais e políticas democráticas e progressistas, compreender as condições objetivas para a transformação da realidade brasileira e, no caso da questão da terra, disputar na sociedade a hegemonia por um novo modelo agrário e agrícola, no qual a agricultura camponesa e familiar tenha centralidade econômica e social no desenvolvimento sustentável do País. Não é o fim.
Um eleitorado mais exigente
Em 2006, a política eleitoral foi marcada pelo fenômeno de descolamento do voto dos humores da classe média urbana que, ao longo da história da República, funcionou como uma caixa de ressonância das elites econômicas.
A ascensão ao mercado de consumo de uma grande parcela de excluídos, por meio do Bolsa Família, produziu uma autonomia do voto dos menos favorecidos em relação ao poder econômico e reduziu o papel de formadores de opinião das classes médias.
De lá para cá, as políticas de valorização do salário mínimo adicionaram um outro componente social à realidade política: o ingresso nas classes médias de cidadãos originários da base da pirâmide que já estavam no mercado de consumo, mas que tinham acesso limitado a bens e mercadorias.
Foram, portanto, dois dados importantes de mobilidade social distintos, cada um deles com poder de repercussão em uma eleição diferente.
Nas eleições de 2006, o dado social predominante foi o ingresso ao mercado de consumo de grande parcela da população.
Nas eleições de 2010, terá forte influência sobre o pleito a ascensão à classe média de grandes contingentes das camadas populares.
Nos últimos sete anos, o país passou de uma situação de reduzidas classes médias e alta e amplas camadas na base da pirâmide - com forte concentração, nessas últimas, de famílias com baixíssima ou nenhuma renda.
Quase às vésperas das eleições de 2006, as estatísticas começaram a acusar um forte efeito de desconcentraçã o de renda do programa Bolsa Família, que atingia então os situados no último degrau da pirâmide de renda.
Esse dado apenas tornou-se visível no auge do chamado Escândalo do Mensalão e o mundo institucional custou a entender que algo acontecia de diferente no universo social.
A política foi sacudida por traumas intensos, cujo epicentro era o Congresso Nacional - em especial uma CPI que alimentava grandes cenas midiáticas que em algum momento chegaram a consolidar, entre letrados, a idéia de que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva era tão destituído de sustentação política que caminhava para um impeachment, ou uma renúncia.
Foram quase simultâneas as divulgações das pesquisas de opinião que acusavam um constante aumento de popularidade de Lula, em plena crise, e a divulgação de indicadores que comprovavam um efeito grande de mobilidade do Bolsa Família.
Os fenômenos foram tão vinculados que foram necessárias várias pesquisas de opinião acusando aumento da popularidade de Lula para que a oposição se convencesse que o presidente não apenas estava no páreo, como era o franco favorito na disputa pela reeleição.
O aumento da classe média brasileira no período seguinte é um dado ainda de difícil avaliação, que precisará ser devidamente considerado nas definições de estratégias de campanha de todos os candidatos às eleições presidenciais.
O fato de os dois fenômenos terem acontecido num período governado por um único partido, e não ter ocorrido até o momento - nem no período de crise - um forte refluxo das condições objetivas de consumo desses setores, pode indicar que a candidata governista entra no mercado eleitoral como depositária de um legado.
O conservadorismo da classe média, no caso dos ascendentes no governo Lula, tende a favorecer a candidata - o status quo agora é o PT, ao contrário de 2002.
De outro lado, a ascensão à sociedade de consumo significa também acesso a bens de consumo ideológicos que mantinham esses setores à margem até agora.
A informação, o acesso a tecnologias por onde elas transitam rapidamente e a exposição a diversas outras mídias expõem esses setores emergentes a conteúdos dos quais foram marginalizados enquanto estavam excluídos dessas tecnologias - e cuja inclusão não era alguma coisa que estava na agenda das elites políticas, que partiam do pressuposto, no jogo eleitoral, de que essas camadas eram cooptáveis via movimentos de emocionalizaçã o de uma classe média mais conservadora.
Outro fator que pode contribuir para isso é o aumento progressivo de escolaridade, que caminha de forma constante desde os governos Fernando Henrique Cardoso. Os ganhos de distribuição de renda podem acelerar o processo de aumento de anos de estudo da população.
Num contexto de maior escolaridade e maior renda, portanto, imagina-se que mudem também os critérios de escolha do voto.
O julgamento do eleitor tende a passar por crivos que superem o simples ganho de renda - esse é um ganho passado e entram no cenário expectativas de ascensão social diferentes.
Nesse contexto, pode adquirir importância grande a adesão a candidatos de setores da mídia convencional e não convencional - veiculada pela internet - e ganham peso maior os programas de propaganda eleitoral gratuita no rádio e na televisão. Esse é um elemento novo no processo eleitoral.
Dificilmente se volte a uma realidade onde as classes médias representem simplesmente uma caixa de ressonância das elites econômicas mas não necessariamente esse eleitorado tenderá à esquerda por ter ascendido no governo Lula.
O dado concreto, no momento, é que esse eleitorado obrigará uma campanha eleitoral que agregue mais informações e argumentos eleitorais mais convincentes.
A ascensão ao mercado de consumo de uma grande parcela de excluídos, por meio do Bolsa Família, produziu uma autonomia do voto dos menos favorecidos em relação ao poder econômico e reduziu o papel de formadores de opinião das classes médias.
De lá para cá, as políticas de valorização do salário mínimo adicionaram um outro componente social à realidade política: o ingresso nas classes médias de cidadãos originários da base da pirâmide que já estavam no mercado de consumo, mas que tinham acesso limitado a bens e mercadorias.
Foram, portanto, dois dados importantes de mobilidade social distintos, cada um deles com poder de repercussão em uma eleição diferente.
Nas eleições de 2006, o dado social predominante foi o ingresso ao mercado de consumo de grande parcela da população.
Nas eleições de 2010, terá forte influência sobre o pleito a ascensão à classe média de grandes contingentes das camadas populares.
Nos últimos sete anos, o país passou de uma situação de reduzidas classes médias e alta e amplas camadas na base da pirâmide - com forte concentração, nessas últimas, de famílias com baixíssima ou nenhuma renda.
Quase às vésperas das eleições de 2006, as estatísticas começaram a acusar um forte efeito de desconcentraçã o de renda do programa Bolsa Família, que atingia então os situados no último degrau da pirâmide de renda.
Esse dado apenas tornou-se visível no auge do chamado Escândalo do Mensalão e o mundo institucional custou a entender que algo acontecia de diferente no universo social.
A política foi sacudida por traumas intensos, cujo epicentro era o Congresso Nacional - em especial uma CPI que alimentava grandes cenas midiáticas que em algum momento chegaram a consolidar, entre letrados, a idéia de que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva era tão destituído de sustentação política que caminhava para um impeachment, ou uma renúncia.
Foram quase simultâneas as divulgações das pesquisas de opinião que acusavam um constante aumento de popularidade de Lula, em plena crise, e a divulgação de indicadores que comprovavam um efeito grande de mobilidade do Bolsa Família.
Os fenômenos foram tão vinculados que foram necessárias várias pesquisas de opinião acusando aumento da popularidade de Lula para que a oposição se convencesse que o presidente não apenas estava no páreo, como era o franco favorito na disputa pela reeleição.
O aumento da classe média brasileira no período seguinte é um dado ainda de difícil avaliação, que precisará ser devidamente considerado nas definições de estratégias de campanha de todos os candidatos às eleições presidenciais.
O fato de os dois fenômenos terem acontecido num período governado por um único partido, e não ter ocorrido até o momento - nem no período de crise - um forte refluxo das condições objetivas de consumo desses setores, pode indicar que a candidata governista entra no mercado eleitoral como depositária de um legado.
O conservadorismo da classe média, no caso dos ascendentes no governo Lula, tende a favorecer a candidata - o status quo agora é o PT, ao contrário de 2002.
De outro lado, a ascensão à sociedade de consumo significa também acesso a bens de consumo ideológicos que mantinham esses setores à margem até agora.
A informação, o acesso a tecnologias por onde elas transitam rapidamente e a exposição a diversas outras mídias expõem esses setores emergentes a conteúdos dos quais foram marginalizados enquanto estavam excluídos dessas tecnologias - e cuja inclusão não era alguma coisa que estava na agenda das elites políticas, que partiam do pressuposto, no jogo eleitoral, de que essas camadas eram cooptáveis via movimentos de emocionalizaçã o de uma classe média mais conservadora.
Outro fator que pode contribuir para isso é o aumento progressivo de escolaridade, que caminha de forma constante desde os governos Fernando Henrique Cardoso. Os ganhos de distribuição de renda podem acelerar o processo de aumento de anos de estudo da população.
Num contexto de maior escolaridade e maior renda, portanto, imagina-se que mudem também os critérios de escolha do voto.
O julgamento do eleitor tende a passar por crivos que superem o simples ganho de renda - esse é um ganho passado e entram no cenário expectativas de ascensão social diferentes.
Nesse contexto, pode adquirir importância grande a adesão a candidatos de setores da mídia convencional e não convencional - veiculada pela internet - e ganham peso maior os programas de propaganda eleitoral gratuita no rádio e na televisão. Esse é um elemento novo no processo eleitoral.
Dificilmente se volte a uma realidade onde as classes médias representem simplesmente uma caixa de ressonância das elites econômicas mas não necessariamente esse eleitorado tenderá à esquerda por ter ascendido no governo Lula.
O dado concreto, no momento, é que esse eleitorado obrigará uma campanha eleitoral que agregue mais informações e argumentos eleitorais mais convincentes.
O mais querido...
O presidente mais popular
O PT encomendou uma pesquisa nacional no mês passado para saber quem foram os melhores presidentes do Brasil de Getúlio Vargas para cá (os generais da ditadura e Fernando Collor ficaram de fora das opções apresentadas aos entrevistados).
Deu Lula na cabeça, com 51% das preferências. Seguiram-se Juscelino Kubitschek, com 13%; Getúlio Vargas e FHC, com 11% e José Sarney, com 6%. Itamar Franco obteve 1% e 7% responderam que “não sei”.A nota foi enviada pelo leitor Marcos Amorim, e é da coluna do Lauro Jardim .
Expectativa de crescer no mercado asiático
O presidente da Petrobras, José Sergio Gabrielli, participou esta semana de um seminário promovido pelo principal jornal japonês de negócios Nihon Keizai Shimbun (Nikkei), em Tóquio. Gabrielli apresentou o plano de negócios da Petrobras com foco no mercado asiático. O presidente da empresa falou sobre o futuro do mercado de combustíveis e a importância crescente do etanol. A Petrobras tem expectativa de aumentar em 40,6% a exportação do combustível, já que a produção brasileira apresenta custos baixos, proporcionando boa competitividade no mercado mundial. Só de curiosidade.Vamos relembrar a Petrobras dos tucanos?
Enquanto Lula trabalha, a oposição reclama
Hoje, Lula está na Venezuela, onde se encontra com Hugo Chávez.Lula inaugurara consulado do Brasil e um escritório da Caixa Econômica Federal em Caracas.
Semana que vem, Lula participará em Londres,do seminário do jornal “Financial Times” e receberá o prêmio Chathan House Prize (por sua trajetória política e seu trabalho na redução das desigualdades).
Lula será recebido pela rainha Elizabeth II, no Palácio de Buckingham, além de café com o primeiro-ministro britânico, Gordon Brown.
Será a segunda visita de Lula ao Reino Unido este ano. Em abril, ele participou da reunião do G-20 (grupo de países ricos e emergentes) e foi recebido pela rainha e pelo primeiroministro. Também esteve mais de uma vez em outros países, especialmente na América do Sul.
Nos dias 15 e 16 de novembro, Lula deve ir a Roma, para o encontro do Programa das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO).
Em dezembro, a programação segue por Estoril, em Portugal, para a Cúpula Ibero-americana, além de visitas à Ucrânia e à Alemanha.
Antes do fim do ano, Lula tem programado encontro com o presidente Alan García, no Peru, e reunião do Mercosul, no Uruguai. Sua agenda reserva dois dias para a cúpula sobre clima em Copenhague, na Dinamarca.Mas o presidente só irá se outros líderes mundiais comparecerem. Este ano, Lula recebeu 27 chefes de Estado, como o presidente da França, Nicolas Sarkozy, Gordon Brown e colegas da América Latina
Excelente artigo
A HUMANIDADE vive tempos difíceis, povoados de individualismo materialista e instantaneidade existencial. Nesse contexto, preocupar-se com o interesse coletivo e social e com os direitos humanos fundamentais parece algo jurássico -os direitos inerentes à cidadania são colocados em xeque a todo minuto.
Preocupado com a defesa desses direitos, o constituinte de 1988 incumbiu o Ministério Público da defesa da ordem jurídica, do regime democrático e dos direitos difusos e coletivos, além da promoção da ação penal pública. A mesma Constituição afirma que a propriedade tem função social.
Tudo isso deve ser interpretado dentro de um contexto de 400 anos de processo histórico, visto que, desde o Tribunal da Relação, na Bahia, em 1609, o papel do Ministério Público sofreu muitas transformações.
Sem dúvida, porém, hoje o Ministério Público existe para a proteção da comunidade, e não de indivíduos em suas relações privadas contratuais.
Cabe ao Ministério Público, sim, nos planos civil e penal, fazer valerem os direitos fundamentais na dimensão coletiva, como a vida, a saúde, a dignidade e as liberdades públicas, como o direito de ir e vir e o de manifestação.
A lei federal nº 9.415, de 23/12/96, reforça essa perspectiva, não se tratando de instrumento de restauro do direito absoluto de propriedade, como sugere equivocadamente o advogado Fábio de Oliveira Luchési em seu artigo "O MST e o STF" ("Tendências/ Debates", 26/10).
Pelo raciocínio do ilustre articulista, caberia ao Ministério Público pôr-se ao lado do proprietário de terras, que pode constituir os melhores advogados para sua defesa. Ora, assim como participa das demandas nas quais há interesses de incapazes, porque se entende socialmente importante que sejam devidamente protegidos, a razão de o Ministério Público haver sido chamado a intervir nos conflitos coletivos fundiários foi precisamente a condição dos interessados no acesso à terra.
Se isso não significa que deva em toda e qualquer situação apoiar a posição dos hipossuficientes -os integrantes de movimentos sociais-, seguramente não foi para cooperar com a defesa do proprietário.
Cumpre-lhe, sim, fiscalizar a concretização da função social da propriedade, que exige um mínimo de produtividade e a observância das regras trabalhistas, urbanísticas e ambientais (como a que impõe a reserva legal para proteção da vegetação natural, alvo de ataque dos ruralistas).
Há alguns anos, o insuspeito embaixador Rubens Ricupero lembrava em dois magníficos artigos ("Cupins e caifazes", 4/4/98, e "Injustiça ou desordem?", 11/4/98, ambos em Dinheiro) que, a depender dos detentores do poder na segunda metade do século 19, a escravidão se eternizaria.
Em determinado momento, porém, surgiram clubes que estimularam a violação aberta da legislação sobre a fuga dos escravos e até mesmo o emprego da violência. Pouco tempo depois, os militares se recusaram a reprimir essas práticas, e o sistema escravista não mais se aguentou.
Extrapolou as premissas desses artigos para a ação do MST, concluindo que, sem ela, a reforma agrária demoraria tanto para se implantar quanto demoraria abolição da escravatura se dependesse só da vontade dos homens do poder. Com toda a pressão dos movimentos sociais, a democratização do acesso à terra e a universalizaçã o do direito à moradia avançam com intolerável lentidão.
Apontar os que buscam um pedaço de terra -nem sempre criaturas angelicais (que, individualmente, quando violam a lei, devem ser punidas)- como delinquentes e criminalizar movimentos sociais equivale a tratar questões sociais como caso de polícia.
Mande-os para a cadeia, senhores juízes, e a paz social estará restaurada, para gáudio de graúdos latifundiários.
Como sabemos, existem vários tipos de crime contra o patrimônio previstos na lei, e as penas devem ser proporcionais e individualizadas.
Há muita diferença entre furto, roubo e esbulho possessório. O roubo, por exemplo, é crime complexo, e sua pena inclui a punição à violação à liberdade e integridade física. O esbulho é crime de ação penal privada, cabendo à vítima processar o criminoso por advogado constituído para isso.
Não podemos nos esquecer de que a missão do Direito penal é a promoção da paz social. E que o promotor de Justiça não é um vingador. E que o Direito penal existe para a proteção equilibrada e justa dos mais importantes valores da comunidade, e nunca como alavanca para a tutela de interesses particulares que possam ser defendidos na esfera civil.
O Direito penal não é uma matilha de cães raivosos açulada para devorar miseráveis indefesos. Promotores de Justiça não são defensores de proprietários, e os ministros do STF farão valer as regras do jogo constitucional. Do jogo do Estado democrático de Direito.
Preocupado com a defesa desses direitos, o constituinte de 1988 incumbiu o Ministério Público da defesa da ordem jurídica, do regime democrático e dos direitos difusos e coletivos, além da promoção da ação penal pública. A mesma Constituição afirma que a propriedade tem função social.
Tudo isso deve ser interpretado dentro de um contexto de 400 anos de processo histórico, visto que, desde o Tribunal da Relação, na Bahia, em 1609, o papel do Ministério Público sofreu muitas transformações.
Sem dúvida, porém, hoje o Ministério Público existe para a proteção da comunidade, e não de indivíduos em suas relações privadas contratuais.
Cabe ao Ministério Público, sim, nos planos civil e penal, fazer valerem os direitos fundamentais na dimensão coletiva, como a vida, a saúde, a dignidade e as liberdades públicas, como o direito de ir e vir e o de manifestação.
A lei federal nº 9.415, de 23/12/96, reforça essa perspectiva, não se tratando de instrumento de restauro do direito absoluto de propriedade, como sugere equivocadamente o advogado Fábio de Oliveira Luchési em seu artigo "O MST e o STF" ("Tendências/ Debates", 26/10).
Pelo raciocínio do ilustre articulista, caberia ao Ministério Público pôr-se ao lado do proprietário de terras, que pode constituir os melhores advogados para sua defesa. Ora, assim como participa das demandas nas quais há interesses de incapazes, porque se entende socialmente importante que sejam devidamente protegidos, a razão de o Ministério Público haver sido chamado a intervir nos conflitos coletivos fundiários foi precisamente a condição dos interessados no acesso à terra.
Se isso não significa que deva em toda e qualquer situação apoiar a posição dos hipossuficientes -os integrantes de movimentos sociais-, seguramente não foi para cooperar com a defesa do proprietário.
Cumpre-lhe, sim, fiscalizar a concretização da função social da propriedade, que exige um mínimo de produtividade e a observância das regras trabalhistas, urbanísticas e ambientais (como a que impõe a reserva legal para proteção da vegetação natural, alvo de ataque dos ruralistas).
Há alguns anos, o insuspeito embaixador Rubens Ricupero lembrava em dois magníficos artigos ("Cupins e caifazes", 4/4/98, e "Injustiça ou desordem?", 11/4/98, ambos em Dinheiro) que, a depender dos detentores do poder na segunda metade do século 19, a escravidão se eternizaria.
Em determinado momento, porém, surgiram clubes que estimularam a violação aberta da legislação sobre a fuga dos escravos e até mesmo o emprego da violência. Pouco tempo depois, os militares se recusaram a reprimir essas práticas, e o sistema escravista não mais se aguentou.
Extrapolou as premissas desses artigos para a ação do MST, concluindo que, sem ela, a reforma agrária demoraria tanto para se implantar quanto demoraria abolição da escravatura se dependesse só da vontade dos homens do poder. Com toda a pressão dos movimentos sociais, a democratização do acesso à terra e a universalizaçã o do direito à moradia avançam com intolerável lentidão.
Apontar os que buscam um pedaço de terra -nem sempre criaturas angelicais (que, individualmente, quando violam a lei, devem ser punidas)- como delinquentes e criminalizar movimentos sociais equivale a tratar questões sociais como caso de polícia.
Mande-os para a cadeia, senhores juízes, e a paz social estará restaurada, para gáudio de graúdos latifundiários.
Como sabemos, existem vários tipos de crime contra o patrimônio previstos na lei, e as penas devem ser proporcionais e individualizadas.
Há muita diferença entre furto, roubo e esbulho possessório. O roubo, por exemplo, é crime complexo, e sua pena inclui a punição à violação à liberdade e integridade física. O esbulho é crime de ação penal privada, cabendo à vítima processar o criminoso por advogado constituído para isso.
Não podemos nos esquecer de que a missão do Direito penal é a promoção da paz social. E que o promotor de Justiça não é um vingador. E que o Direito penal existe para a proteção equilibrada e justa dos mais importantes valores da comunidade, e nunca como alavanca para a tutela de interesses particulares que possam ser defendidos na esfera civil.
O Direito penal não é uma matilha de cães raivosos açulada para devorar miseráveis indefesos. Promotores de Justiça não são defensores de proprietários, e os ministros do STF farão valer as regras do jogo constitucional. Do jogo do Estado democrático de Direito.
Eta Lulinha
"vocês têm aqui a oportunidade de fazer a matéria da vida de vocês. Se vocês esquecerem a pauta do editor e se embrenharem no meio desta gente; escolham um, qualquer um, para vocês conversarem sobre a vida deles, sobre o sonho deles... aí vocês vão compreender por que a figura do chamado formador de opinião pública, que antes decidia as coisas neste país, já não decide mais. É porque este povo já não quer mais intermediário, este povo enxerga pelos seus próprios olhos; fala pela própria boca....este povo aprendeu a ser dono do seu nariz. Graças a Deus, porque o mundo fica mais limpo quando o pobre toma consciência".
(Presidente Lula, aos jornalistas, na Expocatadores, a Exposição do Movimento Nacional dos Catadores de Materiais Recicláveis; 29-10)
(Presidente Lula, aos jornalistas, na Expocatadores, a Exposição do Movimento Nacional dos Catadores de Materiais Recicláveis; 29-10)
Serra pode?. A imprensa ficou muda e Serra entrega prêmios de sorteio
O governador de São Paulo, José Serra, entregou nesta quinta-feira os principais prêmios do sorteio da Nota Fiscal Paulista, especial de Dia das Crianças. No evento, Serra propagandeou o sucesso do programa e anunciou o aumento das premiações oferecidas aos cadastrados. "São R$ 12 milhões em prêmios a cada mês por sorteio. No ano que vem, vamos elevar este volume de prêmios para R$ 17 milhões", afirmou o governador .
O clima de auditório lembrou o sorteio das 55 casas da Vila Junco, em Cabrobó (PE), quando o Presidente Lula, animou a plateia das 18 vilas produtivas rurais que serão desalojadas pelas obras de transposição do Rio São Francisco, há duas semanas.O PSDB e PPS, entraram com representação no TSE contra Lula e Dilma afirmando que eles estavam fazendo campanha antecipada.
Serra, entregou cheques de até R$ 200 mil aos ganhadores, e discursou sobre os benefícios da Nota Fiscal Eletrônica, avisou a platéia que vai voltar para o sorteio especial de Natal da Nota Fiscal Eletrônica terá o prêmio R$ 1 milhão.
O clima de auditório lembrou o sorteio das 55 casas da Vila Junco, em Cabrobó (PE), quando o Presidente Lula, animou a plateia das 18 vilas produtivas rurais que serão desalojadas pelas obras de transposição do Rio São Francisco, há duas semanas.O PSDB e PPS, entraram com representação no TSE contra Lula e Dilma afirmando que eles estavam fazendo campanha antecipada.
Serra, entregou cheques de até R$ 200 mil aos ganhadores, e discursou sobre os benefícios da Nota Fiscal Eletrônica, avisou a platéia que vai voltar para o sorteio especial de Natal da Nota Fiscal Eletrônica terá o prêmio R$ 1 milhão.
Chico Buarque assina manifesto contra a criminalização das lutas sociais e a CPI do MST
Chico Buarque de Hollanda, se juntou aos intelectuais do Brasil e do exterior, como, Eduardo Galeano, do Uruguai, Luiz Fernando Veríssimo,o crítico literário e professor Antonio Candido, o cientista político Chico de Oliveira e o filósofo Paulo Arantes, entre outras pessoas que já haviam assinado o manifesto, que está circulando por diversos países, inclusive Portugal onde ganhou a adesão do sociólogo Boaventura de Souza Santos, um dos ideólogos do Fórum Social Mundial, também assinou um manifesto "contra a violência do agronegócio e a criminalização das lutas sociais e contra a CPI do MST".
Vai dar em nada? É o que dizem
Difícil vingar a CPMI do MST em pleno mês de novembro em tempos de novas eleições. Até a ideia de investigar o outro lado, a Confederação Nacional da Agricultura (CNA), foi ventilada para manter os trabalhos. Articulações para o controle da comissão com a presidência e relatoria na Câmara e no Senado podem não dar frutos.
Serra vai passear e deixa o rato tomando conta do cofre
O presidente da Assembleia Legislativa de São Paulo, deputado Barros Munhoz (PSDB), assume hoje a cadeira de governador José Serra por três dias. O governador José Serra (PSDB), passará a próxima semana em viagem ao exterior e o vice, Alberto Goldman, também estará ausente do País.
Serra vai para Urban Age, em Istambul, na Turquia. Segundo a assessoria de imprensa do governo paulista, Serra deverá retornar a São Paulo no final da próxima semana. A Urban Age termina na sexta-feira. A assessoria do governador José Serra não informou, a agenda dele no exterior nem quando embarcará para Istambul.
Segundo a assessoria do vice governador Alberto Goldman, ele viajou a Bogotá, na Colômbia, para discutir segurança pública e transportes. Essa é a segunda vez que um tucano vai a Bogotá. Em O ex-governador Geraldo Alckmin, então candidato à Prefeitura de São Paulo, também esteve por dois dias em Bogotá, na Colômbia, com os mesmos argumentos.
Serra vai para Urban Age, em Istambul, na Turquia. Segundo a assessoria de imprensa do governo paulista, Serra deverá retornar a São Paulo no final da próxima semana. A Urban Age termina na sexta-feira. A assessoria do governador José Serra não informou, a agenda dele no exterior nem quando embarcará para Istambul.
Segundo a assessoria do vice governador Alberto Goldman, ele viajou a Bogotá, na Colômbia, para discutir segurança pública e transportes. Essa é a segunda vez que um tucano vai a Bogotá. Em O ex-governador Geraldo Alckmin, então candidato à Prefeitura de São Paulo, também esteve por dois dias em Bogotá, na Colômbia, com os mesmos argumentos.
Chávez lamenta que Lula tenha de sair
O Presidente Lula e o líder venezuelano Hugo Chávez visitam uma lavoura em El Tigre. Lula está em visita oficial ao país, e conheceu o projeto agrário do governo da Venezuela. A entrada do país no Mercosul depende de aprovação no Senado brasileiro e está pendente no Paraguai.
O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, lamentou o fato de oPresidente Lula ter que deixar o governo do Brasil em janeiro de 2011 e defendeu a candidatura dele a um terceiro mandato. Declarou, no entanto, ter certeza de que, em 2010, a ministra Dilma Rousseff (Casa Civil) será eleita sucessora de Lula.
"Eu lamento que Lula saia do governo. Por que ele tem de sair? Se um presidente governa bem e tem 80% (de aprovação popular), por que ele tem de sair?", perguntou Chávez, em entrevista a jornalistas brasileiros enquanto esperava o desembarque de Lula em um pista de pouso da cidade venezuelana.
Chávez acrescentou que não entende por que a presidente do Chile, Michele Bachelet, também terá que deixar o cargo no próximo ano se conta com índice de aprovação de 60%. "Só deixo a pergunta no ar."
Ao afirmar que tem "certeza" de que Dilma será eleita para suceder a Lula para sucedê-lo no cargo 2010. Afirmou que Dilma "tem peso, é uma grande mulher e tem a cabeça bem ordenada."
"Ela será a próxima presidente do Brasil. Podem escrever", afirmou. A uma pergunta sobre qual será sua reação se a vitória for de um candidato opositor, o presidente venezuelano apelou para o princípio da não-interferência em assuntos de outros países: "Não me meto em questões internas. Vocês são soberanos e podem fazer o que quiserem. Eu não me meto", declarou.
Lula 'chegou como Cristo, anunciando a boa nova', diz Chávez
O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, disse Presidente Lula chegou ao país "como Cristo, anunciando a boa nova", referindo-se à aprovação da entrada da Venezuela no Mercosul pela comissão do Senado brasileiro.
"É benéfico para todos. Criar um grande mercado para a América do Sul. O Mercosul vai se transformar em um novo polo de poder econômico", afirmou Chávez aos jornalistas na pista do aeroporto de El Tigre, onde recebeu Lula para um novo encontro trimestral entre ambos.
O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, lamentou o fato de oPresidente Lula ter que deixar o governo do Brasil em janeiro de 2011 e defendeu a candidatura dele a um terceiro mandato. Declarou, no entanto, ter certeza de que, em 2010, a ministra Dilma Rousseff (Casa Civil) será eleita sucessora de Lula.
"Eu lamento que Lula saia do governo. Por que ele tem de sair? Se um presidente governa bem e tem 80% (de aprovação popular), por que ele tem de sair?", perguntou Chávez, em entrevista a jornalistas brasileiros enquanto esperava o desembarque de Lula em um pista de pouso da cidade venezuelana.
Chávez acrescentou que não entende por que a presidente do Chile, Michele Bachelet, também terá que deixar o cargo no próximo ano se conta com índice de aprovação de 60%. "Só deixo a pergunta no ar."
Ao afirmar que tem "certeza" de que Dilma será eleita para suceder a Lula para sucedê-lo no cargo 2010. Afirmou que Dilma "tem peso, é uma grande mulher e tem a cabeça bem ordenada."
"Ela será a próxima presidente do Brasil. Podem escrever", afirmou. A uma pergunta sobre qual será sua reação se a vitória for de um candidato opositor, o presidente venezuelano apelou para o princípio da não-interferência em assuntos de outros países: "Não me meto em questões internas. Vocês são soberanos e podem fazer o que quiserem. Eu não me meto", declarou.
Lula 'chegou como Cristo, anunciando a boa nova', diz Chávez
O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, disse Presidente Lula chegou ao país "como Cristo, anunciando a boa nova", referindo-se à aprovação da entrada da Venezuela no Mercosul pela comissão do Senado brasileiro.
"É benéfico para todos. Criar um grande mercado para a América do Sul. O Mercosul vai se transformar em um novo polo de poder econômico", afirmou Chávez aos jornalistas na pista do aeroporto de El Tigre, onde recebeu Lula para um novo encontro trimestral entre ambos.
Vereador do PPS aparece vestido de Hitler em site pessoal
Conhecido como "Palhacinho Pimpão", o vereador Vagner Bersa (PPS), de Catanduva (385 km de São Paulo), provocou polêmica na cidade ao postar fotos de teor nazista em sua página no site de relacionamentos Orkut.Veja e aqui o blog da figura
No site, ele aparece vestido como Adolf Hitler, com a legenda "Comandante Pimpão". Ele diz que é uma paródia feita com o ditador, igual a Charles Chaplin no filme "O Grande Ditador".
O vereador afirma ainda que não irá retirar as imagens porque isso daria razão a seus adversários políticos.Vestido de palhaço, Bersa anima festas infantis profissionalmente.
O sonho, um luxo para os ocupantes da missão brasileira em Honduras
Resumo artigo em Português e PEDIDO de estratégia a todos:
Resultante de pressões mundiais, os EUA ontem , via representante estava em reunião na embaixada do Brasil com os negociadores de acordo.
A notícia é que ZELAYA PODE voltar, mas ainda não voltou. Enquanto isso, prisões , torturas são feitas intensamente em Honduras.
Segundo resistentes, o representante dos EUA notou que Micheletti, o golpista , cometeu crimes e descredibiliza aos que ficarem ao lado dele, em apoio ou em falsa represália. Aos EUA não houve outra alternativa que "tentar" esse acordo.
Enquanto isso as eleições ficam cada vez mais perto.
Sugiro que TODOS façam pressões intensas hoje, e uma forma dessa é fazer circular, com copias a mídia, blogs e copia aparente a ONU e OEA
webmaster@unog.ch ,llo@unog.ch,cidhoea@oas.org,svillagran@oas.org
No Blog e em tópico da comunidade tem os mais recentes boletins médicos da situação que está os que são abrigados na embaixada brasileira.
O boletim constata vários efeitos e doenças provocadas por ataques de golpistas (com auxilio e tecnologia dos EUA e Iraque)a embaixada: Bombas químicas e biológicas causam vomito, dor de cabeça, sangramentos nasais..
Aparelhos de ultra som e agora refletores com luz intensa sob os da embaixada causando cegueira.
Link para detalhes relatório medico: http://hondurasurgente.blogspot.com/2009/10/danos-graves-la-salud-de-personas.html
As fotos de crimes lesa humanidade, que se encontram nesse link:
http://hondurasurgente.blogspot.com/2009/10/urgente-medidas-cautelares-embajada.html
Vamos lá, a vitória SERÁ de todos.
Aqueles que afirmavam que o presidente seria restaurada no início de novembro para legitimar as eleições, e amarrado de pés e mãos, conseguiu descrever as últimas semanas vários anos que estamos testemunhando agora. Mas você mente, não o fim do curso, esta continua em vigor, os seus efeitos são predominantes, as condições que fizeram com que ele ainda está tão válida como a 28 de junho.
A pressão política da diplomacia gringa não incluir as questões críticas, mas tenta ignorar questões substantivas e destaca a proeminência dos interesses oligárquicos. Presidente Zelaya assinou sua restituição, que pode ser interpretado como a vitória do golpe e do golpe.
Os detalhes permanecem pesados: a programação está ainda em curso acções para ser levado de volta para Zelaya mansão presidencial. Tecnicamente, o acordo ainda pode manter o presidente constitucional de vários dias de prisão na embaixada brasileira, é o Congresso que deve decidir o destino do país.
Esse mesmo Congresso que cometeu o crime de falsificação da assinatura do presidente, e decretou a sua remoção. Acordo em que o ladrão, muitas vezes decide que tipo de justiça vai ter a sua vítima. O Supremo Tribunal, que ordenou a detenção e expulsão de Manuel Zelaya Rosales, deve fornecer um parecer jurídico para orientar a conferência. Go solução.
Existem várias comissões para desenvolver: o acompanhamento, a verdade, e quem sabe mais o quê. Como parte dessa bagunça da oligarquia obteve o reconhecimento de eleições fraudulentas, Zelaya vai agora fazer esforços para reabrir as portas da ajuda internacional para a economia já golpeada de Honduras.
No final não há garantia de que vai acontecer, ou como ou quando. Como tem acontecido durante todos esses meses da tragédia, a incerteza domina o palco. Continuamos a contar com as mentiras dos assassinos que inventam decretos que não respeitam a si próprios.
Ontem, em contraste com a mesa de negociação, a resistência foi brutalmente reprimida. Apesar de ter as necessárias autorizações, a polícia e os militares decidiram dar uma nova dose de gás, espancamentos e balas para o movimento popular como um lembrete de que os acordos não eliminam a repressão não elimina os grupos paramilitares não eliminam a assassínios selectivos, não eliminar violações dos direitos humanos.
Seria muito ingênuo pensar que temos vindo a pagar alguma coisa. O Exército mantém uma posição de grande autonomia contra políticos e empresários obedecer seus mestres, que continuam com a idéia de que o povo batendo os seus interesses sejam preservados. Também continuam em vigor os decretos assinados repressiva Micheletti. A estrutura da violação dos direitos humanos ainda está vivo, bem oleada e especialmente ativo contra o povo hondurenho.
Parece que a negociação, pelo menos até o momento da redação deste texto, tenha esquecido a prisão enorme que criou o regime de facto. Vale a pena perguntar quem é que vai acontecer com o presidente Zelaya "tem a mesma Guarda de Honra?, Qual é a sua relação com as Forças Armadas? Que sobre seu relacionamento com o Congresso Micheletti?
Por outro lado, ainda está pendente a questão dos crimes contra a humanidade cometidos pelas forças armadas com a cumplicidade do regime de facto e da oligarquia criminosa. Felizmente para o povo hondurenho, por arrogância ou estupidez, os líderes do golpe ignorado a questão da anistia, Oscar Arias, que tinha apresentado no seu plano original.
Come questões muito importantes para o movimento popular hondurenho. O golpe foi precipitado pelas justas exigências do povo hondurenho, e estes permanecem sem resposta por parte das classes dominantes. Se alguma coisa destas tempo comprou a retardar o processo de mudança em Honduras.
O que vai acontecer com o processo eleitoral? Há também uma fraude que está incluído na negociação. No entanto, agora haverá uma pressão considerável para os candidatos progressistas nesse processo. Essa delicada questão exige uma análise muito sábio. No entanto, a participação no processo eleitoral, independentemente do resultado, pode permitir sustentado mobilização popular.
Agora a nossa visão deve ser mais longo, é preciso escolher cuidadosamente as ações que tomamos, sem abdicar dos nossos princípios e nossas reivindicações. A situação política coloca novos desafios e, agora, a unidade é uma questão crítica, e não fins eleitoralistas, a situação obriga as pessoas a dar respostas, incluindo respostas a dar ao nosso povo o seu espaço político.
Vale a pena recordar aqui uma série de argumentos que foram feitas através de todas as contribuições dos colegas que têm gerado opinião. Vale a pena lembrar que a ação da resistência tem sido a chave para forçar as forças obscuras do direito de negociar posições. Sem o movimento popular que a conclusão não teria sido necessário.
O papel que ganhou o povo deste país tem sido o elemento central para a produção de um fenômeno raro na história da América Latina: Um presidente deposto retornou a sua posição. Presidente Zelaya espero nunca esquecer que foram as ações de pessoas que conquistou a sua restituição, não se esqueça sua dívida moral para o restabelecimento de Honduras.
Esta é uma vitória popular, mas apenas um triunfo no caminho de muito sofrimento e desespero para vir em busca de um novo país, onde todos possam viver em paz. A oligarquia e do império têm mostrado que não nos dão nada. Se vencermos a nossa liberdade, devemos lutar por ela.
Assim, os slogans permanecem. Hoje nós comemoramos, mas manter-se alerta. A luta, se alguma coisa é mais intensa hoje do que nunca. Agora que muitos traidores novamente emergir das sombras, hoje lembro com mais intensidade do que nunca, nossos mártires, a quem devemos a conquista de um sonho: a independência de Honduras.
Lembre-se: a luta começa aqui. Não cometa o erro de confundir isso com nossas aspirações.
For, os assassinos ou esquecimento ou perdão.
Resultante de pressões mundiais, os EUA ontem , via representante estava em reunião na embaixada do Brasil com os negociadores de acordo.
A notícia é que ZELAYA PODE voltar, mas ainda não voltou. Enquanto isso, prisões , torturas são feitas intensamente em Honduras.
Segundo resistentes, o representante dos EUA notou que Micheletti, o golpista , cometeu crimes e descredibiliza aos que ficarem ao lado dele, em apoio ou em falsa represália. Aos EUA não houve outra alternativa que "tentar" esse acordo.
Enquanto isso as eleições ficam cada vez mais perto.
Sugiro que TODOS façam pressões intensas hoje, e uma forma dessa é fazer circular, com copias a mídia, blogs e copia aparente a ONU e OEA
webmaster@unog.ch ,llo@unog.ch,cidhoea@oas.org,svillagran@oas.org
No Blog e em tópico da comunidade tem os mais recentes boletins médicos da situação que está os que são abrigados na embaixada brasileira.
O boletim constata vários efeitos e doenças provocadas por ataques de golpistas (com auxilio e tecnologia dos EUA e Iraque)a embaixada: Bombas químicas e biológicas causam vomito, dor de cabeça, sangramentos nasais..
Aparelhos de ultra som e agora refletores com luz intensa sob os da embaixada causando cegueira.
Link para detalhes relatório medico: http://hondurasurgente.blogspot.com/2009/10/danos-graves-la-salud-de-personas.html
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http://hondurasurgente.blogspot.com/2009/10/urgente-medidas-cautelares-embajada.html
Vamos lá, a vitória SERÁ de todos.
Aqueles que afirmavam que o presidente seria restaurada no início de novembro para legitimar as eleições, e amarrado de pés e mãos, conseguiu descrever as últimas semanas vários anos que estamos testemunhando agora. Mas você mente, não o fim do curso, esta continua em vigor, os seus efeitos são predominantes, as condições que fizeram com que ele ainda está tão válida como a 28 de junho.
A pressão política da diplomacia gringa não incluir as questões críticas, mas tenta ignorar questões substantivas e destaca a proeminência dos interesses oligárquicos. Presidente Zelaya assinou sua restituição, que pode ser interpretado como a vitória do golpe e do golpe.
Os detalhes permanecem pesados: a programação está ainda em curso acções para ser levado de volta para Zelaya mansão presidencial. Tecnicamente, o acordo ainda pode manter o presidente constitucional de vários dias de prisão na embaixada brasileira, é o Congresso que deve decidir o destino do país.
Esse mesmo Congresso que cometeu o crime de falsificação da assinatura do presidente, e decretou a sua remoção. Acordo em que o ladrão, muitas vezes decide que tipo de justiça vai ter a sua vítima. O Supremo Tribunal, que ordenou a detenção e expulsão de Manuel Zelaya Rosales, deve fornecer um parecer jurídico para orientar a conferência. Go solução.
Existem várias comissões para desenvolver: o acompanhamento, a verdade, e quem sabe mais o quê. Como parte dessa bagunça da oligarquia obteve o reconhecimento de eleições fraudulentas, Zelaya vai agora fazer esforços para reabrir as portas da ajuda internacional para a economia já golpeada de Honduras.
No final não há garantia de que vai acontecer, ou como ou quando. Como tem acontecido durante todos esses meses da tragédia, a incerteza domina o palco. Continuamos a contar com as mentiras dos assassinos que inventam decretos que não respeitam a si próprios.
Ontem, em contraste com a mesa de negociação, a resistência foi brutalmente reprimida. Apesar de ter as necessárias autorizações, a polícia e os militares decidiram dar uma nova dose de gás, espancamentos e balas para o movimento popular como um lembrete de que os acordos não eliminam a repressão não elimina os grupos paramilitares não eliminam a assassínios selectivos, não eliminar violações dos direitos humanos.
Seria muito ingênuo pensar que temos vindo a pagar alguma coisa. O Exército mantém uma posição de grande autonomia contra políticos e empresários obedecer seus mestres, que continuam com a idéia de que o povo batendo os seus interesses sejam preservados. Também continuam em vigor os decretos assinados repressiva Micheletti. A estrutura da violação dos direitos humanos ainda está vivo, bem oleada e especialmente ativo contra o povo hondurenho.
Parece que a negociação, pelo menos até o momento da redação deste texto, tenha esquecido a prisão enorme que criou o regime de facto. Vale a pena perguntar quem é que vai acontecer com o presidente Zelaya "tem a mesma Guarda de Honra?, Qual é a sua relação com as Forças Armadas? Que sobre seu relacionamento com o Congresso Micheletti?
Por outro lado, ainda está pendente a questão dos crimes contra a humanidade cometidos pelas forças armadas com a cumplicidade do regime de facto e da oligarquia criminosa. Felizmente para o povo hondurenho, por arrogância ou estupidez, os líderes do golpe ignorado a questão da anistia, Oscar Arias, que tinha apresentado no seu plano original.
Come questões muito importantes para o movimento popular hondurenho. O golpe foi precipitado pelas justas exigências do povo hondurenho, e estes permanecem sem resposta por parte das classes dominantes. Se alguma coisa destas tempo comprou a retardar o processo de mudança em Honduras.
O que vai acontecer com o processo eleitoral? Há também uma fraude que está incluído na negociação. No entanto, agora haverá uma pressão considerável para os candidatos progressistas nesse processo. Essa delicada questão exige uma análise muito sábio. No entanto, a participação no processo eleitoral, independentemente do resultado, pode permitir sustentado mobilização popular.
Agora a nossa visão deve ser mais longo, é preciso escolher cuidadosamente as ações que tomamos, sem abdicar dos nossos princípios e nossas reivindicações. A situação política coloca novos desafios e, agora, a unidade é uma questão crítica, e não fins eleitoralistas, a situação obriga as pessoas a dar respostas, incluindo respostas a dar ao nosso povo o seu espaço político.
Vale a pena recordar aqui uma série de argumentos que foram feitas através de todas as contribuições dos colegas que têm gerado opinião. Vale a pena lembrar que a ação da resistência tem sido a chave para forçar as forças obscuras do direito de negociar posições. Sem o movimento popular que a conclusão não teria sido necessário.
O papel que ganhou o povo deste país tem sido o elemento central para a produção de um fenômeno raro na história da América Latina: Um presidente deposto retornou a sua posição. Presidente Zelaya espero nunca esquecer que foram as ações de pessoas que conquistou a sua restituição, não se esqueça sua dívida moral para o restabelecimento de Honduras.
Esta é uma vitória popular, mas apenas um triunfo no caminho de muito sofrimento e desespero para vir em busca de um novo país, onde todos possam viver em paz. A oligarquia e do império têm mostrado que não nos dão nada. Se vencermos a nossa liberdade, devemos lutar por ela.
Assim, os slogans permanecem. Hoje nós comemoramos, mas manter-se alerta. A luta, se alguma coisa é mais intensa hoje do que nunca. Agora que muitos traidores novamente emergir das sombras, hoje lembro com mais intensidade do que nunca, nossos mártires, a quem devemos a conquista de um sonho: a independência de Honduras.
Lembre-se: a luta começa aqui. Não cometa o erro de confundir isso com nossas aspirações.
For, os assassinos ou esquecimento ou perdão.
Em conversa com Serra na madrugada, Aécio fecha as portas para vice
O governador de Minas Gerais, Aécio Neves (PSDB), fechou ontem a porta à possibilidade de ser candidato a vice-presidente em uma chapa encabeçada pelo governador paulista José Serra (PSDB). Ambos disputam a candidatura tucana à sucessão presidencial em 2010. Depois de conversar sobre o tema com o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e o presidente nacional tucano, senador Sérgio Guerra (PE), no dia 19; e com o presidente nacional do DEM, deputado Rodrigo Maia (RJ), na terça; Aécio teve na madrugada de ontem uma conversa de 50 minutos com Serra, para liquidar a hipótese.
Na conversa, Aécio deixou claro que , no final deste ano, caso não seja escolhido pelo partido para disputar a Presidência, anunciará candidatura ao Senado. "Não preciso nem dizer como são meus nervos, porque eles sempre estiveram extremamente serenos nesse processo. E é muito bom que o governador José Serra esteja estimulado a disputar a Presidência", disse o mineiro, referindo-se à declaração do paulista, que disse anteontem ter "nervos de aço" , novamente procurando postergar a defição do partido.
" No final do ano, vou tomar uma decisão. Tenho responsabilidade com Minas Gerais. Se o caminho da Presidência não for entendido pelo partido como o mais adequado, estarei em Minas como candidato ao Senado, para garantir a continuidade de um projeto no Estado e tentando dar aqui a vitória ao candidato que o PSDB escolher. Serra tem o ´timing´ dele, eu tenho o meu. Eu respeito o dele, e ele o meu", afirmou.
Ao relatar a conversa com jornalistas, Aécio procurou demarcar o que tornaria a sua candidatura presidencial diferente da de Serra. "Estou à disposição do partido para sair de um debate inócuo sobre quem fez mais ou menos. O Lula avançou nos problemas sociais e deixou de fazer reformas importantes. Uma candidatura minha abandona o retrovisor. Ela só tem o parabrisa, ela olha para frente para compreendermos o que ficou por fazer", disse.
O governador mineiro procurou, entretanto, sinalizar que sua candidatura ao Senado não representaria a possibilidade de ficar neutro na disputa presidencial. "Se eu não for a opção do partido, obviamente o partido respeitará minha opção de garantir aqui em Minas forte palanque para vencermos o governo estadual e também a Presidência", disse.
Ontem à noite, estava previsto encontro do governador com a sua base de apoio na Assembleia Legislativa, formada por 58 dos 77 parlamentares. A definição de Aécio pela Presidência ou pelo Senado em dezembro fará com que o governador defina também a própria sucessão.
A maior probabilidade é que Aécio lance o vice-governador Antonio Junho Anastasia (PSDB) ao governo estadual. Anastasia concorreria ao cargo no exercício, já que deverá assumir a administração estadual na primeira semana de abril. A possibilidade de antecipar a desincompatibilizaçã o está descartada. A chance de uma composição entre Aécio e o ministro das Comunicações, Hélio Costa (PMDB), que pretende disputar o governo, diminuiu depois do acordo entre o PT e a cúpula nacional pemedebista em torno de chapa formada pelos dois partidos para concorrer à eleição presidencial.
Permanece a dúvida sobre a chapa majoritária. Há um excesso de candidatos tanto ao posto de vice como o da outra vaga ao Senado. Na primeira hipótese, são lembrados como possibilidades Carlos Melles (DEM), Clésio Andrade (PR) e Alberto Pinto Coelho (PP). Para a segunda, além do senador Eduardo Azeredo (PSDB), que tenta a reeleição, são cogitados Clésio e o ex-presidente Itamar Franco (PPS).
Na conversa, Aécio deixou claro que , no final deste ano, caso não seja escolhido pelo partido para disputar a Presidência, anunciará candidatura ao Senado. "Não preciso nem dizer como são meus nervos, porque eles sempre estiveram extremamente serenos nesse processo. E é muito bom que o governador José Serra esteja estimulado a disputar a Presidência", disse o mineiro, referindo-se à declaração do paulista, que disse anteontem ter "nervos de aço" , novamente procurando postergar a defição do partido.
" No final do ano, vou tomar uma decisão. Tenho responsabilidade com Minas Gerais. Se o caminho da Presidência não for entendido pelo partido como o mais adequado, estarei em Minas como candidato ao Senado, para garantir a continuidade de um projeto no Estado e tentando dar aqui a vitória ao candidato que o PSDB escolher. Serra tem o ´timing´ dele, eu tenho o meu. Eu respeito o dele, e ele o meu", afirmou.
Ao relatar a conversa com jornalistas, Aécio procurou demarcar o que tornaria a sua candidatura presidencial diferente da de Serra. "Estou à disposição do partido para sair de um debate inócuo sobre quem fez mais ou menos. O Lula avançou nos problemas sociais e deixou de fazer reformas importantes. Uma candidatura minha abandona o retrovisor. Ela só tem o parabrisa, ela olha para frente para compreendermos o que ficou por fazer", disse.
O governador mineiro procurou, entretanto, sinalizar que sua candidatura ao Senado não representaria a possibilidade de ficar neutro na disputa presidencial. "Se eu não for a opção do partido, obviamente o partido respeitará minha opção de garantir aqui em Minas forte palanque para vencermos o governo estadual e também a Presidência", disse.
Ontem à noite, estava previsto encontro do governador com a sua base de apoio na Assembleia Legislativa, formada por 58 dos 77 parlamentares. A definição de Aécio pela Presidência ou pelo Senado em dezembro fará com que o governador defina também a própria sucessão.
A maior probabilidade é que Aécio lance o vice-governador Antonio Junho Anastasia (PSDB) ao governo estadual. Anastasia concorreria ao cargo no exercício, já que deverá assumir a administração estadual na primeira semana de abril. A possibilidade de antecipar a desincompatibilizaçã o está descartada. A chance de uma composição entre Aécio e o ministro das Comunicações, Hélio Costa (PMDB), que pretende disputar o governo, diminuiu depois do acordo entre o PT e a cúpula nacional pemedebista em torno de chapa formada pelos dois partidos para concorrer à eleição presidencial.
Permanece a dúvida sobre a chapa majoritária. Há um excesso de candidatos tanto ao posto de vice como o da outra vaga ao Senado. Na primeira hipótese, são lembrados como possibilidades Carlos Melles (DEM), Clésio Andrade (PR) e Alberto Pinto Coelho (PP). Para a segunda, além do senador Eduardo Azeredo (PSDB), que tenta a reeleição, são cogitados Clésio e o ex-presidente Itamar Franco (PPS).
Marqueteiro do PSDB cria programa para enganar o povo
No momento em que o PSDB diverge internamente a respeito da data de lançamento da candidatura tucana ao Palácio do Planalto, marqueteiros dos governadores José Serra (SP) e Aécio Neves (MG) traçaram uma estratégia comum para neutralizar a imagem de desavença e vender a ideia de união entre os dois presidenciáveis.
Luiz Gonzalez,marqueteiro do Serra, e Paulo Vasconcelos, responsável por campanhas de Aécio, reuniram-se anteontem pela primeira vez em São Paulo. Juntos começaram a esboçar o roteiro do programa nacional do PSDB que vai ao ar no dia 3 de dezembro. A ideia é que os dois presidenciáveis pareçam unidos nos dez minutos de programa, com um discurso propositivo e sem ataques diretos a ministra Dilma Rousseff.
O ápice do programa seria uma cena rápida, de cerca de um minuto, em que Serra e Aécio apareceriam juntos. Aécio é pressionado por parte do PSDB para ser vice numa chapa encabeçada por Serra. O governador mineiro, no entanto, quer concorrer à Presidência e, com a ajuda de aliados como o DEM.
Caso não dê certo a tentativa de gravar com os dois governadores, o programa terá cinco minutos para cada um. Outra ideia é dividi-lo em quatro blocos de 2 minutos e meio cada, fazendo uma alternância entre os blocos em que Serra aparece, com os que Aécio é protagonista. A vantagem dessa proposta é que o vai e volta dos dois governadores passaria a impressão de união para o telespectador.
Segundo o marqueteiro, a intenção do programa do PSDB é desmontar a imagem de boa administradora de Dilma, propagada pelo PT, e ter forte tom crítico ao governo federal. É possível que o presidente do PSDB, senador Sérgio Guerra (PE), apareça no filmete verbalizando as críticas à gestão Lula. Agora em novembro, Serra e Aécio dividirão as 40 inserções nacionais do PSDB.
sexta-feira, 30 de outubro de 2009
Embasa divulga edital de concurso público para preencher 2.270 vagas
A Embasa publica nesta sexta-feira (30), no Diário Oficial do Estado, edital para provimento de 2.270 vagas através de concurso público. São 367 vagas para nível superior, 283 para nível técnico e 1.620 vagas para nível médio, distribuídas nas unidades da empresa da capital, Região Metropolitana de Salvador (RMS) e interior. As inscrições podem ser feitas de 13 de novembro a 8 de dezembro deste ano, por meio do site da Cespe/UnB (www.cespe.unb.br/concursos/embasa2009).
As provas objetivas, de caráter eliminatório e classificatório, serão realizadas em 24 de janeiro de 2010 para todos os candidatos às vagas descritas no edital. A avaliação de títulos contará como pontos na classificação dos candidatos de nível superior. Provas prática e de esforço físico terão caráter eliminatório para algumas funções de ensino médio.
Os candidatos às vagas de nível superior devem ter formação em Direito, Administração de Empresas, várias áreas da Engenharia, Economia, Contabilidade, Comunicação Social (Relações Públicas e Jornalismo), Design Gráfico, Biologia, Química, Análise de Sistemas, Arquitetura, Serviço Social, Enfermagem do Trabalho, Medicina do Trabalho, Arqueologia e Ciências Sociais.
Para os cargos de nível técnico exige-se formação nas áreas de Contabilidade, Automação e Controle Industrial, Edificações, Eletromecânica, Eletrotécnica, Eletrônica, Enfermagem do Trabalho, Segurança do Trabalho, Manutenção Veicular, Meio Ambiente, Programação e Suporte de TI, Química e Saneamento.
Os candidatos que concluíram o ensino médio podem concorrer a vagas para as funções de agente de manutenção, agente de medição, assistente de informática, assistente de laboratório, assistente de serviço administrativo, desenhista, eletricista, mecânico, monitor de obras e serviços, operador de processo de água e esgoto e operador de equipamentos pesados.
O valor da inscrição é de R$ 40, para os cargos de nível médio, R$ 60, para os de nível técnico, e R$ 90, para as funções de nível superior. O pagamento deve ser feito até 10 de dezembro. Os salários variam entre R$ 883,10 e R$ 4.091,60.
Os últimos concursos realizados pela Embasa aconteceram em 1997 e 2004. Em 1997, 81 engenheiros e técnicos ingressaram na empresa e, em 2004, 760 vagas foram ocupadas por profissionais de níveis médio, técnico e superior em diversas áreas.
As provas objetivas, de caráter eliminatório e classificatório, serão realizadas em 24 de janeiro de 2010 para todos os candidatos às vagas descritas no edital. A avaliação de títulos contará como pontos na classificação dos candidatos de nível superior. Provas prática e de esforço físico terão caráter eliminatório para algumas funções de ensino médio.
Os candidatos às vagas de nível superior devem ter formação em Direito, Administração de Empresas, várias áreas da Engenharia, Economia, Contabilidade, Comunicação Social (Relações Públicas e Jornalismo), Design Gráfico, Biologia, Química, Análise de Sistemas, Arquitetura, Serviço Social, Enfermagem do Trabalho, Medicina do Trabalho, Arqueologia e Ciências Sociais.
Para os cargos de nível técnico exige-se formação nas áreas de Contabilidade, Automação e Controle Industrial, Edificações, Eletromecânica, Eletrotécnica, Eletrônica, Enfermagem do Trabalho, Segurança do Trabalho, Manutenção Veicular, Meio Ambiente, Programação e Suporte de TI, Química e Saneamento.
Os candidatos que concluíram o ensino médio podem concorrer a vagas para as funções de agente de manutenção, agente de medição, assistente de informática, assistente de laboratório, assistente de serviço administrativo, desenhista, eletricista, mecânico, monitor de obras e serviços, operador de processo de água e esgoto e operador de equipamentos pesados.
O valor da inscrição é de R$ 40, para os cargos de nível médio, R$ 60, para os de nível técnico, e R$ 90, para as funções de nível superior. O pagamento deve ser feito até 10 de dezembro. Os salários variam entre R$ 883,10 e R$ 4.091,60.
Os últimos concursos realizados pela Embasa aconteceram em 1997 e 2004. Em 1997, 81 engenheiros e técnicos ingressaram na empresa e, em 2004, 760 vagas foram ocupadas por profissionais de níveis médio, técnico e superior em diversas áreas.
Qual a opinião de vocês sobre esse assunto?: Subsídio para telefone de cadastrado no Bolsa Família é aprovado
Meus queridos leitores. Leiam essa matéria publicada hoje no jornal Valor Econônico. Depois, digam o que vocês acharam!
As contas de telefone fixo dos consumidores de baixa renda poderão ser reduzidas, de acordo com projeto de lei aprovado ontem na Comissão de Ciência e Tecnologia do Senado. A proposta será analisada pela Câmara e se for aprovada permitirá que a população carente não pague mais pela assinatura mensal de telefone fixo. O foco, segundo o autor do projeto, senador Flexa Ribeiro (PSDB-PA), é a população assistida pelo Bolsa Família, principal programa social do governo Lula.
A medida, no entanto, beneficiará não só as famílias carentes, mas também muito mais as empresas de telefonia fixa, ao garantir que o governo federal assuma o pagamento da assinatura mensal de milhares de pessoas. Os subsídios para o pagamento da mensalidade, segundo a proposta, serão financiados com recursos do Fundo de Universalização dos Serviços de Telecomunicações (Fust). Dessa forma, poderá diminuir a pressão sobre as empresas de telefonia fixa para que reduzam a mensalidade.
O projeto de lei deverá estender a tarifa social à telefonia fixa. Atualmente a população de baixa renda tem benefício para o pagamento da conta de energia elétrica. O projeto de lei, no entanto, não diz o que é "baixa renda", nem determina o rendimento máximo mensal que cada família poderá ter para poder usufruir da tarifa menor. "Isso quem vai determinar é o governo federal", explicou o tucano Flexa Ribeiro. "Mas podemos considerar que são as pessoas atendidas pelo Bolsa Família", comentou. Flexa Ribeiro não soube estimar os custos da eventual implementação da tarifa social. Em uma conta rápida, chegou a pelo menos R$ 330 milhões mensais, ao multiplicar as 11 milhões de famílias beneficiadas pelo Bolsa Família por R$ 30, uma média estimada da assinatura mensal do telefone fixo. O relator do projeto, senador Eduardo Azeredo (PSDB-MG), disse, em voto favorável ao projeto, que o Fust conta com recursos da ordem de R$ 7 bilhões, mas ainda não ajudou a colocar em prática iniciativas de universalização dos serviços de telecomunicação.
A proposta de Flexa Ribeiro, presidente da Comissão de Ciência e Tecnologia, altera a Lei Geral de Telecomunicações para permitir que recursos do Fust sejam usados para subsidiar a assinatura do serviço de telefonia fixa. A ideia, segundo o autor do projeto, é universalizar o serviço de telefonia fixa. A justificativa do senador é que as empresas de telefonia fixa são obrigadas a instalar telefone em localidades com mais de 100 habitantes, mas a mesma regra não é válida para as empresas de telefonia celular. "Hoje os mais pobres não têm condições de pagar R$ 30, R$ 40 reais pela assinatura de um telefone fixo e acabam comprando telefones celulares", explicou Flexa Ribeiro. "As pessoas colocam R$ 5 de crédito no pré-pago e acabam usando o celular só para receber chamadas. Se o projeto for aprovado, os mais carentes poderão ter telefone."
O projeto de lei foi aprovado ontem, em caráter terminativo, depois de passar pelas comissões de Constituição e Justiça, Assuntos Econômicos e Ciência e Tecnologia do Senado. Seguirá para debate e votação na Câmara.
As contas de telefone fixo dos consumidores de baixa renda poderão ser reduzidas, de acordo com projeto de lei aprovado ontem na Comissão de Ciência e Tecnologia do Senado. A proposta será analisada pela Câmara e se for aprovada permitirá que a população carente não pague mais pela assinatura mensal de telefone fixo. O foco, segundo o autor do projeto, senador Flexa Ribeiro (PSDB-PA), é a população assistida pelo Bolsa Família, principal programa social do governo Lula.
A medida, no entanto, beneficiará não só as famílias carentes, mas também muito mais as empresas de telefonia fixa, ao garantir que o governo federal assuma o pagamento da assinatura mensal de milhares de pessoas. Os subsídios para o pagamento da mensalidade, segundo a proposta, serão financiados com recursos do Fundo de Universalização dos Serviços de Telecomunicações (Fust). Dessa forma, poderá diminuir a pressão sobre as empresas de telefonia fixa para que reduzam a mensalidade.
O projeto de lei deverá estender a tarifa social à telefonia fixa. Atualmente a população de baixa renda tem benefício para o pagamento da conta de energia elétrica. O projeto de lei, no entanto, não diz o que é "baixa renda", nem determina o rendimento máximo mensal que cada família poderá ter para poder usufruir da tarifa menor. "Isso quem vai determinar é o governo federal", explicou o tucano Flexa Ribeiro. "Mas podemos considerar que são as pessoas atendidas pelo Bolsa Família", comentou. Flexa Ribeiro não soube estimar os custos da eventual implementação da tarifa social. Em uma conta rápida, chegou a pelo menos R$ 330 milhões mensais, ao multiplicar as 11 milhões de famílias beneficiadas pelo Bolsa Família por R$ 30, uma média estimada da assinatura mensal do telefone fixo. O relator do projeto, senador Eduardo Azeredo (PSDB-MG), disse, em voto favorável ao projeto, que o Fust conta com recursos da ordem de R$ 7 bilhões, mas ainda não ajudou a colocar em prática iniciativas de universalização dos serviços de telecomunicação.
A proposta de Flexa Ribeiro, presidente da Comissão de Ciência e Tecnologia, altera a Lei Geral de Telecomunicações para permitir que recursos do Fust sejam usados para subsidiar a assinatura do serviço de telefonia fixa. A ideia, segundo o autor do projeto, é universalizar o serviço de telefonia fixa. A justificativa do senador é que as empresas de telefonia fixa são obrigadas a instalar telefone em localidades com mais de 100 habitantes, mas a mesma regra não é válida para as empresas de telefonia celular. "Hoje os mais pobres não têm condições de pagar R$ 30, R$ 40 reais pela assinatura de um telefone fixo e acabam comprando telefones celulares", explicou Flexa Ribeiro. "As pessoas colocam R$ 5 de crédito no pré-pago e acabam usando o celular só para receber chamadas. Se o projeto for aprovado, os mais carentes poderão ter telefone."
O projeto de lei foi aprovado ontem, em caráter terminativo, depois de passar pelas comissões de Constituição e Justiça, Assuntos Econômicos e Ciência e Tecnologia do Senado. Seguirá para debate e votação na Câmara.
Kassab recebe vaias em evento com Lula e deixa local alegando ter outros compromissos
O prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab (DEM), foi vaiado durante evento nesta quinta-feira (29) na capital paulista que reuniu catadores de lixo. A vaia começou já na hora que o prefeito foi chamado para subir ao palco e durou todo o tempo do seu discurso, de cerca de um minuto. Com ar constrangido, o prefeito deixou o local em seguida e sua assessoria alegou que ele tinha outros compromissos.
A reação do público mudou quando o Presidente Lula foi anunciado. Ele foi aplaudido e subiu ao palco aos gritos de “Lula, cadê você. Eu vim aqui só para te ver”.
No mesmo evento também estava o ex-prefeito e deputado federal Paulo Maluf (PP-SP), que também recebeu vaias, mas em proporções menores que as recebidas por Kassab.
Segundo a organização do evento, cerca de 1.500 catadores participaram da ExpoCatadores, evento do Movimento de Catadores de Materiais Recicláveis para divulgar a atividade e defender a sua profissionalização.
Dendê é incluído em linha de crédito do Pronaf
O dendê, fruto cujo óleo é o segundo mais comercializado no mundo, é o mais novo produto incluído na linha de Crédito para Investimento em Energia Renovável e Sustentabilidade Ambiental, que faz parte do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf).
A decisão foi aprovada nesta quarta-feira (28), pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) e estabelece limite de crédito de R$ 65 mil por agricultor, sendo R$ 6.500 por hectare.
A concessão de crédito está condicionada à existência de contrato de fornecimento para a indústria, incluindo compromisso de compra da produção, fornecimento de mudas e assistência técnica e à adimplência do mutuário do Pronaf.
Google lança novo Orkut
O Google apresentou na manhã desta quinta-feira (29) a nova versão do Orkut, rede social mais utilizada do país. A plataforma foi redesenhada e exigirá mais do navegador do internauta. A empresa sugere que os usuários tenham uma edição atualizada do Chrome, Firefox, Safari ou Internet Explorer para navegar no novo Orkut.
Governo do Estado de São Paulo trabalhando por você: Carne podre era servida em escola e hospital
A Polícia Civil fechou ontem um frigorífico que armazenava mais de 30 toneladas de carne com validade vencida ou prestes a vencer. O alimento era reembalado com datas de validade falsas e vendido para hospitais, creches, escolas e penitenciárias de São Paulo e mais dois Estados.
O frigorífico ficava na rua João Graeber, 164, no Parque São Lucas (zona leste de SP). No local havia carne bovina, suína, de peixe e embutidos em cinco câmaras frias repletas de sujeira e bolor. Havia alimentos armazenados sem refrigeração em corredores."Os clientes são, na maioria, prefeituras, hospitais, penitenciárias e algumas empresas privadas", disse o delegado Anderson Pires Giampaoli, da 2ª Delegacia de Saúde Pública do DPPC (Departamento de Polícia de Proteção à Cidadania). Segundo ele, a polícia acredita que o grupo, cujo dono é o empresário Eduardo Antônio Gouveia dos Santos, 57 anos, usava pelo menos quatro razões sociais, entre elas, frigorífico Gouveia Santos, para participar de diferentes tipos de licitação.
De acordo com a polícia, as empresas dele conseguiam vencer as licitações porque compravam carne prestes a vencer de outros frigoríficos por preços muito mais baixos que os de mercado.A carne então era descongelada e recebia novas embalagens e etiquetas com carimbos federais e datas de vencimento futuras. Depois, ela era reembalada e congelada.
Foi encontrado no frigorífico peças de carne com validade vencida há um ano e meio que haviam recebido novo prazo de validade datado de janeiro de 2010.Segundo levantamento preliminar da polícia, entre os clientes estavam mais de 20 prefeituras de São Paulo e de Minas Gerais --que usavam os alimentos para fazer merenda escolar e comida de hospital.
Também recebiam carne a Secretaria de Estado da Administração Penitenciária, que abastecia pelo menos dez penitenciárias e o Hospital do Servidor Público Municipal. A Secretaria da Segurança Pública do Mato Grosso do Sul também era cliente.
O frigorífico ficava na rua João Graeber, 164, no Parque São Lucas (zona leste de SP). No local havia carne bovina, suína, de peixe e embutidos em cinco câmaras frias repletas de sujeira e bolor. Havia alimentos armazenados sem refrigeração em corredores."Os clientes são, na maioria, prefeituras, hospitais, penitenciárias e algumas empresas privadas", disse o delegado Anderson Pires Giampaoli, da 2ª Delegacia de Saúde Pública do DPPC (Departamento de Polícia de Proteção à Cidadania). Segundo ele, a polícia acredita que o grupo, cujo dono é o empresário Eduardo Antônio Gouveia dos Santos, 57 anos, usava pelo menos quatro razões sociais, entre elas, frigorífico Gouveia Santos, para participar de diferentes tipos de licitação.
De acordo com a polícia, as empresas dele conseguiam vencer as licitações porque compravam carne prestes a vencer de outros frigoríficos por preços muito mais baixos que os de mercado.A carne então era descongelada e recebia novas embalagens e etiquetas com carimbos federais e datas de vencimento futuras. Depois, ela era reembalada e congelada.
Foi encontrado no frigorífico peças de carne com validade vencida há um ano e meio que haviam recebido novo prazo de validade datado de janeiro de 2010.Segundo levantamento preliminar da polícia, entre os clientes estavam mais de 20 prefeituras de São Paulo e de Minas Gerais --que usavam os alimentos para fazer merenda escolar e comida de hospital.
Também recebiam carne a Secretaria de Estado da Administração Penitenciária, que abastecia pelo menos dez penitenciárias e o Hospital do Servidor Público Municipal. A Secretaria da Segurança Pública do Mato Grosso do Sul também era cliente.
Até a Veja ironiza o DEM:A juventude do DEM e o CQC…
Você já ouviu falar da juventude do DEM? Nem eu. Mas o partido crê firmemente que ela existe e quer motivá-la.
Como? Está preparando um megaevento para a juventude do partido para este feriado de…finados. Será Blumenau, Santa Catarina.
Com o objetivo de reunir mais de 800 militantes, o partido, que vem perdendo parlamentares ano após ano, convidou o âncora do CQC, Marcelo Tas, o consultor de imagem Mario Rosa, o cientista político Antonio Lavareda, e até um líder estudantil anti-chavista da Venezuela.Os temas anunciados são basicamente: internet, a imagem dos políticos e a militância de oposição.Quem diria que um dia o Lauro Jardim, empregado da Veja, fosse escrever isso. Sinais dos tempos!
Rá rá rá, uma data bem apropriada pra reuniar a juventude dos demos! Que até pode existir, mas só na idade, porque no pensamento e nas ações representam o atraso e a senilidade da decadente elite política brasileira. Agora...Logo no dia dos finados?. Estará presente ACM e os generais da Ditadura?
Como? Está preparando um megaevento para a juventude do partido para este feriado de…finados. Será Blumenau, Santa Catarina.
Com o objetivo de reunir mais de 800 militantes, o partido, que vem perdendo parlamentares ano após ano, convidou o âncora do CQC, Marcelo Tas, o consultor de imagem Mario Rosa, o cientista político Antonio Lavareda, e até um líder estudantil anti-chavista da Venezuela.Os temas anunciados são basicamente: internet, a imagem dos políticos e a militância de oposição.Quem diria que um dia o Lauro Jardim, empregado da Veja, fosse escrever isso. Sinais dos tempos!
Rá rá rá, uma data bem apropriada pra reuniar a juventude dos demos! Que até pode existir, mas só na idade, porque no pensamento e nas ações representam o atraso e a senilidade da decadente elite política brasileira. Agora...Logo no dia dos finados?. Estará presente ACM e os generais da Ditadura?
Motorista de ambulância é nono infectado com meningite em Porto Seguro
O motorista de ambulância da Secretaria Municipal da Saúde de Porto Seguro, a 709 km de Salvador, Jhonatas de Jesus da Silva, 39, é a nona vítima da meningite meningocócica C na região. Desde a semana passada, quatro pessoas morreram por conta da doença. O estado de saúde dele é grave: está em coma na unidade de terapia semi-intensiva do Hospital Luís Eduardo Magalhães, em Porto Seguro, onde estão internadas outras três pessoas infectadas.
IPVA: QUEM NÃO PAGAR VAI FICAR COM NOME SUJO
A partir do ano que vem o pagamento do IPVA (Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores) vai se tornar um compromisso ainda mais sério. O governo estadual pretende criar um mecanismo para sujar o nome do inadimplente. A primeira medida será o protesto da dívida, e, caso persista o não pagamento, o nome do proprietário do veículo vai parar na Serasa.
Vacina contra meningite é vendida à R$ 190
Segundo informações do Jornal A Tarde de hoje (29/10), em Trancoso, Porto Seguro e Arraia da Ajuda, a vacina contra a meningite do tipo C tem preços que variam entre R$ 150 a R$ 190. São vendidas em clínicas particulares. A vacina tem efeito entre 15 e 30 dias após a aplicação. Apesar do apelo das pessoas, o secretário municipal de Saúde, Manoel Messias Boaventura, tem dito que não há motivos para vacinar a população no momento.
O infectologista e presidente da Associação Baiana de Infectologia, Adriano Oliveira, avalia que, em caso de surto, como o que está configurado na região de Porto Seguro, a preocupação deve ser com a identificação dos sintomas e o rápido tratamento.
“Em uma situação como aquela, qualquer pessoa que apresentar febre alta, até que se prove o contrário, está com a doença meningocócica. É preciso procurar imediatamente o médico para começar o tratamento com o antibiótico”, informou.
Ainda segundo a matéria do jornalista Mário Bittencourt, Turistas já estão cancelando estadas que estavam previstas para o feriado do próximo dia 2 de novembro, segunda-feira, Dia de Finados, pelo menos em três pousadas.
O infectologista e presidente da Associação Baiana de Infectologia, Adriano Oliveira, avalia que, em caso de surto, como o que está configurado na região de Porto Seguro, a preocupação deve ser com a identificação dos sintomas e o rápido tratamento.
“Em uma situação como aquela, qualquer pessoa que apresentar febre alta, até que se prove o contrário, está com a doença meningocócica. É preciso procurar imediatamente o médico para começar o tratamento com o antibiótico”, informou.
Ainda segundo a matéria do jornalista Mário Bittencourt, Turistas já estão cancelando estadas que estavam previstas para o feriado do próximo dia 2 de novembro, segunda-feira, Dia de Finados, pelo menos em três pousadas.
Classes D e E puxaram consumo na crise
A base da pirâmide social, as classes D e E, de menor renda, foi responsável pela metade do crescimento das vendas de alimentos e artigos de higiene e limpeza vendidos nos supermercados no primeiro semestre deste ano, revela um estudo da consultoria Nielsen.
As 44 categorias de produtos pesquisadas em 8.400 domicílios brasileiros tiveram um acréscimo no volume de vendas de 3% no primeiro semestre deste ano em relação aos mesmos meses de 2008. E as classes D e E contribuíram com 50% dessa variação no período.
"Ao contrário do que se previa, o desemprego se manteve controlado, a confiança do consumidor foi aos poucos retomada e a população de baixa renda voltou às compras", afirma o executivo de atendimento da consultoria, Sergio Pupo.
Apesar do medo da crise, as classes D e E, que são 36% dos lares brasileiros, ampliaram em 4% a frequência ao supermercado no primeiro semestre deste ano e gastaram 1% a mais a cada compra, mostra a pesquisa. Com isso, aumentaram em 5% o desembolso total com as compras de supermercado no primeiro semestre de 2009 ante igual período de 2008, superando a média do mercado como um todo, que foi 3%.
Já as famílias de classe C reduziram em 1% a compra média, apesar de terem aumentado em 5% a frequência de compras. O que resultou num acréscimo de apenas 1% do gasto total nos supermercados para esse estrato social no período.
Segundo Pupo, o padrão de consumo dos itens vendidos nos supermercados já retomou os níveis pré-crise. De acordo com a pesquisa, 42% das categorias apresentaram crescimento no primeiro semestre deste ano e 31%, estabilidade, ante os mesmos meses de 2008. No primeiro semestre de 2007 na comparação com igual período de 2006, 41% dos itens apresentavam crescimento e 42%, estabilidade. O quadro mudou completamente no primeiro semestre de 2008, quando só 21% dos itens vendidos nos supermercados tiveram acréscimo ante o mesmo período de 2007 e 47% estabilidade, nas mesmas bases de comparação.
A consultoria, que também pesquisa a confiança do consumidor em 50 países, detectou melhora do humor do brasileiro em geral. No segundo trimestre deste ano, o Brasil subiu três posições no ranking mundial da confiança do consumidor. No primeiro trimestre deste ano, o País ocupava a sétima posição, com 88 pontos, e no segundo trimestre passou para a quarta posição, com 96 pontos. Esse resultado supera a média global de 82 pontos. Entre os Brics, grupo de países emergentes que inclui Brasil, Rússia, Índia e China, o índice de confiança do brasileiro só perdeu no segundo trimestre deste ano para a do indiano (112 pontos). Tanto o chinês, com 94 pontos, e o russo, com 82 pontos, foram superados pelos brasileiros.
Na análise de Pupo, esse otimismo pode ser considerado como tendência. De acordo com uma enquete feita no segundo trimestre, 46% dos brasileiros consideram excelentes e boas as perspectivas para o emprego nos próximos 12 meses.
As 44 categorias de produtos pesquisadas em 8.400 domicílios brasileiros tiveram um acréscimo no volume de vendas de 3% no primeiro semestre deste ano em relação aos mesmos meses de 2008. E as classes D e E contribuíram com 50% dessa variação no período.
"Ao contrário do que se previa, o desemprego se manteve controlado, a confiança do consumidor foi aos poucos retomada e a população de baixa renda voltou às compras", afirma o executivo de atendimento da consultoria, Sergio Pupo.
Apesar do medo da crise, as classes D e E, que são 36% dos lares brasileiros, ampliaram em 4% a frequência ao supermercado no primeiro semestre deste ano e gastaram 1% a mais a cada compra, mostra a pesquisa. Com isso, aumentaram em 5% o desembolso total com as compras de supermercado no primeiro semestre de 2009 ante igual período de 2008, superando a média do mercado como um todo, que foi 3%.
Já as famílias de classe C reduziram em 1% a compra média, apesar de terem aumentado em 5% a frequência de compras. O que resultou num acréscimo de apenas 1% do gasto total nos supermercados para esse estrato social no período.
Segundo Pupo, o padrão de consumo dos itens vendidos nos supermercados já retomou os níveis pré-crise. De acordo com a pesquisa, 42% das categorias apresentaram crescimento no primeiro semestre deste ano e 31%, estabilidade, ante os mesmos meses de 2008. No primeiro semestre de 2007 na comparação com igual período de 2006, 41% dos itens apresentavam crescimento e 42%, estabilidade. O quadro mudou completamente no primeiro semestre de 2008, quando só 21% dos itens vendidos nos supermercados tiveram acréscimo ante o mesmo período de 2007 e 47% estabilidade, nas mesmas bases de comparação.
A consultoria, que também pesquisa a confiança do consumidor em 50 países, detectou melhora do humor do brasileiro em geral. No segundo trimestre deste ano, o Brasil subiu três posições no ranking mundial da confiança do consumidor. No primeiro trimestre deste ano, o País ocupava a sétima posição, com 88 pontos, e no segundo trimestre passou para a quarta posição, com 96 pontos. Esse resultado supera a média global de 82 pontos. Entre os Brics, grupo de países emergentes que inclui Brasil, Rússia, Índia e China, o índice de confiança do brasileiro só perdeu no segundo trimestre deste ano para a do indiano (112 pontos). Tanto o chinês, com 94 pontos, e o russo, com 82 pontos, foram superados pelos brasileiros.
Na análise de Pupo, esse otimismo pode ser considerado como tendência. De acordo com uma enquete feita no segundo trimestre, 46% dos brasileiros consideram excelentes e boas as perspectivas para o emprego nos próximos 12 meses.
Lula fala de TV que tenta levar a 'pensamento único'
Em discurso na inauguração de dois novos estúdios da Rede Record de televisão, o Presidente Lula disse que, "alguns formadores de opinião" de tentam "conduzir a opinião pública" para formar o que chamou de "pensamento único". Lula elogiou o surgimento de novas opções na TV brasileira e pediu que ainda surjam outras alternativas no setor para que haja mais concorrência.
"Não seria bom para o Brasil se a gente tivesse apenas uma televisão produzindo novela. Não seria bom para o Brasil se a gente tivesse apenas uma televisão dando informações", disse o Presidente.
"Antigamente, sem controle remoto, (a televisão) ficava num canal só porque a gente ficava brigando em família para ver quem levantava para mudar o canal. Mas, agora, com controle remoto, não precisa levantar, é só clicar", afirmou. "O que está acontecendo na verdade? Essas alternativas estão permitindo que o povo brasileiro não seja vítima de alguns formadores de opinião pública que não querem formar opinião pública, mas querem conduzi-la a um pensamento único, a uma verdade única, sem permitir que as pessoas tenham possibilidade de ter opções de informação."
Lula elogiou a iniciativa da Rede Record, que começou a investir em 2005. "não era muita gente que acreditava no Brasil" naquela época. "Aqueles que em 2002 não tinham votado em mim, depois da vitória, ficaram em 2003 e 2004 torcendo para que o governo não desse certo", declarou. "Acompanho os meios de comunicação no Brasil e sei o quanto a Record e o povo da Record foram vítimas de preconceito."
O Presidente lembrou que, ao assumir o governo, o País, além de não ter reservas internacionais, devia US$ 30 bilhões ao FMI. "Hoje este país pagou ao FMI, emprestamos mais US$ 10 bilhões ao FMI e temos US$ 230 bilhões em reservas para dar segurança para a balança comercial e para enfrentar crises como esta que enfrentamos", afirmou Lula, tentando fazer um paralelo com a atuação da Record.
O Presidente chegou acompanhado do governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral (PMDB), e dos ministros Dilma Rousseff (Casa Civil), Franklin Martins (Comunicação Social) e Orlando Silva (Esportes). Ciceroneado pelo presidente da Rede Record, Alexandre Raposo, conheceu os novos estúdios, antes da solenidade. Lula brincou de cameraman, chegando a focalizar a ministra Dilma e o governador do Rio.
O Presidente também brincou de filmar os fotógrafos que o acompanhavam e gritou: "Cena 1, imprensa!" Cabral também entrou na brincadeira, entrevistando Lula: "É o programa Jornalismo de Verdade, vou entrevistar o homem mais importante do Brasil". A uma repórter da Record, o Presidente afirmou que, para sobreviver, o político tem que ser "um pouco artista".
"Não seria bom para o Brasil se a gente tivesse apenas uma televisão produzindo novela. Não seria bom para o Brasil se a gente tivesse apenas uma televisão dando informações", disse o Presidente.
"Antigamente, sem controle remoto, (a televisão) ficava num canal só porque a gente ficava brigando em família para ver quem levantava para mudar o canal. Mas, agora, com controle remoto, não precisa levantar, é só clicar", afirmou. "O que está acontecendo na verdade? Essas alternativas estão permitindo que o povo brasileiro não seja vítima de alguns formadores de opinião pública que não querem formar opinião pública, mas querem conduzi-la a um pensamento único, a uma verdade única, sem permitir que as pessoas tenham possibilidade de ter opções de informação."
Lula elogiou a iniciativa da Rede Record, que começou a investir em 2005. "não era muita gente que acreditava no Brasil" naquela época. "Aqueles que em 2002 não tinham votado em mim, depois da vitória, ficaram em 2003 e 2004 torcendo para que o governo não desse certo", declarou. "Acompanho os meios de comunicação no Brasil e sei o quanto a Record e o povo da Record foram vítimas de preconceito."
O Presidente lembrou que, ao assumir o governo, o País, além de não ter reservas internacionais, devia US$ 30 bilhões ao FMI. "Hoje este país pagou ao FMI, emprestamos mais US$ 10 bilhões ao FMI e temos US$ 230 bilhões em reservas para dar segurança para a balança comercial e para enfrentar crises como esta que enfrentamos", afirmou Lula, tentando fazer um paralelo com a atuação da Record.
O Presidente chegou acompanhado do governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral (PMDB), e dos ministros Dilma Rousseff (Casa Civil), Franklin Martins (Comunicação Social) e Orlando Silva (Esportes). Ciceroneado pelo presidente da Rede Record, Alexandre Raposo, conheceu os novos estúdios, antes da solenidade. Lula brincou de cameraman, chegando a focalizar a ministra Dilma e o governador do Rio.
O Presidente também brincou de filmar os fotógrafos que o acompanhavam e gritou: "Cena 1, imprensa!" Cabral também entrou na brincadeira, entrevistando Lula: "É o programa Jornalismo de Verdade, vou entrevistar o homem mais importante do Brasil". A uma repórter da Record, o Presidente afirmou que, para sobreviver, o político tem que ser "um pouco artista".
O DILEMA DE MARINA
A senadora Marina Silva, tradicional quadro do PT, que mudou-se recentemente para o PV e cogita ser candidata à Presidência da República em 2010, tem um enorme desafio pela frente. Como conciliar sua visão política e ecológica do desenvolvimento do Brasil à aliança dos verdes com as forças neoliberais do país?
Essa dicotomia entre Marina e o partido a que se filiou, e, sobretudo, a seus aliados nacionais, ficou evidente na opinião da senadora sobre a CPI do MST, estimulada por DEM e PSDB, parceiros do PV no projeto nacional. Profunda conhecedora das questões da terra, Marina defendeu que a CPI não se limitasse a repasses do governo a entidades que lutam pela reforma agrária, mas que tratasse da questão fundiária no país em todos os seus aspectos.
Essa visão mais profunda incluiria, naturalmente, grilagem de terras, índices de produtividade, assassinatos no campo e o próprio modelo agrícola do país, o que não interessa aos ruralistas, abrigados principalmente nos partidos aliados ao PV.
Seringueira e defensora de um modelo de desenvolvimento sustentável, condição que a levou a romper com o partido de toda a vida por temer um desenvolvimentismo predatório, Marina não teria como compactuar com ruralistas, responsáveis pelo desmatamento que corresponde a mais da metade das emissões de carbono do país. Tampouco poderia estar ao lado da agropecuária, segunda atividade que mais contribui para o aquecimento global no Brasil.
Marina Silva talvez fosse a pessoa política com mais capacidade de fazer avançar a agenda de desenvolvimento do país, que recuperou para o Estado o planejamento das atividades econômicas e sociais, mas isso parece incompatível na legenda em que se abrigou. O Brasil cresce, reduz as desigualdades, pressiona as empresas a se comprometerem com o país e na ânsia de retomar o tempo perdido pelos anos de neoliberalismo deixa de lado algumas alternativas de desenvolvimento que Marina poderia apontar.
A senadora teria na próxima eleição um importante papel de denunciar certas incongruências e forçar compromissos dos candidatos com maior cacife eleitoral. Mas a incongruência maior seria usar como palanque justamente a tribuna onde estão os maiores adversários de sua visão política.
A cada vez que se manifesta, Marina explicita as contradições das alianças dos verdes, e sua mudança para o partido torna-se um mistério. O único cenário imaginável seria o da sua candidatura isolada à Presidência pelo PV, enquanto PSDB e DEM apoiariam José Serra ou Aécio Neves. Restaria a pergunta sobre quem ela apoiaria se não passasse ao segundo turno e a disputa ficasse entre estes tradicionais aliados e o PT? A Marina Silva que conhecemos certamente votaria no seu ex-partido, enquanto os verdes, por sua recente trajetória, ficariam com os neoliberais.
Sérgio Porto, se vivo fosse, comporia um segundo samba do crioulo doido.
Essa dicotomia entre Marina e o partido a que se filiou, e, sobretudo, a seus aliados nacionais, ficou evidente na opinião da senadora sobre a CPI do MST, estimulada por DEM e PSDB, parceiros do PV no projeto nacional. Profunda conhecedora das questões da terra, Marina defendeu que a CPI não se limitasse a repasses do governo a entidades que lutam pela reforma agrária, mas que tratasse da questão fundiária no país em todos os seus aspectos.
Essa visão mais profunda incluiria, naturalmente, grilagem de terras, índices de produtividade, assassinatos no campo e o próprio modelo agrícola do país, o que não interessa aos ruralistas, abrigados principalmente nos partidos aliados ao PV.
Seringueira e defensora de um modelo de desenvolvimento sustentável, condição que a levou a romper com o partido de toda a vida por temer um desenvolvimentismo predatório, Marina não teria como compactuar com ruralistas, responsáveis pelo desmatamento que corresponde a mais da metade das emissões de carbono do país. Tampouco poderia estar ao lado da agropecuária, segunda atividade que mais contribui para o aquecimento global no Brasil.
Marina Silva talvez fosse a pessoa política com mais capacidade de fazer avançar a agenda de desenvolvimento do país, que recuperou para o Estado o planejamento das atividades econômicas e sociais, mas isso parece incompatível na legenda em que se abrigou. O Brasil cresce, reduz as desigualdades, pressiona as empresas a se comprometerem com o país e na ânsia de retomar o tempo perdido pelos anos de neoliberalismo deixa de lado algumas alternativas de desenvolvimento que Marina poderia apontar.
A senadora teria na próxima eleição um importante papel de denunciar certas incongruências e forçar compromissos dos candidatos com maior cacife eleitoral. Mas a incongruência maior seria usar como palanque justamente a tribuna onde estão os maiores adversários de sua visão política.
A cada vez que se manifesta, Marina explicita as contradições das alianças dos verdes, e sua mudança para o partido torna-se um mistério. O único cenário imaginável seria o da sua candidatura isolada à Presidência pelo PV, enquanto PSDB e DEM apoiariam José Serra ou Aécio Neves. Restaria a pergunta sobre quem ela apoiaria se não passasse ao segundo turno e a disputa ficasse entre estes tradicionais aliados e o PT? A Marina Silva que conhecemos certamente votaria no seu ex-partido, enquanto os verdes, por sua recente trajetória, ficariam com os neoliberais.
Sérgio Porto, se vivo fosse, comporia um segundo samba do crioulo doido.
CUIDADO COM OS BURROS MOTIVADOS
A revista ISTO É publicou esta entrevista de Camilo Vannuchi. O entrevistado é Roberto Shinyashiki, médico psiquiatra, com Pós-Graduação em administração de empresas pela USP, consultor organizacional e conferencista de renome nacional e internacional.
Em 'Heróis de Verdade', o escritor combate a supervalorização das aparências, diz que falta ao Brasil competência, e não auto-estima.
ISTO É - Quem são os heróis de verdade?
Roberto Shinyashiki -- Nossa sociedade ensina que, para ser uma pessoa de sucesso, você precisa ser diretor de uma multinacional, ter carro importado, viajar de primeira classe.
O mundo define que poucas pessoas deram certo.
Isso é uma loucura. Para cada diretor de empresa, há milhares de funcionários que não chegaram a ser gerentes.
E essas pessoas são tratadas como uma multidão de fracassados.
Quando olha para a própria vida, a maioria se convence de que não valeu à pena, porque não conseguiu ter o carro, nem a casa maravilhosa.
Para mim, é importante que o filho da moça que trabalha na minha casa, possa se orgulhar da mãe.
O mundo precisa de pessoas mais simples e transparentes.
Heróis de verdade são aqueles que trabalham para realizar seus projetos de vida, e não para impressionar os outros.
São pessoas que sabem pedir desculpas e admitiram que erraram.
ISTO É -O Sr. citaria exemplos?
Shinyashiki -- Quando eu nasci, minha mãe era empregada doméstica e meu pai, órfão aos sete anos, empregado em uma farmácia.
Morávamos em um bairro miserável em São Vicente (SP) chamado Vila Margarida. Eles são meus heróis.
Conseguiram criar seus quatro filhos, que hoje estão bem.
Acho lindo quando o Cafu põe uma camisa em que está escrito '100% Jardim Irene'.
É pena que a maior parte das pessoas esconda suas raízes.
O resultado é um mundo vítima da depressão, doença que acomete hoje 10% da população americana.
Em países como o Japão, a Suécia e a Noruega, há mais suicídio do que homicídio.
Por que tanta gente se mata?
Parte da culpa está na depressão das aparências, que acomete a mulher, que embora não ame mais o marido, mantém o casamento, ou o homem que passa décadas em um emprego, que não o faz se sentir realizado, mas o faz se sentir seguro.
ISTO É -- Qual o resultado disso?
Shinyashiki -- Paranóia e depressão cada vez mais precoce.
O pai quer preparar o filho para o futuro e mete o menino em aulas de inglês, informática e mandarim. Aos nove ou dez anos a depressão aparece.
A única coisa que prepara uma criança para o futuro, é ela poder ser criança.
Com a desculpa de prepará-los para o futuro, os malucos dos pais estão roubando a infância dos filhos.. Essas crianças serão adultos inseguros e terão discursos hipócritas.
Aliás, a hipocrisia já predomina no mundo corporativo.
ISTO É - Por quê?
Shinyashiki -- O mundo corporativo virou um mundo de faz-de-conta, a começar pelo processo de recrutamento.
É contratado o sujeito com mais marketing pessoal.
As corporações valorizam mais a auto-estima do que a competência.
Sou presidente da Editora Gente e entrevistei uma moça que respondia todas as minhas perguntas com uma ou duas palavras.
Disse que ela não parecia demonstrar interesse.
Ela me respondeu estar muito interessada, mas como falava pouco, pediu que eu pesasse o desempenho dela, e não a conversa. Até porque ela era candidata a um emprego na contabilidade, e não de relações públicas.
Contratei-a na hora.
Num processo clássico de seleção, ela não passaria da primeira etapa.
ISTO É - Há um script estabelecido?
Shinyashiki -- Sim. Quer ver uma pergunta estúpida feita por um presidente de multinacional no programa 'O Aprendiz'?
- Qual é seu defeito?
Todos respondem que o defeito é não pensar na vida pessoal:
- Eu mergulho de cabeça na empresa. Preciso aprender a relaxar.
É exatamente o que o Chefe quer escutar.
Por que você acha que nunca alguém respondeu ser desorganizado ou esquecido?
É contratado quem é bom em conversar, em fingir.
Da mesma forma, na maioria das vezes, são promovidos aqueles que fazem o jogo do poder.
O vice-presidente de uma as maiores empresas do planeta me disse:
'Sabe, Roberto, ninguém chega à vice-presidência sem mentir'.
Isso significa que quem fala a verdade não chega a diretor!
ISTO É - Temos um modelo de gestão que premia pessoas mal preparadas?
Shinyashiki -Ele cria pessoas arrogantes, que não têm a humildade de se preparar, que não têm capacidade de ler um livro até o fim e não se preocupam com o conhecimento.
Muitas equipes precisam de motivação, mas o maior problema no Brasil é competência.
Cuidado com os burros motivados.
Há muita gente motivada fazendo besteira.
Não adianta você assumir uma função, para a qual não está preparado.
Fui cirurgião e me orgulho de nunca um paciente ter morrido na minha mão.
Mas tenho a humildade de reconhecer que isso nunca aconteceu graças a meus chefes, que foram sábios em não me dar um caso, para o qual eu não estava preparado.
Hoje, o garoto sai da faculdade achando que sabe fazer uma neurocirurgia.
O Brasil se tornou incompetente e não acordou para isso.
ISTO É - Está sobrando auto-estima?
Shinyashiki - Falta às pessoas a verdadeira auto-estima.
Se eu preciso que os outros digam que sou o melhor, minha auto-estima está baixa.
Antes, o ter conseguia substituir o ser.
O cara mal-educado dava uma gorjeta alta para conquistar o respeito do garçom.
Hoje, como as pessoas não conseguem nem ser, nem ter, o objetivo de vida se tornou parecer.
As pessoas parecem que sabem, parece que fazem, parece que acreditam.
E poucos são humildes para confessar que não sabem.
ISTO É -Por que nos deixamos levar por essa necessidade de sermos perfeitos em tudo
e de valorizar a aparência?
Shinyashiki -Isso vem do vazio que sentimos.
A gente continua valorizando os heróis. Quem vai salvar o Brasil? O Lula. Quem vai salvar o time? O técnico.
Quem vai salvar meu casamento? O terapeuta.
O problema é que eles não vão salvar nada!
Tive um professor de filosofia que dizia:
'Quando você quiser entender a essência do ser
humano, imagine a rainha Elizabeth com uma crise de diarréia durante um jantar no Palácio de Buckingham'. Pode parecer incrível, mas a rainha Elizabeth também tem diarréia.
Ela certamente já teve dor de dente, já chorou de tristeza, já fez coisas que não deram certo.
A gente tem de parar de procurar super-heróis, porque se o super-herói não segura a onda, todo mundo o considera um fracassado.
ISTO É - O conceito muda quando a expectativa não se comprova?
Shinyashiki - Exatamente. A gente não é super-herói nem superfracassado.
A gente acerta, erra, tem dias de alegria e dias de tristeza.
Não há nada de errado nisso.
Hoje, as pessoas estão questionando o Lula, em parte porque acreditavam que ele fosse mudar suas vidas e se decepcionaram.
A crise será positiva se elas entenderem que a responsabilidade pela própria vida é delas.
ISTO É - Muitas pessoas acham que é fácil para o Roberto Shinyashiki dizer essas coisas, já que ele é bem-sucedido. O senhor tem defeitos?
Shinyashiki -Tenho minhas angústias e inseguranças. Mas aceitá-las faz minha vida fluir facilmente.
Há várias coisas que eu queria e não consegui.
Jogar na Seleção Brasileira, tocar nos Beatles (risos). Meu filho mais velho nasceu com uma doença cerebral e hoje tem 25 anos.
Com uma criança especial, eu aprendi que, ou eu a amo do jeito que ela é, ou vou massacrá-la o resto da vida para ser o filho que eu gostaria que fosse.
Quando olho para trás, vejo que 60% das coisas que fiz deram certo. O resto foram apostas e erros.
Dia desses apostei na edição de um livro, que não deu certo.
Um amigão me perguntou: 'Quem decidiu publicar esse livro?'
Eu respondi que tinha sido eu. O erro foi meu. Não preciso mentir.
ISTO É - Como as pessoas podem se livrar dessa tirania da aparência?
Shinyashiki - O primeiro passo é pensar nas coisas que fazem as pessoas cederem a essa tirania e tentar evitá-las.
São três fraquezas:
A primeira é precisar de aplauso, a segunda é precisar se sentir amada e a terceira é buscar segurança.
Os Beatles foram recusados por gravadoras e nem por isso desistiram.
Hoje, o erro das escolas de música é definir o estilo do aluno.
Elas ensinam a tocar como o Steve Vai, o B. B. King ou o Keith Richards.
Os MBAs têm o mesmo problema: ensinam os alunos a serem covers do Bill Gates.
O que as escolas deveriam fazer é ajudar o aluno a desenvolver suas próprias potencialidades.
ISTO É - Muitas pessoas têm buscado sonhos que não são seus?
Shinyashiki - A sociedade quer definir o que é certo. São quatro loucuras da sociedade...
A primeira é instituir que todos têm de ter sucesso, como se eles não tivessem significados individuais.
A segunda loucura é:
Você tem de estar feliz todos os dias.
A terceira é:
Você tem que comprar tudo o que puder. O resultado é esse consumismo absurdo.
Por fim, a quarta loucura:
Você tem de fazer as coisas do jeito certo. Jeito certo não existe.
Não há um caminho único para se fazer as coisas. As metas são interessantes para o sucesso, mas não para a felicidade.
Felicidade não é uma meta, mas um estado de espírito.
Tem gente que diz que não será feliz, enquanto não casar, enquanto outros se dizem infelizes justamente por causa do casamento.
Você pode ser feliz tomando sorvete, ficando em casa com a família ou com amigos verdadeiros, levando os filhos para brincar ou indo à praia ou ao cinema..
Quando era recém-formado em São Paulo , trabalhei em um hospital de pacientes terminais.
Todos os dias morriam nove ou dez pacientes.
Eu sempre procurei conversar com eles na hora da morte.
A maior parte pega o médico pela camisa e diz:
'Doutor, não me deixe morrer. Eu me sacrifiquei à vida inteira, agora eu quero aproveitá-la e ser feliz'.
Eu sentia uma dor enorme por não poder fazer nada. Ali eu aprendi que a felicidade é feita de coisas pequenas.
Ninguém na hora da morte diz se arrepender por não ter aplicado o dinheiro em imóveis ou ações, mas sim de ter esperado muito tempo ou perdido várias oportunidades para aproveitar a vida.
Em 'Heróis de Verdade', o escritor combate a supervalorização das aparências, diz que falta ao Brasil competência, e não auto-estima.
ISTO É - Quem são os heróis de verdade?
Roberto Shinyashiki -- Nossa sociedade ensina que, para ser uma pessoa de sucesso, você precisa ser diretor de uma multinacional, ter carro importado, viajar de primeira classe.
O mundo define que poucas pessoas deram certo.
Isso é uma loucura. Para cada diretor de empresa, há milhares de funcionários que não chegaram a ser gerentes.
E essas pessoas são tratadas como uma multidão de fracassados.
Quando olha para a própria vida, a maioria se convence de que não valeu à pena, porque não conseguiu ter o carro, nem a casa maravilhosa.
Para mim, é importante que o filho da moça que trabalha na minha casa, possa se orgulhar da mãe.
O mundo precisa de pessoas mais simples e transparentes.
Heróis de verdade são aqueles que trabalham para realizar seus projetos de vida, e não para impressionar os outros.
São pessoas que sabem pedir desculpas e admitiram que erraram.
ISTO É -O Sr. citaria exemplos?
Shinyashiki -- Quando eu nasci, minha mãe era empregada doméstica e meu pai, órfão aos sete anos, empregado em uma farmácia.
Morávamos em um bairro miserável em São Vicente (SP) chamado Vila Margarida. Eles são meus heróis.
Conseguiram criar seus quatro filhos, que hoje estão bem.
Acho lindo quando o Cafu põe uma camisa em que está escrito '100% Jardim Irene'.
É pena que a maior parte das pessoas esconda suas raízes.
O resultado é um mundo vítima da depressão, doença que acomete hoje 10% da população americana.
Em países como o Japão, a Suécia e a Noruega, há mais suicídio do que homicídio.
Por que tanta gente se mata?
Parte da culpa está na depressão das aparências, que acomete a mulher, que embora não ame mais o marido, mantém o casamento, ou o homem que passa décadas em um emprego, que não o faz se sentir realizado, mas o faz se sentir seguro.
ISTO É -- Qual o resultado disso?
Shinyashiki -- Paranóia e depressão cada vez mais precoce.
O pai quer preparar o filho para o futuro e mete o menino em aulas de inglês, informática e mandarim. Aos nove ou dez anos a depressão aparece.
A única coisa que prepara uma criança para o futuro, é ela poder ser criança.
Com a desculpa de prepará-los para o futuro, os malucos dos pais estão roubando a infância dos filhos.. Essas crianças serão adultos inseguros e terão discursos hipócritas.
Aliás, a hipocrisia já predomina no mundo corporativo.
ISTO É - Por quê?
Shinyashiki -- O mundo corporativo virou um mundo de faz-de-conta, a começar pelo processo de recrutamento.
É contratado o sujeito com mais marketing pessoal.
As corporações valorizam mais a auto-estima do que a competência.
Sou presidente da Editora Gente e entrevistei uma moça que respondia todas as minhas perguntas com uma ou duas palavras.
Disse que ela não parecia demonstrar interesse.
Ela me respondeu estar muito interessada, mas como falava pouco, pediu que eu pesasse o desempenho dela, e não a conversa. Até porque ela era candidata a um emprego na contabilidade, e não de relações públicas.
Contratei-a na hora.
Num processo clássico de seleção, ela não passaria da primeira etapa.
ISTO É - Há um script estabelecido?
Shinyashiki -- Sim. Quer ver uma pergunta estúpida feita por um presidente de multinacional no programa 'O Aprendiz'?
- Qual é seu defeito?
Todos respondem que o defeito é não pensar na vida pessoal:
- Eu mergulho de cabeça na empresa. Preciso aprender a relaxar.
É exatamente o que o Chefe quer escutar.
Por que você acha que nunca alguém respondeu ser desorganizado ou esquecido?
É contratado quem é bom em conversar, em fingir.
Da mesma forma, na maioria das vezes, são promovidos aqueles que fazem o jogo do poder.
O vice-presidente de uma as maiores empresas do planeta me disse:
'Sabe, Roberto, ninguém chega à vice-presidência sem mentir'.
Isso significa que quem fala a verdade não chega a diretor!
ISTO É - Temos um modelo de gestão que premia pessoas mal preparadas?
Shinyashiki -Ele cria pessoas arrogantes, que não têm a humildade de se preparar, que não têm capacidade de ler um livro até o fim e não se preocupam com o conhecimento.
Muitas equipes precisam de motivação, mas o maior problema no Brasil é competência.
Cuidado com os burros motivados.
Há muita gente motivada fazendo besteira.
Não adianta você assumir uma função, para a qual não está preparado.
Fui cirurgião e me orgulho de nunca um paciente ter morrido na minha mão.
Mas tenho a humildade de reconhecer que isso nunca aconteceu graças a meus chefes, que foram sábios em não me dar um caso, para o qual eu não estava preparado.
Hoje, o garoto sai da faculdade achando que sabe fazer uma neurocirurgia.
O Brasil se tornou incompetente e não acordou para isso.
ISTO É - Está sobrando auto-estima?
Shinyashiki - Falta às pessoas a verdadeira auto-estima.
Se eu preciso que os outros digam que sou o melhor, minha auto-estima está baixa.
Antes, o ter conseguia substituir o ser.
O cara mal-educado dava uma gorjeta alta para conquistar o respeito do garçom.
Hoje, como as pessoas não conseguem nem ser, nem ter, o objetivo de vida se tornou parecer.
As pessoas parecem que sabem, parece que fazem, parece que acreditam.
E poucos são humildes para confessar que não sabem.
ISTO É -Por que nos deixamos levar por essa necessidade de sermos perfeitos em tudo
e de valorizar a aparência?
Shinyashiki -Isso vem do vazio que sentimos.
A gente continua valorizando os heróis. Quem vai salvar o Brasil? O Lula. Quem vai salvar o time? O técnico.
Quem vai salvar meu casamento? O terapeuta.
O problema é que eles não vão salvar nada!
Tive um professor de filosofia que dizia:
'Quando você quiser entender a essência do ser
humano, imagine a rainha Elizabeth com uma crise de diarréia durante um jantar no Palácio de Buckingham'. Pode parecer incrível, mas a rainha Elizabeth também tem diarréia.
Ela certamente já teve dor de dente, já chorou de tristeza, já fez coisas que não deram certo.
A gente tem de parar de procurar super-heróis, porque se o super-herói não segura a onda, todo mundo o considera um fracassado.
ISTO É - O conceito muda quando a expectativa não se comprova?
Shinyashiki - Exatamente. A gente não é super-herói nem superfracassado.
A gente acerta, erra, tem dias de alegria e dias de tristeza.
Não há nada de errado nisso.
Hoje, as pessoas estão questionando o Lula, em parte porque acreditavam que ele fosse mudar suas vidas e se decepcionaram.
A crise será positiva se elas entenderem que a responsabilidade pela própria vida é delas.
ISTO É - Muitas pessoas acham que é fácil para o Roberto Shinyashiki dizer essas coisas, já que ele é bem-sucedido. O senhor tem defeitos?
Shinyashiki -Tenho minhas angústias e inseguranças. Mas aceitá-las faz minha vida fluir facilmente.
Há várias coisas que eu queria e não consegui.
Jogar na Seleção Brasileira, tocar nos Beatles (risos). Meu filho mais velho nasceu com uma doença cerebral e hoje tem 25 anos.
Com uma criança especial, eu aprendi que, ou eu a amo do jeito que ela é, ou vou massacrá-la o resto da vida para ser o filho que eu gostaria que fosse.
Quando olho para trás, vejo que 60% das coisas que fiz deram certo. O resto foram apostas e erros.
Dia desses apostei na edição de um livro, que não deu certo.
Um amigão me perguntou: 'Quem decidiu publicar esse livro?'
Eu respondi que tinha sido eu. O erro foi meu. Não preciso mentir.
ISTO É - Como as pessoas podem se livrar dessa tirania da aparência?
Shinyashiki - O primeiro passo é pensar nas coisas que fazem as pessoas cederem a essa tirania e tentar evitá-las.
São três fraquezas:
A primeira é precisar de aplauso, a segunda é precisar se sentir amada e a terceira é buscar segurança.
Os Beatles foram recusados por gravadoras e nem por isso desistiram.
Hoje, o erro das escolas de música é definir o estilo do aluno.
Elas ensinam a tocar como o Steve Vai, o B. B. King ou o Keith Richards.
Os MBAs têm o mesmo problema: ensinam os alunos a serem covers do Bill Gates.
O que as escolas deveriam fazer é ajudar o aluno a desenvolver suas próprias potencialidades.
ISTO É - Muitas pessoas têm buscado sonhos que não são seus?
Shinyashiki - A sociedade quer definir o que é certo. São quatro loucuras da sociedade...
A primeira é instituir que todos têm de ter sucesso, como se eles não tivessem significados individuais.
A segunda loucura é:
Você tem de estar feliz todos os dias.
A terceira é:
Você tem que comprar tudo o que puder. O resultado é esse consumismo absurdo.
Por fim, a quarta loucura:
Você tem de fazer as coisas do jeito certo. Jeito certo não existe.
Não há um caminho único para se fazer as coisas. As metas são interessantes para o sucesso, mas não para a felicidade.
Felicidade não é uma meta, mas um estado de espírito.
Tem gente que diz que não será feliz, enquanto não casar, enquanto outros se dizem infelizes justamente por causa do casamento.
Você pode ser feliz tomando sorvete, ficando em casa com a família ou com amigos verdadeiros, levando os filhos para brincar ou indo à praia ou ao cinema..
Quando era recém-formado em São Paulo , trabalhei em um hospital de pacientes terminais.
Todos os dias morriam nove ou dez pacientes.
Eu sempre procurei conversar com eles na hora da morte.
A maior parte pega o médico pela camisa e diz:
'Doutor, não me deixe morrer. Eu me sacrifiquei à vida inteira, agora eu quero aproveitá-la e ser feliz'.
Eu sentia uma dor enorme por não poder fazer nada. Ali eu aprendi que a felicidade é feita de coisas pequenas.
Ninguém na hora da morte diz se arrepender por não ter aplicado o dinheiro em imóveis ou ações, mas sim de ter esperado muito tempo ou perdido várias oportunidades para aproveitar a vida.
quinta-feira, 29 de outubro de 2009
Câmara absolve deputado que xingou Lula
Corregedoria arquiva oito denúncias contra Jair Bolsonaro (PP-RJ), que chamou presidente de “homossexual” e ministra de “assaltante”, e tripudiou busca por mortos na Guerrilha do Araguaia.
A Mesa Diretora da Câmara arquivou de uma só vez oito representações contra o deputado Jair Bolsonaro (PP-RJ), acusado de dar declarações "violentas de ódio e desrespeito" em pronunciamentos na Casa, entre 2004 e 2005. O deputado foi denunciado por, entre outras coisas, chamar o presidente Lula de “homossexual” e a ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, de “especialista em assalto e furto”.
O parecer que recomendou o arquivamento das representações, incluindo as declarações contra Lula e Dilma, é do corregedor da Casa, Antonio Carlos Magalhães Neto (DEM-BA). O corregedor sugeriu que o parlamentar fosse apenas “alertado" de que, em caso de reincidência, poderá responder a processo por quebra de decoro parlamentar.
O deputado do PP também escapou de punição por ter afixado um cartaz em seu gabinete em que tripudia as buscas do governo federal por corpos dos desaparecidos na Guerrilha do Araguaia. Na legislatura passada, a Casa havia arquivado uma representação contra ele após uma briga com a deputada Mario do Rosário (PT-RS), que por pouco não terminou em agressão física.
Jair Bolsonaro é um sobrevivente na Câmara. Em seu quinto mandato consecutivo na Casa, o deputado recebeu seis punições por causa de pronunciamentos agressivos e entrevistas polêmicas. Foram três censuras verbais e duas por escrito. Em todos os casos, escapou da abertura de processo de cassação do mandato. "Com que moral vão me cassar aqui?", provoca.
Veja outras declarações polêmicas do deputado.
Fuzilamento
No governo Fernando Henrique Cardoso, a Câmara foi menos complacente com o parlamentar fluminense. Em programa exibido pela TV Bandeirantes em 2000, o deputado sugeriu o fechamento do Congresso. E, para espanto dos entrevistadores, afirmou que durante a ditadura militar deveriam ter sido fuzilados "uns 30 mil corruptos, a começar pelo presidente Fernando Henrique Cardoso".
Por pregar o fuzilamento do então presidente da República, a Mesa Diretora decidiu, em fevereiro daquele ano, suspender o mandato do deputado por 30 dias. Capitão e paraquedista do Exército, Bolsonaro é o único parlamentar a defender abertamente a ditadura militar.
Autor do relatório que rejeitou em bloco as novas denúncias contra o colega, ACM Neto nega que tenha agido de forma política ao absolver Bolsonaro. "Decidi pelo arquivamento, pois os fatos são antigos e os deputados que me antecederam na Corregedoria não tinham sequer notificado o deputado", disse o corregedor ao site.
"Verifico que os acontecimentos que ensejaram a representação encontram-se superados", diz o parlamentar baiano em seu relatório, aprovado pela Mesa Diretora no último dia 22 de setembro.
“Homossexual”
O presidente Lula e a ministra Dilma Rousseff entraram na mira de tiro da metralhadora verbal de Bolsonaro em 23 de junho de 2005, durante pronunciamento feito na Câmara. "Cumprimento o presidente Lula por ter nomeado para a Casa Civil uma pessoa técnica, especialista em assalto e furto", disse Bolsonaro, ao se referir à nomeação da ministra-chefe da Casa Civil.
No mesmo discurso, o deputado chamou o presidente de “homossexual”. "Se a corrupção existe nesta Casa, quem a pratica, o homossexual ativo, é o presidente Lula. Temos de começar um movimento para desbancar o presidente da República. Não queremos homossexual passivo, nem ativo, neste governo", afirmou.
As frases homofóbicas levaram o Grupo Dignidade - pela Cidadania de Gays Lésbicas e Transgêneros a representar o deputado. A representação foi encabeçada ainda pela deputada Perpétua Almeida (PCdoB-AC) e pela então deputada Teresinha Fernandes (PT-MA).
“Piores que baratas”
Outros aliados do presidente Lula – sobretudo aqueles que se envolveram na luta armada durante a ditadura militar – também foram vítimas da artilharia de Bolsonaro.
O deputado José Genoino (PT-SP), ex-preso político e militante da Guerrilha do Araguaia, foi tratado pelo parlamentar fluminense como "delator de colegas". O ex-deputado Luiz Eduardo Greenhalgh (PT-SP) foi chamado de "portador de Lesão por Esforço Repetitivo por contar dinheiro obtido em indenizações milionárias à conta da viúva.”
Já o ex-ministro da Casa Civil José Dirceu foi retratado como "terrorista, precursor de Bin Laden e especialista em tortura, sequestro e carro-bomba" . Quando comandava o Ministério da Justiça, o advogado Márcio Thomas Bastos foi apontado por ele como "defensor de marginais de alta periculosidade" .
Aos petistas, Bolsonaro disse que eram "piores do que baratas", e a ministra Dilma Rousseff aparece novamente no discurso como "integrante de quadrilha que assaltou uma casa, sendo especialista em roubo e assalto".
Confusão no Exército
O histórico de indisciplina do deputado remonta aos tempos da caserna. Quando era capitão de arma da artilharia do Exército, Jair Bolsonaro foi preso disciplinarmente por 15 dias após liderar manifestação contra os baixos soldos (salários) dos militares em 1986. O caso teve desdobramento: no ano seguinte, ele foi acusado pelo então ministro do Exército, Leônidas Pires Gonçalves, de indignidade para o oficialato.
Bolsonaro acabou sendo absolvido, em 1988, pelo Superior Tribunal Militar (STM) por nove votos a quatro. Naquele mesmo ano, entrou para a vida política ao se eleger um dos vereadores mais votados da cidade do Rio de Janeiro.
“Ditadura de merda”
As divergências do capitão do Exército com o comando militar continuam. Na porta de seu gabinete, o deputado do PP afixou recentemente um cartaz ironizando a procura dos restos mortais dos militantes de esquerda desaparecidos durante a Guerrilha do Araguaia. O cartaz dizia: “Desaparecidos da Guerrilha do Araguaia: quem procura osso é cachorro”.
"Coloquei cartaz mesmo, pois estão usando dinheiro público para coisas inúteis. Não sei por que eles estão reclamando. Essa ditadura foi uma ditadura de merda, pois sumiram só 300 pessoas; e em Cuba, na ditadura do Fidel, foram 17 mil mortos", dispara Bolsonaro.
Por causa do cartaz, o PCdoB ingressou na Câmara com pedido de instauração de processo ético-disciplinar contra o deputado. ACM Neto também arquivou essa representação e pediu apenas que o cartaz fosse retirado da porta do gabinete de Bolsonaro.
A Mesa Diretora da Câmara arquivou de uma só vez oito representações contra o deputado Jair Bolsonaro (PP-RJ), acusado de dar declarações "violentas de ódio e desrespeito" em pronunciamentos na Casa, entre 2004 e 2005. O deputado foi denunciado por, entre outras coisas, chamar o presidente Lula de “homossexual” e a ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, de “especialista em assalto e furto”.
O parecer que recomendou o arquivamento das representações, incluindo as declarações contra Lula e Dilma, é do corregedor da Casa, Antonio Carlos Magalhães Neto (DEM-BA). O corregedor sugeriu que o parlamentar fosse apenas “alertado" de que, em caso de reincidência, poderá responder a processo por quebra de decoro parlamentar.
O deputado do PP também escapou de punição por ter afixado um cartaz em seu gabinete em que tripudia as buscas do governo federal por corpos dos desaparecidos na Guerrilha do Araguaia. Na legislatura passada, a Casa havia arquivado uma representação contra ele após uma briga com a deputada Mario do Rosário (PT-RS), que por pouco não terminou em agressão física.
Jair Bolsonaro é um sobrevivente na Câmara. Em seu quinto mandato consecutivo na Casa, o deputado recebeu seis punições por causa de pronunciamentos agressivos e entrevistas polêmicas. Foram três censuras verbais e duas por escrito. Em todos os casos, escapou da abertura de processo de cassação do mandato. "Com que moral vão me cassar aqui?", provoca.
Veja outras declarações polêmicas do deputado.
Fuzilamento
No governo Fernando Henrique Cardoso, a Câmara foi menos complacente com o parlamentar fluminense. Em programa exibido pela TV Bandeirantes em 2000, o deputado sugeriu o fechamento do Congresso. E, para espanto dos entrevistadores, afirmou que durante a ditadura militar deveriam ter sido fuzilados "uns 30 mil corruptos, a começar pelo presidente Fernando Henrique Cardoso".
Por pregar o fuzilamento do então presidente da República, a Mesa Diretora decidiu, em fevereiro daquele ano, suspender o mandato do deputado por 30 dias. Capitão e paraquedista do Exército, Bolsonaro é o único parlamentar a defender abertamente a ditadura militar.
Autor do relatório que rejeitou em bloco as novas denúncias contra o colega, ACM Neto nega que tenha agido de forma política ao absolver Bolsonaro. "Decidi pelo arquivamento, pois os fatos são antigos e os deputados que me antecederam na Corregedoria não tinham sequer notificado o deputado", disse o corregedor ao site.
"Verifico que os acontecimentos que ensejaram a representação encontram-se superados", diz o parlamentar baiano em seu relatório, aprovado pela Mesa Diretora no último dia 22 de setembro.
“Homossexual”
O presidente Lula e a ministra Dilma Rousseff entraram na mira de tiro da metralhadora verbal de Bolsonaro em 23 de junho de 2005, durante pronunciamento feito na Câmara. "Cumprimento o presidente Lula por ter nomeado para a Casa Civil uma pessoa técnica, especialista em assalto e furto", disse Bolsonaro, ao se referir à nomeação da ministra-chefe da Casa Civil.
No mesmo discurso, o deputado chamou o presidente de “homossexual”. "Se a corrupção existe nesta Casa, quem a pratica, o homossexual ativo, é o presidente Lula. Temos de começar um movimento para desbancar o presidente da República. Não queremos homossexual passivo, nem ativo, neste governo", afirmou.
As frases homofóbicas levaram o Grupo Dignidade - pela Cidadania de Gays Lésbicas e Transgêneros a representar o deputado. A representação foi encabeçada ainda pela deputada Perpétua Almeida (PCdoB-AC) e pela então deputada Teresinha Fernandes (PT-MA).
“Piores que baratas”
Outros aliados do presidente Lula – sobretudo aqueles que se envolveram na luta armada durante a ditadura militar – também foram vítimas da artilharia de Bolsonaro.
O deputado José Genoino (PT-SP), ex-preso político e militante da Guerrilha do Araguaia, foi tratado pelo parlamentar fluminense como "delator de colegas". O ex-deputado Luiz Eduardo Greenhalgh (PT-SP) foi chamado de "portador de Lesão por Esforço Repetitivo por contar dinheiro obtido em indenizações milionárias à conta da viúva.”
Já o ex-ministro da Casa Civil José Dirceu foi retratado como "terrorista, precursor de Bin Laden e especialista em tortura, sequestro e carro-bomba" . Quando comandava o Ministério da Justiça, o advogado Márcio Thomas Bastos foi apontado por ele como "defensor de marginais de alta periculosidade" .
Aos petistas, Bolsonaro disse que eram "piores do que baratas", e a ministra Dilma Rousseff aparece novamente no discurso como "integrante de quadrilha que assaltou uma casa, sendo especialista em roubo e assalto".
Confusão no Exército
O histórico de indisciplina do deputado remonta aos tempos da caserna. Quando era capitão de arma da artilharia do Exército, Jair Bolsonaro foi preso disciplinarmente por 15 dias após liderar manifestação contra os baixos soldos (salários) dos militares em 1986. O caso teve desdobramento: no ano seguinte, ele foi acusado pelo então ministro do Exército, Leônidas Pires Gonçalves, de indignidade para o oficialato.
Bolsonaro acabou sendo absolvido, em 1988, pelo Superior Tribunal Militar (STM) por nove votos a quatro. Naquele mesmo ano, entrou para a vida política ao se eleger um dos vereadores mais votados da cidade do Rio de Janeiro.
“Ditadura de merda”
As divergências do capitão do Exército com o comando militar continuam. Na porta de seu gabinete, o deputado do PP afixou recentemente um cartaz ironizando a procura dos restos mortais dos militantes de esquerda desaparecidos durante a Guerrilha do Araguaia. O cartaz dizia: “Desaparecidos da Guerrilha do Araguaia: quem procura osso é cachorro”.
"Coloquei cartaz mesmo, pois estão usando dinheiro público para coisas inúteis. Não sei por que eles estão reclamando. Essa ditadura foi uma ditadura de merda, pois sumiram só 300 pessoas; e em Cuba, na ditadura do Fidel, foram 17 mil mortos", dispara Bolsonaro.
Por causa do cartaz, o PCdoB ingressou na Câmara com pedido de instauração de processo ético-disciplinar contra o deputado. ACM Neto também arquivou essa representação e pediu apenas que o cartaz fosse retirado da porta do gabinete de Bolsonaro.
Abandonada pela imprensa, CPI da Petrobrax caminha para o nada
Vocês lembram deste post:"Oposição e imprensa esqueceram por completo a CPI do PSDB. A imprensa que tanto pressionou a oposição para criar a CPI, abandonou PSDB e DEM. A oposição reclama da imprensa:O senador ACM Júnior (DEM) explicou que a oposição contava com a "colaboração da imprensa", para fazer novas denúncias e que sem isso "fica difícil surgir mais informações contra a estatal". "Botamos fé na imprensa", comentou."
A confirmação de que a oposição foi abandonada pela imprensa veio ontem, a oposição abandonou CPI da Petrobrax tucana
Pouco mais de dois meses depois do início das investigações da CPI, senadores da oposição declararam ontem que poderão recuar nas investigações. Ao tomarem conhecimento de que o gerente-executivo de Serviços da Área de Exploração e Produção da Petrobras, Erardo Gomes Barbosa, não participaria da sessão de ontem, Álvaro Dias, Sérgio Guerra (PSDB-PE) e Antonio Carlos Magalhães Júnior (DEM-BA) retiraram-se da reunião."
A reunião de ontem, começou depois de três semanas sem encontros da comissão, repetiu o cenário observado nas últimas sessões da CPI: plenário vazio, atraso para o início dos depoimentos e ausência até mesmo de senadores da oposição. A reunião começou sem o presidente da CPI, João Pedro (PT-AM), e com apenas Álvaro Dias. Dos onze titulares da comissão, oito são do governo. Os dois suplentes da oposição, Heráclito Fortes (DEM-PI) e Tasso Jereissati, não foram os mais assíduos nas sessões.
ACM Júnior, que chegou muito depois do inicio da sessão, disse que a oposição pretende apresentar novos requerimentos de convocação e discutir os rumos da CPI na reunião.
Os governistas têm ampla maioria na comissão, além dos dois cargos de comando (presidência e relatoria). Com isso, conseguem aprovar ou derrubar os requerimentos propostos pela oposição, reclamou o senador Álvaro Dias (PSDB-PR), autor do pedido de criação da comissão de inquérito.
Já o senador Tasso Jereissati (PSDB-CE), reclamou que, "nem a transmissão das sessões aparecem na televisão"
A comissão foi instalada em 14 de julho, mas os trabalhos de investigação só começaram mesmo em meados de agosto. A base governista descarta a possibilidade de prorrogar a CPI . Para a líder do governo no Congresso, Ideli Salvatti (PT-SC), todas as denúncias já foram investigadas "exaustivamente" . O comando da CPI evita falar publicamente que encerrará a comissão em novembro. "Vamos combinar com o PSDB e DEM", disse João Pedro. A duração da CPI é de 180 dias e pode ser prorrogada pelo mesmo prazo.
Para amenizar os ânimos da oposição, o presidente da CPI marcou para a próxima terça-feira (3), um dia depois do feriado do Dia de Finados, uma reunião administra. Ele também marcou audiência com o presidente da Petrobras para o dia 10 de novembro.
“Com que moral vão me cassar aqui?”
Bolsonaro diz que Congresso não tem moral para tirar seu mandato por causa de suas declarações, e que está se lixando para representações movidas contra ele.
O deputado Sérgio Moraes (PTB-RS), que disse que estar se lixando para a opinião pública, fez escola na Câmara. Jair Bolsonaro (PP-RJ) usa a mesma frase de efeito para desqualificar as representações que tentaram, sem sucesso, tirar seu mandato. Para o deputado fluminense, o Congresso não tem “moral” para cassá-lo.
"Estou me lixando para essas representações. Não vou ficar quieto. Falou mentira aqui, o bicho vai pegar. Eles não dizem que lutaram para ter liberdade de expressão? Por que agora querem cassar a minha", dispara Bolsonaro em entrevista ao Congresso em Foco. "Com que moral vão me cassar aqui neste Congresso?", questiona Bolsonaro, que vai tentar chegar ao sexto mandato consecutivo nas eleições de outubro de 2010.
Na defesa que encaminhou à Corregedoria no dia 1º de julho, o deputado alegou que tem imunidade parlamentar para falar o que bem entender e que não ofendeu os gays ao chamar o presidente Lula de “homossexual”. Seu alvo, segundo ele, era o governo federal. Bolsonaro argumenta ainda que parlamentares da oposição fizeram críticas mais duras contra o governo e que, nem por isso, sofreram representação.
Em novembro de 2003, Bolsonaro bateu boca com a deputada Maria do Rosário (PT-RS) diante das câmeras de uma rede de TV. Relatora da CPI da Exploração Sexual Infantil, Maria do Rosário daria uma entrevista sobre os desdobramentos das investigações quando foi interrompida pelo colega. O deputado defendia, em outra entrevista, a redução da maioridade penal.
Os dois travaram um briga com direito a empurrão no Salão Verde da Câmara.
Abaixo, parte do diálogo áspero entre os dois deputados:
“Rosário – O senhor é responsável por essas mortes todas, esses estupros, essa violência.
Bolsonaro – Grava aí. Eu sou estuprador agora.
Rosário – É, o senhor é estuprador.
Bolsonaro – Jamais iria estuprar você, porque você não merece.
Rosário – Eu espero que não, se não te dou uma bofetada.
Bolsonaro – Dá, que eu te dou outra. Você me chamou de estuprador, com que moral? Vagabunda
Rosário – O que é isso aqui? Desequilibrado!”
A deputada saiu aos prantos. “Mas o que é isso? Mas o que é isso?”, repetia Rosário, com incredulidade. O PT entrou com uma representação contra Bolsonaro, mas o processo também foi arquivado.
Água e flecha
Em maio do ano passado, o deputado se envolveu num bate-boca com um cacique que acompanhava uma audiência pública sobre a demarcação da reserva indígena Raposa/Serra do Sol. Bolsonaro chamou o ministro da Justiça, Tarso Genro, convidado da audiência, de “terrorista”. Em defesa do ministro, o índio jogou um copo de água no deputado. "Eu peguei um copo de água porque não tinha uma flecha. Se eu tivesse, metia uma flechada nele", declarou o cacique.
Bolsonaro acusou o índio de não ter legitimidade para defender a demarcação da reserva. "É um índio que está a soldo aqui em Brasília, veio de avião, vai agora comer uma costelinha de porco, tomar um chope, provavelmente um uísque, e quem sabe telefonar para alguém para a noite sua ser mais agradável. Esse é o índio que vem falar aqui de reserva indígena. Ele devia ir comer um capim ali fora para manter as suas origens", contra-atacou.
O deputado Sérgio Moraes (PTB-RS), que disse que estar se lixando para a opinião pública, fez escola na Câmara. Jair Bolsonaro (PP-RJ) usa a mesma frase de efeito para desqualificar as representações que tentaram, sem sucesso, tirar seu mandato. Para o deputado fluminense, o Congresso não tem “moral” para cassá-lo.
"Estou me lixando para essas representações. Não vou ficar quieto. Falou mentira aqui, o bicho vai pegar. Eles não dizem que lutaram para ter liberdade de expressão? Por que agora querem cassar a minha", dispara Bolsonaro em entrevista ao Congresso em Foco. "Com que moral vão me cassar aqui neste Congresso?", questiona Bolsonaro, que vai tentar chegar ao sexto mandato consecutivo nas eleições de outubro de 2010.
Na defesa que encaminhou à Corregedoria no dia 1º de julho, o deputado alegou que tem imunidade parlamentar para falar o que bem entender e que não ofendeu os gays ao chamar o presidente Lula de “homossexual”. Seu alvo, segundo ele, era o governo federal. Bolsonaro argumenta ainda que parlamentares da oposição fizeram críticas mais duras contra o governo e que, nem por isso, sofreram representação.
Em novembro de 2003, Bolsonaro bateu boca com a deputada Maria do Rosário (PT-RS) diante das câmeras de uma rede de TV. Relatora da CPI da Exploração Sexual Infantil, Maria do Rosário daria uma entrevista sobre os desdobramentos das investigações quando foi interrompida pelo colega. O deputado defendia, em outra entrevista, a redução da maioridade penal.
Os dois travaram um briga com direito a empurrão no Salão Verde da Câmara.
Abaixo, parte do diálogo áspero entre os dois deputados:
“Rosário – O senhor é responsável por essas mortes todas, esses estupros, essa violência.
Bolsonaro – Grava aí. Eu sou estuprador agora.
Rosário – É, o senhor é estuprador.
Bolsonaro – Jamais iria estuprar você, porque você não merece.
Rosário – Eu espero que não, se não te dou uma bofetada.
Bolsonaro – Dá, que eu te dou outra. Você me chamou de estuprador, com que moral? Vagabunda
Rosário – O que é isso aqui? Desequilibrado!”
A deputada saiu aos prantos. “Mas o que é isso? Mas o que é isso?”, repetia Rosário, com incredulidade. O PT entrou com uma representação contra Bolsonaro, mas o processo também foi arquivado.
Água e flecha
Em maio do ano passado, o deputado se envolveu num bate-boca com um cacique que acompanhava uma audiência pública sobre a demarcação da reserva indígena Raposa/Serra do Sol. Bolsonaro chamou o ministro da Justiça, Tarso Genro, convidado da audiência, de “terrorista”. Em defesa do ministro, o índio jogou um copo de água no deputado. "Eu peguei um copo de água porque não tinha uma flecha. Se eu tivesse, metia uma flechada nele", declarou o cacique.
Bolsonaro acusou o índio de não ter legitimidade para defender a demarcação da reserva. "É um índio que está a soldo aqui em Brasília, veio de avião, vai agora comer uma costelinha de porco, tomar um chope, provavelmente um uísque, e quem sabe telefonar para alguém para a noite sua ser mais agradável. Esse é o índio que vem falar aqui de reserva indígena. Ele devia ir comer um capim ali fora para manter as suas origens", contra-atacou.
Concursos no Maranhão e em Santa Catarina
A Prefeitura de Barra do Corda/MA está com inscrições abertas até o dia 6 de novembro de 2009 para preencher 943 vagas de 1°, 2° e 3° graus.
Para os cargos de nível superior e médio (magistério) na área de educação, a taxa de inscrição é de R$ 50,00. Para os demais cargos, é de R$ 30,00 para nível fundamental, R$ 40,00 para nível médio e R$ 60,00 para nível superior.
Acompanhamento do concurso pelo site da SICOPE. Confira os cargos:
Área de Educação
◦Professor 1° ao 5° ano
◦Professor 6°ao 9° ano (Português, Matemática, Ciências, História, Educação Física, Geografia, Inglês e Coordenador Pedagógico)
Nível Fundamental
◦A.S.G.
Nível Médio
◦Auxiliar de Consultório Dentário
◦Técnico em Radiologia
◦Técnico em Enfermagem
◦Técnico em Edificações
◦Guarda Municipal
◦Agente Municipal de Trânsito
◦Agente Administrativo
Nível Superior
◦Enfermeiro
◦Fisioterapeuta
◦Farmacêutico Bioquímico
A COMCAP - Companhia de Melhoramentos da Capital - de Florianópolis, Santa Catarina, está com inscrições abertas até o dia 9 de novembro de 2009 para preencher 262 vagas de nível fundamental.
A taxa de inscrição custa R$ 30,00 para todos os cargos. Os salários estão entre R$ 671,27 e R$ 1.536,65. As provas serão, provavelmente, no dia 21 de novembro.
Inscrições, edital e acompanhamento no site da Premier Concursos. Os empregos disponíveis são:
◦Auxiliar Operacional
◦Gari
◦Eletricista de Veículos
◦Motorista
◦Mecânico
Para os cargos de nível superior e médio (magistério) na área de educação, a taxa de inscrição é de R$ 50,00. Para os demais cargos, é de R$ 30,00 para nível fundamental, R$ 40,00 para nível médio e R$ 60,00 para nível superior.
Acompanhamento do concurso pelo site da SICOPE. Confira os cargos:
Área de Educação
◦Professor 1° ao 5° ano
◦Professor 6°ao 9° ano (Português, Matemática, Ciências, História, Educação Física, Geografia, Inglês e Coordenador Pedagógico)
Nível Fundamental
◦A.S.G.
Nível Médio
◦Auxiliar de Consultório Dentário
◦Técnico em Radiologia
◦Técnico em Enfermagem
◦Técnico em Edificações
◦Guarda Municipal
◦Agente Municipal de Trânsito
◦Agente Administrativo
Nível Superior
◦Enfermeiro
◦Fisioterapeuta
◦Farmacêutico Bioquímico
A COMCAP - Companhia de Melhoramentos da Capital - de Florianópolis, Santa Catarina, está com inscrições abertas até o dia 9 de novembro de 2009 para preencher 262 vagas de nível fundamental.
A taxa de inscrição custa R$ 30,00 para todos os cargos. Os salários estão entre R$ 671,27 e R$ 1.536,65. As provas serão, provavelmente, no dia 21 de novembro.
Inscrições, edital e acompanhamento no site da Premier Concursos. Os empregos disponíveis são:
◦Auxiliar Operacional
◦Gari
◦Eletricista de Veículos
◦Motorista
◦Mecânico
Lula peita Gilmar sobre MST. Já estava na hora
Lula coloca Gilmar no seu devido lugar: ventriloquo de FHC
O presidente Lula resolveu, finalmente, enfrentar o auto-nomeado líder da oposição, o Supremo Presidente do Supremo, Gilmar Dantas.
Gilmar Dantas na 898º entrevista desta semana desafiou o governo a suspender as transferências legais de recursos a movimentos sociais, como o MST.
O governo, como se sabe, não dá dinheiro ao MST.
Leia aqui trecho da reportagem na Folha Online:
Não precisa de dinheiro para cometer barbáries, diz Lula sobre MST
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva reagiu com irritação nesta terça-feira à declaração do presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), ministro Gilmar Mendes, que ontem defendeu punição para atos criminosos cometidos por movimentos sociais.
“Eu não acho nada. Não acho absolutamente nada”, afirmou o presidente ao ser perguntado sobre as declarações de Mendes. Depois, ressaltou que as entidades que pedem dinheiro a algum órgão do governo precisam apresentar documentos e proposta que passam “por um crivo” que libera ou não o dinheiro.
Como se sabe, o MST recebe recursos de instituições, como a Emater, que, segundo critérios previstos em Lei, financia projetos agrícolas.
Numa entrevista, o presidente Lula disse, primeiro, que as transferências para o MST continuarão e, o que deve significar um tiro no peito dos seguidores da senadora Kátia Abreu, afirmou que dará curso à atualização dos índices de produtividade da terra, como pré-condição para realizar a reforma agrária.
Quando um repórter perguntou o que achava das opiniões do Supremo Presidente do Supremo, Lula disse “não acho absolutamente nada”.
Essa técnica de desqualificar o interlocutor evidentemente desqualificado, o presidente Lula utilizou recentemente numa entrevista em que massacrou um repórter do PiG.
O repórter da Folha, suposto órgão de imprensa da reduzida base de apoio a Zé Pedágio, quis saber o que o presidente Lula achava da opinião de Zé Pedágio sobre o imposto na entrada de capital estrangeiro.
O objetivo secreto do repórter da Folha era elevar o Zé Pedágio à condição de interlocutor privilegiado para contestar uma política do Governo Federal.
Ou seja, fazer escada para o Zé Pedágio.
O presidente Lula observou que a opinião do Zé Pedágio sobre o câmbio ou sobre qualquer outra coisa “não interessa” a ninguém.
Agora, sobre o MST, o presidente Lula faz o mesmo e coloca o Supremo Presidente do Supremo no seu devido lugar: o de um megalomaníaco, que dá palpite sobre tudo, na tentativa de ocupar o espaço que a oposição lhe concedeu.
Conversei com amigos que o conhecem de longa data para tentar diagnosticar a patologia do Supremo Presidente do Supremo.
Defendi a tese de que ele foi acometido de hubris.
O meu amigo tem uma tese menos elaborada.
Considera que o Supremo Presidente cumpre apenas o dever de defender os interesses políticos que sempre defendeu e que culminou com a sua nomeação para o Supremo, a maior das heranças malditas de Fernando Henrique Cardoso.
Diz o meu amigo, que conhece a matéria como a palma da mão, que Gilmar Dantas defende os mesmo tipos de interesses desde que na AGU, Advocacia Geral da União, cuidou com empenho e zelo dos precatórios do Ministério dos Transportes nos bons tempos de Elizeu Padilha e o Farol de Alexandria.
Segundo essa interpretação, Gilmar Dantas não é um ministro do Supremo nem presidente do Supremo.
Ele continua a ser o advogado geral do governo Fernando Henrique.
E por isso deu dois HCs em 48 horas a Daniel Dantas, o passador de bola condenado por passar bola.
Porque ele, Gilmar, e a torcida do Flamengo sabem que Daniel Dantas detem a caixa preta do governo FHC.
O presidente Lula vai pendurar Fernando Henrique no pescoço do Serra.
O Serra vai tentar jogar Fernando Henrique no mar como fez em 2002 e como anuncia seu aliado Roberto Freire.
Quem vai defender Fernando Henrique e seus esqueletos até a morte será Gilmar Dantas.
Em tempo: O Conversa Afiada reproduz nota veiculada no portal do MST
Quatro deputados federais que assinaram o requerimento favorável à criação da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) contra o MST receberam doações da Sucocítrico Cutrale, empresa que monopoliza o mercado de laranja do Brasil e acumula denúncias na Justiça.
De acordo com o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), a fazenda da Cutrale ocupada neste mês por trabalhadores rurais Sem Terra em Iaras (SP), é uma área pública grilada.
Arnaldo Madeira (PSDB/SP) recebeu, em setembro de 2006, R$ 50.000,00 em doações da empresa. Carlos Henrique Focesi Sampaio, também do PSDB paulista, e Jutahy Magalhães Júnior (PSDB/BA), obtiveram cada um R$ 25.000,00 para suas respectivas campanhas. Nelson Marquezelli (PTB/SP) foi beneficiado com R$ 40.000,00 no mesmo período.
Os quatro parlamentares que votaram favoravelmente à CPI integram a lista dos 55 candidatos beneficiados pela empresa em 2006.
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