O desemprego reduziu pelo quarto mês consecutivo na Região Metropolitana de Salvador (RMS). A taxa da População Economicamente Ativa (PEA) que, em agosto, foi de 20%, passou para 19,4%, no mês de setembro. O desemprego aberto recuou de 12,8% para 12,0%, e o desemprego oculto aumentou de 7,2% para 7,4%, no mesmo período.
Os dados são da Pesquisa de Emprego e Desemprego (PED/RMS), realizada pela Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI), autarquia da Secretaria do Planejamento (Seplan), em parceria com o Dieese, a Universidade Federal da Bahia (Ufba), a Secretaria do Trabalho, Emprego, Renda e Esportes (Setre) e a Fundação Seade.
Na RMS, o mês de setembro apresentou a menor taxa de desemprego já registrada desde o início da série histórica da PED/RMS, iniciada em dezembro de 1996. No conjunto das regiões pesquisadas, apenas Salvador, Belo Horizonte e Porto Alegre tiveram redução do desemprego, enquanto São Paulo, Recife e Distrito Federal mantiveram-se relativamente estável.
O fator que mais contribuiu para a diminuição da taxa de desemprego, em Salvador, foi o aumento da ocupação. Em setembro, a RMS teve uma expansão do nível ocupacional de 0,8%, com a criação de 12 mil postos de trabalho. A região apresentou um total de 1.480 mil trabalhadores.
No conjunto das seis regiões abordadas pela PED - Salvador, São Paulo, Distrito Federal, Belo Horizonte, Recife e Porto Alegre -, a taxa de desemprego permaneceu relativamente estável, passando de 14,6%, em agosto, para os atuais 14,4%.
A região que teve o maior crescimento no nível de ocupação foi o Distrito Federal (1,5%), seguido de Salvador (0,8%) e Belo Horizonte (0,8%). Já em Porto Alegre e Recife, a ocupação permaneceu relativamente estável, com 0,1% e variou negativamente em São Paulo (-0,4%).
Ainda na RMS, o número de desempregados foi calculado em 356 mil indivíduos. Este resultado deve-se à criação de 12 mil postos de trabalho e a redução do número pessoas que passaram a fazer parte da PEA - mil indivíduos. Desta forma, um total de 11 mil pessoas saiu do contingente de desempregados. A taxa de participação passou de 58,3% para 58,2% da População em Idade Ativa (PIA).
Serviços e Comércio colaboraram para crescimento
Em relação aos setores de ocupação, no mês de setembro, aqueles que mais colaboraram para o crescimento foram Serviços, com 13 mil postos (1,5%), Comércio, com três mil ocupações (1,2%), e Outros Setores, que abrange os serviços domésticos e outras atividades, com duas mil vagas (1,5%). O setor de Construção Civil manteve-se estabilizado e a Indústria reduziu o número de ocupações em dois mil postos (1,7%).
O trabalho assalariado apresentou um acréscimo de 0,6%, o que significa um incremento de seis mil postos, resultado do aumento do contingente de trabalhadores no setor privado, em 1,6% (mais 12 mil pessoas), e da redução do setor público, em 2,8% (menos seis mil vagas).
No setor privado, o contingente de trabalhadores celetistas cresceu 0,8% (cinco mil), e sem carteira, 5,3% (sete mil). Aumentou o número de autônomos (três mil pessoas), de donos de negócios familiares (duas mil), e de trabalhadores domésticos (mil indivíduos).
Em agosto, o rendimento médio real elevou-se para os ocupados (0,5%) e para os assalariados (0,6%). Os valores desses rendimentos foram estimados em R$ 971 e R$ 1.077, respectivamente.
O rendimento médio real dos ocupados aumentou 2,3%, em São Paulo (passando a valer R$ 1.280), 0,7%, em Porto Alegre (R$ 1.235) e 0,6%, em Salvador (R$ 972). Praticamente não variou em Belo Horizonte, com 0,1% (R$ 1.222) e diminuiu em Recife, com 2,2% (R$ 722) e no Distrito Federal, com 0,6%, (R$ 1.827).
Em 12 meses 9 mil pessoas saíram do desemprego
A Região Metropolitana de Salvador obteve uma redução de 1,5% na taxa de desemprego nos últimos 12 meses, período em que nove mil pessoas saíram do contingente de desempregados na RMS. Na comparação entre setembro de 2009 e o mesmo período de 2008, a taxa passou de 19,7% para atuais 19,4% da PEA. Esse resultado refletiu os decréscimos do desemprego aberto, que passou de 12,2% para 12,0%, e de desemprego oculto, de 7,5% para 7,4%. No conjunto das regiões pesquisadas, a taxa de desemprego cresceu ligeiramente ao passar de 14,1%, para 14,4%, no mês atual.
A diminuição do desemprego nos últimos 12 meses, pode ser explicada pelo decréscimo em 15 mil indivíduos da População Economicamente Ativa (PEA) e pela redução em seis mil ocupações. Neste espaço de tempo, o contingente de trabalhadores reduziu de 1.486 mil pessoas para 1.480 mil e a taxa de participação retraiu-se de 60,3% para os atuais 58,2%.
No período, o nível de ocupação diminuiu (1,1%), em Belo Horizonte, (0,8%), em São Paulo e (0,4%), em Salvador. Permaneceu relativamente estável em Porto Alegre (-0,1%) e cresceu 4,1%, no Distrito Federal, e 1,6%, em Recife.
No período de 12 meses, os setores que mais colaboraram para o aumento do nível ocupacional na RMS foram, Comércio, com 20 mil empregos (8,7%) e a Construção Civil, com 10 mil postos (11,8%).
Aqueles que eliminaram postos de trabalho foram Serviços, com menos 11 mil ocupações (-1,2%), Indústria, com 12 mil postos (-9,5%) e no agregado Outros Setores, que inclui os serviços domésticos e outras atividades, 13 mil vagas (-9,2%).
O contingente de trabalhadores assalariados aumentou em 0,8%, com absorção de mais de oito mil pessoas, resultado da criação de três mil vagas no setor privado, e de cinco mil, no setor público.
Especificamente no setor privado, houve aumento de 22 mil postos de trabalho celetistas e redução de 19 mil ocupações entre os sem carteira. O contingente de autônomos aumentou em nove mil indivíduos, enquanto o número de domésticos reduziu em 12 mil e o do agregado Outros Serviços, em 11 mil. Entre agosto de 2009 e de 2008, o rendimento médio real, na RMS, diminuiu para a população ocupada (0,8%) e, em maior proporção, para a assalariada (1,2%).
No conjunto das regiões pesquisadas, os rendimentos médios reais de ocupados e assalariados cresceram 1,3% e 2,8%, respectivamente. No caso dos ocupados, este resultado refletiu os aumentos registrados em Belo Horizonte (3,2%), Porto Alegre (2,5%), Distrito Federal (1,7%) e São Paulo (1,5%), que compensaram as reduções verificadas em Recife (5,9%) e Salvador (0,7%).
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