Com o Santos fora da briga pelo título brasileiro e a possível saída do presidente Marcelo Teixeira no final do ano, Wanderley Luxemburgo já vê novo horizonte para 2010.
Ele ainda não sabe se seguirá como treinador ou se vai pendurar a prancheta. Certezas mesmo só a entrada na política e a mágoa com Luiz Gonzaga Belluzzo, presidente do Palmeiras.
Sem Marcelo Teixeira na presidência, você já disse que sai. Vai para a política?
Wanderley Luxemburgo - É outra possibilidade que pode existir na minha vida. Nunca me filiei a partido. Filiei-me ao PT agora, no Tocantins.
Por que o PT?
Luxemburgo - Sempre me identifiquei com coisas que o PT fazia, mas achava o partido radical. Passou a ser mais moderado e se encaixa mais com a minha cabeça, com o meu pensamento político-ideoló gico.
Você é amigo do Lula?
Luxemburgo - Tenho amizade com o Lula, que foi o petista que mais evoluiu. Se você pegar o Lula de anos atrás e pegar o de hoje, verá que evoluiu na ideologia. Algumas coisas que fazia com radicalismo no partido foram mudando. Isso mostra que o PT evoluiu.
Por que o Tocantins? Está preparado para as críticas por não ter identificação com esse Estado?
Luxemburgo - O mundo está globalizado. Qual é o problema? Por que você não pode trabalhar no Rio se for convidado? É anormal? Vocês têm tendência à crítica. Como se fosse proibido eu entender que o Tocantins possa ter uma situação em que seja possível desenvolver um trabalho melhor do que em São Paulo. Num mundo globalizado, com possibilidades, alternativas de trabalho, você fala inglês fluente e o convidam para um jornal em Nova York. Vai deixar de ir porque é brasileiro? É crescimento. No Norte, é onde precisam de um projeto de esporte, pois não tem. O Tocantins é um Estado que promete. Tem só 20 anos e muita coisa a ser feita.
Como é para um técnico top ficar sem lutar pela taça?
Luxemburgo - Estaria brigando pelo título. Não deixaram, é diferente. Montei um projeto no Palmeiras para brigar pelo título deste ano e pela Libertadores do ano que vem.
O que pensa do presidente do Palmeiras, Luiz Gonzaga Belluzzo, que o demitiu?
Luxemburgo - Belluzzo foi um dirigente nada diferente dos de anos trás. Mostrou mentalidade retrógrada, apesar de dizer que é moderno. É fácil deixar de discutir a situação e mandar o cara embora. O que aconteceu eu não sei, pois não houve nada que pudesse caracterizar uma perda de cargo. A minha saída foi por pressão de diretores e da Mancha Verde [torcida organizada]. Eu tinha brigado com a Mancha e o Belluzzo aceitou a imposição dela. Infelizmente, ele tomou a decisão porque se sentava na arquibancada.
Pensa em seleção ainda?
Luxemburgo - Nem penso. Se um dia tiver convite, vou pensar. O meu projeto já passou.
domingo, 25 de outubro de 2009
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