PORQUE ILHÉUS AINDA NÃO ERIGIU NADA EM MEMÓRIA DO TEU FILHO?
ONDE ESTÃO OS POLÍTICOS RIDÍCULOS QUE ILHÉUS SEMPRE ELEGEU?
Ilhéus também teve seu desaparecido político. Trata-se de ANTONIO CARLOS MONTEIRO TEIXEIRA.
Militante do PARTIDO COMUNISTA DO BRASIL (PC do B).
Nasceu em 22 de agosto de 1944 em Ilhéus/BA, filho de Gerson da Silva Teixeira e Maria Luiza Monteiro Teixeira.
Desaparecido na Guerrilha do Araguaia.
Geólogo, formado pela UFBA. Casado com Dinalva Monteiro Teixeira, destacada guerrilheira e também desaparecida.
Teve grande participação no movimento estudantil nos anos 1967/1968. Em 1969, após contrair matrimônio com Dinalva, foram residir e trabalhar no Rio de Janeiro, no Ministério das Minas e Energia. Era membro da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC). Em maio de 1970 foi, juntamente com Dina, para o Araguaia, indo viver na região de Caiano – DestacamentoC.
Segundo seus companheiros, foi ferido em combate no dia 21 de setembro de 1972, quando foram mortos Francisco Manoel Chaves e José Toledo de Oliveira. Foi levado preso para São Geraldo do Araguaia e torturado até a morte.
Estaria enterrado no cemitério de Xambioá.
O Relatório do Ministério da Marinha diz que “em dezembro de 1972 foi identificado, por fotografia, como sendo o prof. Antônio que lecionava, no período de junho a dezembro de 1971, na Escola dos Padres de São Félix, em Terra Nova no sopé da Serra do Roncador.”
Os relatórios dos três ministérios militares não fazem nenhuma referência à sua morte.
Muito obrigado pelo teu idealismo e por dado a sua vida em prol de um sonho de igualdade e liberdade!
Que a tua imagem e a tua história possa se perpetuar como um dos heróis deste País.
Fique com DEUS amigo!
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Quero parabenizar este belíssimo e tocante texto.
ResponderExcluirE a mim, especialmente, foi ainda mais emocionante lê-lo, por ser Antonio Carlos um membro da minha família.
É impossível de se alcançar o sofrimento vivido por ele e seus companheiros torturados e mortos. Tento imaginar o que eles passaram, mas sei que foi muito maior do que qualquer tentativa, por mais sensível que seja.
Mais uma vez parabéns Prof. Paulo, por este resgate da nossa história e pela singela e justa homenagem.
Que Deus o abençoe também.
Abraço,
Danny Almeida Muller