quarta-feira, 28 de outubro de 2009

UM MARTIR ILHEENSE!!!

PORQUE ILHÉUS AINDA NÃO ERIGIU NADA EM MEMÓRIA DO TEU FILHO?
ONDE ESTÃO OS POLÍTICOS RIDÍCULOS QUE ILHÉUS SEMPRE ELEGEU?


Ilhéus também teve seu desaparecido político. Trata-se de ANTONIO CARLOS MONTEIRO TEIXEIRA.
Militante do PARTIDO COMUNISTA DO BRASIL (PC do B).
Nasceu em 22 de agosto de 1944 em Ilhéus/BA, filho de Gerson da Silva Teixeira e Maria Luiza Monteiro Teixeira.
Desaparecido na Guerrilha do Araguaia.
Geólogo, formado pela UFBA. Casado com Dinalva Monteiro Teixeira, destacada guerrilheira e também desaparecida.
Teve grande participação no movimento estudantil nos anos 1967/1968. Em 1969, após contrair matrimônio com Dinalva, foram residir e trabalhar no Rio de Janeiro, no Ministério das Minas e Energia. Era membro da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC). Em maio de 1970 foi, juntamente com Dina, para o Araguaia, indo viver na região de Caiano – DestacamentoC.
Segundo seus companheiros, foi ferido em combate no dia 21 de setembro de 1972, quando foram mortos Francisco Manoel Chaves e José Toledo de Oliveira. Foi levado preso para São Geraldo do Araguaia e torturado até a morte.
Estaria enterrado no cemitério de Xambioá.
O Relatório do Ministério da Marinha diz que “em dezembro de 1972 foi identificado, por fotografia, como sendo o prof. Antônio que lecionava, no período de junho a dezembro de 1971, na Escola dos Padres de São Félix, em Terra Nova no sopé da Serra do Roncador.”
Os relatórios dos três ministérios militares não fazem nenhuma referência à sua morte.
Muito obrigado pelo teu idealismo e por dado a sua vida em prol de um sonho de igualdade e liberdade!
Que a tua imagem e a tua história possa se perpetuar como um dos heróis deste País.
Fique com DEUS amigo!

Um comentário:

  1. Quero parabenizar este belíssimo e tocante texto.
    E a mim, especialmente, foi ainda mais emocionante lê-lo, por ser Antonio Carlos um membro da minha família.
    É impossível de se alcançar o sofrimento vivido por ele e seus companheiros torturados e mortos. Tento imaginar o que eles passaram, mas sei que foi muito maior do que qualquer tentativa, por mais sensível que seja.
    Mais uma vez parabéns Prof. Paulo, por este resgate da nossa história e pela singela e justa homenagem.
    Que Deus o abençoe também.
    Abraço,
    Danny Almeida Muller

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