quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

Foi uma marolinha: Brasil retoma fase de crescimento econômico, confirma estudo



Estudo divulgadoontem (28) pelo Comitê de Datação de Ciclos Econômicos (Codace) identificou o encerramento do ciclo de recessão no Brasil, provocado pela crise financeira internacional, e o retorno a uma fase de crescimento econômico.

O vice-diretor do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV), Vagner Ardeo, que colabora como relator desse comitê independente, disse à Agência Brasil que a recessão durou do último trimestre de 2008 até o primeiro trimestre de 2009. “De lá para cá, a gente vive um período de expansão. Com certeza, estamos em crescimento, estamos em expansão.”

Ardeo esclareceu que o Codace não faz previsões para o futuro. O comitê acompanha a economia e faz adaptações. Apesar disso, Ardeo disse que “esse período de expansão está em pleno curso e não há no horizonte nada que possa indicar a ocorrência de uma nova recessão.”

O cenário de expansão leva em conta também uma retomada da economia mundial, assinalou ele. “A economia brasileira não é uma ilha. Então, evidentemente que o futuro vai depender de algumas variáveis”.

De acordo com o estudo, somente nos dois últimos trimestres de recessão houve uma queda de 3,8% do Produto Interno Bruto (PIB), que é a soma das riquezas produzidas no país, superior à redução trimestral média de 0,8% do PIB brasileiro registrada nas sete recessões anteriores.

“Foi uma recessão forte, muito concentrada na indústria, e rápida”, enfatizou Ardeo. Ele destacou que no contexto global essa foi a crise mais importante desde a crise de 1929. “Então, se pode dizer que nenhuma economia do mundo deixou de ser afetada”.

Ele analisou, porém, que graças à política econômica adotada pelo governo federal, que conseguiu colocar de novo o país no rumo da expansão, o Brasil conseguiu sair da crise internacional melhor do que a maioria dos países. A partir do segundo trimestre deste ano, sublinhou, teve início o processo de retomada da economia brasileira. “E tudo indica que o quarto trimestre também caminha nessa mesma direção.”

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