sábado, 26 de dezembro de 2009

Tem coisa, que só o Zé Pedágio faz pra você: Arrecadação de pedágio cresce 17% e quebra recorde em SP

Correção de tarifas e abertura de mais praças de cobrança elevam arrecadação no Estado em 17% neste ano, para R$ 4,5 bi.

Empresas concessionárias obtêm retorno muito acima da taxa básica de juros.

Arrecadação de tarifas nas rodovias paulistas vai atingir recorde de R$ 4,55 bi em 2009, 17,3% superior ao ano passado, informa reportagem da Folha do Serra.

A arrecadação de pedágios em toda a malha rodoviária paulista vai atingir um nível recorde de R$ 4,55 bilhões em 2009, revelam dados da Artesp (Agência de Transportes do Estado de São Paulo). O valor é 17,3% superior ao que foi arrecadado no ano passado.

Em 2008, o governo Serra retomou o programa de concessões rodoviárias e promoveu a licitação do Rodoanel Oeste e dos cinco lotes de corredores (Ayrton Senna/Carvalho Pinto, Marechal Rondon Oeste e Leste, D. Pedro I e Raposo Tavares). No total, essas seis concessões irão operar 38 praças: 21 novas, 12 herdadas das estatais Dersa e DER e outras cinco que ainda entrarão em operação no início de 2010.

Com esses novos lotes em operação, o Estado alcançará um número de 117 praças de pedágio, a maioria com cobranças nos dois sentidos.

Segundo a Artesp, desde o início do processo de concessões de rodovias em São Paulo, a arrecadação com pedágios no Estado já soma R$ 27 bilhões, recursos que ajudaram a bancar os custos operacionais (R$ 7,63 bilhões), a pagar parte das outorgas com o governo do Estado (R$ 3,93 bilhões), a recolher impostos e contribuições (R$ 6,12 bilhões) e a fazer investimentos (R$ 10,5 bilhões).

Empresas lucram

No atual cenário econômico global, a aposta feita no fim dos anos 1990 deverá recompensar.Nos 12 lotes concedidos naquela época, a taxa média de retorno da proposta apresentada nos leilões chegava a 19,4% ao ano -e em alguns casos, segundo a Folha apurou, essa taxa pode ser bastante superior.

Só em termos comparativos, a taxa Selic - que remunera os títulos do governo brasileiro - é hoje de 8,75% ao ano. O período em que foram feitas essas concessões diz muito sobre esses números, tão maiores do que os níveis de retorno admitidos hoje.

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