quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

Religião, individualidade e o agente causal

Religiões pregam a ética, a moral, o respeito entre os individuos etc etc. Aliás seria dificil encontrar uma religião que pregasse o contrario. Mas o peculiar é quando o individuo não age pela influencia da religião apenas como um produto de condicionamento do comportamento, mas pela ação de uma transformação interna pela qual a ética, a moral e o respeito entre os individuos sejam uma consequencia direta, consciente e natural de uma escolha.

De acordo com A. Chesnut em um trabalho sobre a competição de seitas religiosas na America Latina, ele "toma como pressuposto uma relação dialética entre a sociedade e a religião, na qual o produto religioso deve ter uma relevância na realidade social de seus fiéis. Sua abordagem aplica os instrumentos da teoria microeconômica para compreender como e porque ocorre a grande adesão às religiões de maior popularidade e em crescimento. "

"Segundo essa teoria, demonstrada no trabalho de Finke e Stark (1992), todo monopólio religioso é assegurado pela coerção estatal, tal como o monopólio econômico. Assim, o agente religioso não seria obrigado a suprir as necessidades espirituais de seus fiéis – pelo contrário, os fiéis é que deveriam se adequar aos produtos oferecidos pelo agente, o que causaria apatia por parte dos fiéis e acomodação por parte do agente. É o que teria ocorrido na América Ibérica durante cerca de quatrocentos anos de colonização. Com a separação entre Igreja Católica e Estado, concretizada a partir do século XIX, a Igreja continuaria a exercer influência sobre os povos latinos, mas em um contexto diferente: o do livre mercado religioso, em que é garantido o direito de crer e de não crer."

De Marcos Rebello

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