segunda-feira, 28 de dezembro de 2009
Lula reserva agenda do 2º semestre para campanha
Decidido a carregar Dilma Rousseff nos ombros, Lula ajusta a agenda de 2010 ao calendário da campanha eleitoral.
Concentrou as viagens internacionais do seu último ano de mandato no primeiro semestre. No segundo, percorrerá o Brasil.
Planeja participar de comícios noturnos, fora do horário do expediente. Terão primazia os Estados em que o desempenho de Dilma for pior.
No topo da lista de prioridades estão os três maiores colégios eleitorais do país: São Paulo, Minas e Rio.
As viagens de campanha serão feitas no aerolula. Mas o dinheiro do querosene do avião terá de ser bancado pelo PT.
A campanha da sucessão vai às ruas em ritmo de toque-de-caixa depois das convenções partidárias, em junho.
Antes, Lula pretende fazer pelo menos sete viagens internacionais. Em janeiro, deve voar para a Suíça. Planeja participar do Fórum Economico Mundial, em Davos.
Em fevereiro, vai à Cúpula da América Latina e Caribe. Aproveita a viagem para realizar visita oficial ao México e a países da América Central.
Em março, Lula deve visitar, de uma tacada, quatro nações do Oriente Médio: Israel, Líbano, Palestina e Síria.
Em fins de abril ou início de maio, o presidente deseja retribuir a visita que o presidente iraniano, Mahmoud Ahmadinejad, fez ao Brasil.
Do Irã, Lula deve esticar a viagem para a Rússia. Noutra viagem, prevista para maio, vai à cúpula Brasil-União Européia, na Espanha.
Em junho, Lula deve participar da abertura de uma exposição comercial de produtos brasileiros, na China.
No derradeiro deslocamento internacional do ano, Lula planeja dar as caras na Copa do Mundo, na África do Sul.
A Copa começa em 9 de junho e se prolongará por quatro semanas. Depois disso, viagens presidenciais só em território brasileiro.
Lula não descarta a hipótese de pedir uma licença do cargo de presidente para dedicar-se exclusivamente à campanha.
Cogita afastar-se do Planalto por até três últimos meses (julho, agosto e setembro). Anima-o a melhora no quadro de saúde do vice José Alencar.
O presidente condiciona a licença ao desempenho de Dilma nas pesquisas. Se a candidatura oficial ganhar velocidade de cruzeiro, a providência, por desnecessária, pode ser descartada.
A participação de Lula na campanha é vista como algo essencial.
Pretende-se empurrar para dentro dos palanques de Dilma a atmosfera emocional da despedida de Lula, dono de popularidade lunar.
De Josias de Souza
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