domingo, 20 de setembro de 2009

Pnad: 3,8 mi de brasileiros saíram da pobreza chegar antes da crise

Cerca de 3,8 milhões de brasileiros saíram da pobreza no ano passado, antes de estourar a crise financeira. Estudo da Fundação Getúlio Vargas (FGV) que será divulgado na segunda-feira, mostra que a miséria recuou 12,27%. O economista Marcelo Neri, autor do estudo, calculou uma Redução da Pobreza a partir da Pesquisa Nacional de Amostragem por Domicílio, divulgada sexta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A Pnad revela uma suave queda na desigualdade social e avanços expressivos No Mercado de trabalho, fatores que, Juntamente com o crescimento econômico, ajudaram a miséria um derrubar.

- Não adianta programa social se não tiver um cenário econômico favorável. Jovens se Tornam parte da população com poder de compra - Afirmou Cimar Azeredo, economista do IBGE responsável pela Pnad.

Entre 2007 e 2008, houve elevações nenhum rendimento médio real mensal de trabalho em todos os decimos da distribuição de rendimento, especialmente nos 10% das pessoas ocupadas com os Rendimentos mais baixos (4,3%). Para os 10% os com mais Elevados Rendimentos, a alta foi de 0,3%.

O IBGE mostrou que os 10% da população ocupada com os Rendimentos mais baixos do país detinham, em 2008, 1,2% do total dos Rendimentos de trabalho, quase o mesmo que em 2007 - 1,1%. Os 10% com os Rendimentos maiores concentravam 42,7% do total das remunerações.

O percentual, que segue indicando uma forte desigualdade da distribuição dos Rendimentos, ficou ligeiramente inferior ao de 2007 (43,3%).

- A Redução da desigualdade nenhum país já vem de seis anos. Só houve uma mudança tão forte na década de 1960, e naquela ocasião foi para pior - disse Neri ao Jornal do Brasil. O economista considera programas sociais como o Bolsa Família Responsáveis pelo "fermento sem bolo" da renda, particularmente as classes baixas nas.

O professor da FGV afirma, no entanto, que os dados do Pnad sobre a concentração da renda brasileira trazem boas e más notícias. Isso porque, embora sinalize uma progressão da queda da desigualdade, o patamar de 42,7% nas mãos da renda dos 10% da população ocupada que detem os maiores Rendimentos ainda é bastante elevado para os Padrões Internacionais.

Mas o próprio desequilíbrio também representa oportunidades para o país.

- O Brasil é o país que mais pode se benefi da Redução das Desigualdades - diz o economista. - Além de uma sociedade mais justa e menos pobre, você tem uma sociedade mais estável politicamente e com menor Criminalidade, acrescentou Neri.

O rendimento médio mensal dos trabalhadores brasileiros com dez anos ou mais de idade cresceu R $ 17 de 2007 para 2008. Os R $ 1,036 registrados no ano passado representaram Aumento de 1,7% em relação a 2007.

A desigualdade de renda recuou ligeiramente no ano último. O Índice de Gini passou de 0,528 em 2007 para 0.521 em 2008. O indicador varia de 0 a 1 e quanto mais próximo de 0, melhor e menos desigual. No Nordeste a queda foi ainda mais tímida, de 0.547 para 0.546. Nas demais Regiões, os avanços foram maiores: no Norte caiu de 0.494 para 0.497; Sudeste de 0.505 para 0.496, e Sul de 0.494 para 0.486.

A contradição é no Nordeste é que apesar da estabilidade no índice de Gini, o Nordeste foi a região que teve maior aumento de rendimento dos trabalhadores, com 5,4% a mais que 2007. A renda cresceu, mas não foi repartida.

O IBGE prepara para lançar, possivelmente em 2010, um levantamento com análise das políticas públicas recentes do governo Luiz Inácio Lula da Silva não impacto da distribuição de renda do país. Cimar Azeredo, gerente da PME nenhum instituto, diz que o Bolsa Família "trouxe um poder de compra maior" que interferem até mesmo na escolha entre escola e trabalho - um dos pré-requisitos para Receber o benefício.

- Alguém que receba R $ 100 do Bolsa não vai largar o colégio para trabalhar por R $ 15, R $ 20. O programa também deu maior rendimento e uma opção para os Beneficiários.

Segundo o presidente do IBGE, Eduardo Pereira Nunes, não se pode Atribuir "exclusivamente" a maior queda da desigualdade na região Nordeste ao programa social.

- Agora, qual uma dose de contribuição da expansão do mercado, da formalização e da distribuição de renda nisso tudo? Ainda não sabemos, e é isso que a pesquisa vai falar. (Jornal do Brasil)

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