Num movimento que não costuma acontecer no mercado brasileiro, o número de trabalhadores cresceu mais que a população antes da crise financeira que interrompeu o crescimento da ordem de 7% da economia. O acréscimo de 2,1 milhões de vagas em 2008 reduziu o desemprego expressivamente, como mostrou a Pesquisa Nacional de Amostra de Domicílios (Pnad), realizada em setembro de 2008 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE) em 150 mil domicílios e 391 mil pessoas.
Para o presidente do IBGE, Eduardo Pereira Nunes, o forte crescimento econômico do ano passado contribuiu no aumento dos postos de trabalho. Apesar da pesquisa ter sido realizada pouco antes da crise (setembro de 2008), Nunes disse que a condição do emprego no Brasil está melhor que outros país mais desenvolvidos.
– No terceiro trimestre de 2008 o PIB tinha crescido 1,8%, depois da recessão, agora crescemos 1,9% e o desemprego se manteve próximo a como estava antes da crise. Antes, em dezembro de 2008, tínhamos 6,8% de taxa de desocupação, houve o impacto e em julho desse ano tínhamos 8%.
Nos EUA eram 4,9% desempregados em dezembro de 2007, cresceram para 7,2% no ano seguinte e agora estão com 9,7%. A Espanha tinha 8,5% em 2007, e quase dobrou nesse tempo, com 17,9% em julho desse ano – disse Nunes, lembrando que na vizinha Argentina a taxa de desocupação atual também é maior do que a brasileira (8.8%).
A região Norte teve o maior percentual de crescimento de população ocupada (4,2%), entre 2007 e 2008, passando de 6,6 milhões para 6,9 milhões de pessoas. O Sudeste concentrava em 2008 o maior contingente de pessoas ocupadas, com 39,4 milhões de pessoas. A taxa de desocupação ficou acima da média nacional no Nordeste (7,5%), no Sudeste (7,8%) e no Centro-Oeste (7,5%); e abaixo nas regiões Norte (6,5%) e Sul (4,9%).
Segundo os dados recolhidos pela Pnad, em 2007 o país tinha 8,1% entre as pessoas economicamente ativas, e caiu para 7,1% em 2008. A taxa de desocupação ficou acima da média nacional no Nordeste (7,5%), no Sudeste (7,8%) e no Centro-Oeste (7,5%); e abaixo nas regiões Norte (6,5%) e Sul (4,9%).
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