sexta-feira, 23 de outubro de 2009

Bahia vai produzir vinhos finos com tecnologia francesa

Trazer para a Bahia a tecnologia francesa para produção, em médias e pequenas vinícolas, de vinhos e espumantes de qualidade, em sistemas de cooperativas no Vale do São Francisco e em outras regiões do estado, a exemplo da Chapada Diamantina. Este é o objetivo do protocolo de intenções assinado entre Governo do Estado, com interveniência da Secretaria da Agricultura, Irrigação e Reforma Agrária (Seagri), e a Cave Coopérative des Riceys.
Pela Bahia assinaram o documento o governador Jaques Wagner e o secretário Roberto Muniz. O presidente da Cave Coopérative des Riceys, Christian Jojot, assinou pela empresa. Este foi um dos resultados da viagem da delegação baiana à França, onde participou do Salon du Chocolate e visitou as cooperativas produtoras de vinho. “Nosso objetivo é criar condições para o acesso dos pequenos e médios produtores à industrialização e verticalização da vitivinicultura”, disse o secretário Roberto Muniz.
Para o secretário, o protocolo de intenções vai permitir o estabelecimento de intercâmbio para a promoção e desenvolvimento do projeto Pequenas e Médias Vinícolas no Vale do São Francisco, em modelo de cooperativa, além do Projeto de Implantação de Unidades de Observação de Videiras Viníferas para a Produção de Vinhos Finos na Bahia. Esse projeto será implantado inicialmente na Chapada Diamantina.
Estudos que estão sendo elaborados pela Embrapa terão agora a cooperação e assessoria dos especialistas da Cave Coopérative des Riceys, com o objetivo de implantar Unidades de Observação com vinhedos experimentais na região da Chapada Diamantina, para avaliar o desempenho agronômico de videiras destinadas à produção de uvas para a elaboração de vinhos finos como nova opção e alternativa econômica sustentável ao agronegócio da região.

Cacau baiano dá show em Paris

“Estou impressionado com a evolução que o estado conseguiu, apresentando hoje um dos melhores produtos do mundo. E fico também admirado de ver como as pessoas trabalham sorrindo, demonstrando amor pelo que fazem e pelo cacau”. A afirmação é de Steffani Bonnart, um dos mais famosos chocolateiros da França, proprietário da Chocolateria Bonnart, uma indústria estabelecida em Paris há mais de 100 anos.
Bonnart esteve na Bahia há dois anos e afirma que não havia nada nesta mesma região produtora de cacau onde desta vez observou o desenvolvimento. Ele foi um dos muitos especialistas que visitaram o estande do Brasil no Salon du Chocolate, organizado pela Associação dos Produtores de Cacau da Bahia (APC), com apoio do Ministério da Agricultura, da Secretaria da Agricultura, Irrigação e Reforma Agrária (Seagri) e da Comissão Executiva para a Lavoura do Cacau (Ceplac).
“A participação da Bahia no evento internacional foi marcante e mostrou ao mundo que produzimos cacau de qualidade”, disse o secretário Roberto Muniz. Ele anunciou que foi celebrado um convênio de colaboração entre a Ceplac e o instituto Cirard, um centro de pesquisa tropical na Europa, equivalente à Embrapa brasileira, com o objetivo de melhorar ainda mais a qualidade do cacau baiano.
“Foi a primeira vez que o Brasil participou com destaque do Salão do Chocolate. Chamou a atenção do mundo da chocolateria e despertou o interesse de investidores”, disse o presidente da APC, Henrique Almeida.
Para ele, a participação do governador Jaques Wagner e do secretário Roberto Muniz serviu para demonstrar o apoio e o interesse do governo em recuperar e revitalizar a região cacaueira.

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