quarta-feira, 14 de outubro de 2009

A Folha é simplesmente ridícula

Assim como faz com todos que tem alguma ligação com Lula, agora foi a vez da Folha de S.Paulo investigar a vida do próprio Lula. A matéria nada traz de novo, além de assuntos requentados, isto é, aquecidos de novo, com outros fins, que não os de informar, analisar ou interpretar.Sem assunto para a escrever a matéria, a Folha perdeu a noção do ridículo na tentativa de escandalizar o nada: "Com mais de 60 anos, Lula recebe restituição no 1º lote. Oras, oras, a lei não é para todos?" Aqui para quem não assina.
A matéria do jornal começa induzindo quem lê, acreditar que o Presidente Lula está tendo privilégios, levando vantagens, por ser Presidente:"O presidente Luiz Inácio Lula da Silva não integra o grande grupo de contribuintes que esperam do governo a devolução do Imposto de Renda pago a mais em 2008. Lula recebeu a restituição do tributo no primeiro lote deste ano, depositado no dia 15 de junho".Pela página do fisco na internet, só é possível saber que Lula recebeu a restituição no primeiro lote, mas não o valor do tributo.
O presidente Lula tem 64 anos de idade. A Receita Federal, assim como os demais órgãos públicos, respeitam o estatuto do idoso. Assim, as pessoas com mais de 60 anos e que não apresentam pendências na declaração, têm prioridade na devolução do IR. Juntamente com Lula, mais de 1 milhão de pessoas acima dos 60 anos receberam a restituição do imposto no primeiro lote.Ufa!por instantes pensei que a lei não valia para o Presidente.Qual a credibilidade que pode ser dada a este tipo de jornal?
Sem poder escandalizar ,a matéria, a Folha parte para o lado pessoal: Lula tem pelo menos duas fontes de renda, seu salário de presidente (R$ 11.420) e a aposentadoria como indenização por ter sido perseguido pela ditadura militar (R$ 4.890). Somadas, dão aproximadamente R$ 212 mil por ano (incluindo os 13º salários).
Faltou a Folha informar: Lula começou a trabalhar aos 14 anos de idade, nos “armazéns gerais colúmbia”, onde teve a carteira assinada pela primeira vez...e sua aposentadoria só foi conseguida quando já havia completado 50 anos.A aposentadoria do INSS foi concedida depois que ele ganhou uma questão contra o governo, por ter perdido o emprego depois de ser preso diversas vezes, quando lutava pelos direitos dos trabalhadores, na época da ditadura militar...
Você deve saber que ser um líder de esquerda e lutar pelos direitos dos trabalhadores quando os militares estavam no poder era quase um suicídio...então essa aposentadoria para mim é mais do que merecida...
Como vocês puderam notar, a informação da Folha é tão relevante, que, vai mudar o resto de nossas vidas.
Mas, pelo menos, ficamos informados que, o Presidente Lula ganha menos de que Kassab que não faz nada.O prefeito Gilberto Kassab (DEM) ganha um salário mensal de R$ 12.384,04.
R$ 24.500 é o salário dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF).
Até prefeitos de cidades do interior do Brasil, ganham muito mais. Veja:

Prefeitos ganham mais que o presidente
Alana Rizzo - Estado de Minas
Patrícia Rennó - Estado de Minas


O mandato é novo. Mas os salários continuam nas alturas. Administrar algumas cidades mineiras pode ser bem lucrativo. Como não há legislação que estabeleça regras para definir o valor do subsídio, cada prefeitura paga o que quiser. Só não pode ultrapassar o teto nacional de R$ 24.500 dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF). E, nesse “cada um por si”, tem cidade pequena pagando salário grande, prefeito de média ganhando mais que o governador Aécio Neves (R$ 10,5 mil) e o presidente Lula (R$ 11.420).
Em Nova Lima, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, por exemplo, Carlinhos Rodrigues (PT) recebe, desde 2005, R$ 21.946,98, o que equivale a cerca de 47 salários mínimos. O salário dele é maior que o de Márcio Lacerda (PSB), prefeito de Belo Horizonte, que foi reajustado em 30 de dezembro e passou de R$ 15,9 mil para R$ 19 mil. O projeto gerou polêmica e a justificativa para a aprovação era de que havia necessidade de aumentar o teto salarial no município. Ainda assim, o prefeito da capital tem um dos maiores salários entre as capitais brasileiras.
Com pouco mais de 51 mil habitantes, o prefeito de Mariana, Roque Camello (PSDB), assumiu o cargo em 1º de janeiro com um polpudo contracheque. O valor (R$ 19 mil) foi mantido pela Lei 2.243/2008, sancionada pelo ex-prefeito Celso Cota (PMDB). O salário do prefeito de Itaúna, na Região Central, com cerca de 81 mil habitantes, é só um pouco menor: R$ 18 mil por mês. Quase o que recebe o prefeito de Uberlândia, Odelmo Leão (PP): R$ 18.157. A vizinha Uberaba paga salário menor, mas que também agradaria a muitos trabalhadores brasileiros: R$ 16.853 para o prefeito e R$ 11.235 para o vice. O reajuste foi feito no ano passado e Anderson Adauto (PMDB) continua no cargo.
Além dessas cidades, em Curvelo, Região Central, Pirapora e Montes Claros, no Norte, os prefeitos já recebem, desde o ano passado, mais que o presidente e o governador. Em Abaeté, Região Central, e Sabinópolis, no Vale do Rio Doce, os eleitos em 5 de outubro ganham R$ 15.108 e R$ 12 mil. Em Itabirito, na Região Central, o prefeito recebe R$ 18.315, o vice um salário bem inferior, R$ 5.702.
Tabela - Apesar dos seus 75 mil habitantes e aproximadamente 70% da economia do município ser baseada na agricultura, o prefeito de Três Corações, no Sul de Minas, recebe por mês R$ 15.251,80, um dos maiores salários da região. Segundo a Câmara Municipal, o valor foi aprovado em 2003 e desde então não sofreu reajuste. Enquanto alguns representantes do Legislativo são favoráveis ao pagamento, outros discordam, como Antônio Roberto Vilela (PSDB). “O salário do prefeito é desproporcional ao tamanho do município. Na capital o valor é de R$ 19 mil e como que aqui é R$ 15 mil?”, indagou. O vereador Altair Nogueira (PHS) defende a ideia de criar uma tabela para regulamentar os vencimentos dos agentes políticos, de acordo com o número de habitantes e arrecadação municipal. Apesar disso, ele acha justa a remuneração do prefeito de sua cidade.
O prefeito de Três Corações, Fausto Ximenes (PSDB), não quis informar qual era o valor do subsídio que recebe, mas acha que ele deveria ser maior. “O salário pode até ser maior que o do presidente, só que ele tem cartão corporativo e avião. Nós temos de passar todos os gastos da prefeitura para o Tribunal de Contas e o presidente não precisa. Se ele quiser trocar o pagamento, eu troco, desde que as mordomias dele também estejam incluídas”, afirmou.

Consciência

O advogado e professor de direito processual da Universidade Federal de Minas Gerais José Rubens Costa explica que, pela Constituição, todo agente político tem direito a um subsídio fixado em parcela única. No caso dos prefeitos, não existem regras para estabelecer esse valor. “Só que este é o teto do município e qualquer reajuste concedido a ele tem de ser no percentual pago aos demais servidores públicos”, afirma, completando que alterações na legislação não devem provocar um grande efeito. “Não moraliza nada. Temos é uma cultura. Se o prefeito da sua cidade está abusando, não o reeleja”, defende, lembrando que a população tem que tomar consciência de que é ela que escolhe quem vai administrar a cidade e com o salário que ela considerar justo. “O trabalho que o prefeito está fazendo traz benefícios para o município, para a vida das pessoas?”, questiona.

E a imprensa internacional hoje, vamos ver?

De repente, está todo o mundo falando do Brasil", escreve a "Forbes", em reportagem que lista Jogos, Copa, Brics entre os motivos para aplicar no país. No título, "Buy into Brazil", compre no Brasil.
"Mencione o Brasil e vem a adulação", abre o "Christian Science Monitor". "Sua luta contra a pobreza, sua crescente classe média, sua ascensão como potência são estudadas como modelos."
"Músico muda o tom de uma vila empobrecida", o "NYT" saudou ontem ações de Carlinhos Brown em seu bairro, em Salvador.

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