quinta-feira, 8 de outubro de 2009

Os advogados que enganam trabalhadores na porta de fábricas


Presidente Lula recebe da aposentada dona Terezinha, ex-funcionária da Defensoria Pública da União, medalha em sua homenagem

O Presidente Lula criticou ontem os advogados que ficam à espera de clientes nas portas de fábricas para ganharem honorários sobre direitos que o cidadão comum teria. Lula citou um caso próprio, quando perdeu o dedo mínimo numa máquina, na década de 60. O assunto surgiu na cerimônia para sanção da lei complementar que altera a Lei Orgânica da Defensoria Pública.
Lula disse que, na época, um advogado se aproximou dele e disse que o ajudaria a receber o seguro pelo acidente - embora não fosse necessária a atuação de um profissional. O advogado quis cobrar 20% de honorário:
Há aqueles advogados, que ficam na porta da Justiça, na verdade, muitas vezes, enganando o pobre do trabalhador. Quando se recebe uma AM (espécie de documento) do Fundo de Garantia, é só ir no banco depositar e marcar a data para receber. Mas o advogado promete: "Vai no meu escritório que eu consigo mais rápido." Aí, o coitadinho vai e não consegue mais rápido coisa nenhuma e tem de pagar 20% para o advogado.
O Presidente disse que não pagou os honorários porque recorreu a outro profissional , do sindicato, e este telefonou para o colega desistir da cobrança.
Cheguei lá, o advogado me deu um tremendo carão, uma esculhambada, mas me deu meu dinheirinho todo. Fiquei quieto porque terminei não pagando. Achei que era injustiça.
Lula disse que a Defensoria Pública permite aos mais pobres ter acesso à Justiça:
"Fico imaginando os milhões e milhões de mulheres e homens neste país que não têm ninguém para defendê-los e, às vezes, são condenados por bobagem. Ao fortalecer a Defensoria, estamos apenas garantindo ao cidadão mais humilde o mesmo direito de alguém que pode contratar o mais importante advogado deste país".

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