sábado, 24 de outubro de 2009

Vítimas do choque de gestão: Funcionalismo vai às ruas e critica política do governo Aécio


Mais uma vez o funcionalismo de Minas Gerais foi às ruas manifestar contra a política do choque de gestão do governo Aécio Neves. Cerca de 3 mil trabalhadores fizeram passeata no centro da capital nesta quarta-feira (07/10). A atividade reuniu todas as áreas do funcionalismo que reivindicam recomposição salarial e reposicionamento na carreira por tempo de serviço. A manifestação teve início na Praça Afonso Arinos e seguiu à rua da Bahia até a Palácio da Liberdade, sede do governo mineiro.
Diversos trabalhadores carregavam seus contracheques como símbolo do descaso do governo. O auxiliar de serviços de educação básica, Jonathas da Rocha, há 15 anos no Estado recebe, sem benefícios, menos do que o salário mínimo. Foi o que também informou, com o contracheque na mão, o professor aposentado Braz Rorpheiro de Sousa.
Segundo o diretor do Sind-Saúde/MG, Renato Barros, a política do choque de gestão desmantelou o estado que pratica salários base abaixo do salário mínimo. “O governo ainda sinaliza com o orçamento que não haverá reajuste no ano que vem, mas a verba de publicidade ganha aditivos de R$70 mil” criticou. Barros sugeriu aos trabalhadores que na próxima manifestação seja feito um varal dos contra-cheques para mostrar o descaso do governo.
Renato Barros lembrou também que os municipalizados e contratados do estado não recebem o prêmio de produtividade. O bônus pago aos trabalhadores desde o ano passado não atingiu os quase 6 mil trabalhadores municipalizados e nem os contratados da Rede Fhemig “É preciso manter as mobilizações para exigir do governo o pagamento da produtividade aos municipalizados da saúde e para os contratos administrativos da Fhemig, e mesmo defendendo o concurso público somos contra a forma que o governo vem promovendo a demissão dos contratos administrativos da área operacional da Fhemig não assegurando a permanência do emprego e dos direitos trabalhistas, em futuro, no concurso da MGS como vem sendo ventilado.”
O diretor do Sindicato, Romualdo Moraes, denunciou tentativas do governo de desarticular o movimento. Segundo ele, mesmo com a tentativa sem sucesso, esta manifestação foi a pedra para enterrar o choque de gestão. “O governo desde que tomou posse dizia que a maquina estava inchada. Com essa afirmativa criou o choque de gestão que na verdade serviu para tentar domesticar e infantilizar o trabalhador.”
Renato Barros completou a discussão “Maldade pura, pois a máquina pública encontra-se esvaziada, existe sim uma estrutura terceirizada, com altos salários, promovida inclusive por este governo. O Ministério Público vem intervindo e obrigando o Estado a realizar concurso público e moralizar a estrutura.
O governo preocupado com as manifestações agendou uma reunião com a Coordenação da Intersindical dos Servidores Públicos Estaduais para o próximo dia 23 de outubro as 10h na Seplag. Nesta reunião será discutido o reposicionamento na carreira por tempo de serviço e a política habitacional para o servidor público.
Vamos discutir esta questão sem deixar de lado as discussões sobre o reajuste salarial!

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