sexta-feira, 4 de dezembro de 2009
Para FHC, eleitor já está acostumado com a corrupção do DEM e PSDB
O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso deu ontem entrevista para o jornal Valor econônico e minimizou os impactos da operação Caixa de Pandora nas eleições presidenciais de 2010. Para ele, o esquema de distribuição de propinas apontado pela Polícia Federal deverá ter seus reflexos restritos à sucessão no Distrito Federal. "Do ponto de vista global, não chega a ter impactos maiores. "A população brasileira já está vendo esses casos se repetirem. É uma lástima dizer, mas dificilmente terá impactos globais. Locais vai ter", afirmou o ex-presidente, em Buenos Aires, à saída de um almoço reservado, onde falou a dirigentes da influente Associação Empresarial Argentina (AEA).
Fernando Henrique disse que está prteocupado com a repercussão na mídia internacional dos vídeos que mostram a distribuição de dinheiro na meia e na cueca a aliados do governador José Roberto Arruda (DEM). "Expõe o Brasil de uma maneira negativa, desnecessária", disse.
Apesar disso, Fernando Henrique evitou condenar explicitamente Arruda, cuja administração no Distrito Federal foi apoiada pelo PSDB. Questionado se defende o impeachment de Arruda e sua expulsão do DEM, o ex-presidente se esquivou de opinar: "Não posso defender a expulsão de alguém que não é do meu partido".
Fernando Henrique considerou "muito cedo" avaliar a influência do escândalo para uma eventual coligação entre tucanos e democratas na chapa presidencial. FHC, també disse que Dilma não é candidata à presidÊncia: "Fala-se que a Dilma Rousseff seria candidata, mas não é". Fala-se que outros querem ser candidatos. A própria Marina Silva ainda não assumiu a candidatura. Não há razão para o PSDB se precipitar. Quanto mais falar em chapa pura", afirmou.
Arruda era líder do governo de Fernando Henrique Cardoso e tinha trânsito livre no Palácio do Planalto quando renunciou, em 2001, para evitar a cassação do mandato de senador. Na época, ele ainda pertencia ao PSDB e admitiu, depois de negar várias vezes, ter quebrado o sigilo do painel eletrônico na sessão em que seus colegas votavam a cassação do então senador Luiz Estevão. Arruda foi eleito deputado federal no ano seguinte.
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