Acaba hoje talvez a pior semana para a oposição num ano que já havia sido péssimo para a trinca PSDB-DEM-PPS. Nem o petista mais otimista poderia imaginar um presente de Natal antecipado e assim tão completo.
As três principais siglas anti-Lula foram chamuscadas ao mesmo tempo. O mensalão do DEM quase derrubou o único governador da sigla, José Roberto Arruda, em Brasília. O Supremo Tribunal Federal abriu ação para apurar o mensalão do PSDB, no qual o ex-presidente nacional da sigla Eduardo Azeredo é acusado de ser um dos mandantes. E o presidente nacional do PPS, Roberto Freire, foi citado como beneficiário de propinas do panetonegate candango. Todos, por óbvio, negam ser culpados.
De camarote enquanto flanava pela Europa, Lula também observou de longe vários nomes da cúpula do PMDB serem mencionados no mensalão de Brasília. Para o PT, é uma benção manter os peemedebistas acuados. Há uma redução natural na voracidade atávica por cargos e verbas em troca do apoio a Dilma Rousseff em 2010.
Mesmo antes dos fatos devastadores recentes, as coisas já não estavam bem na seara da oposição. No final do ano passado, a Justiça Eleitoral havia cassado o então governador da Paraíba, Cássio Cunha Lima (PSDB). Há alguns meses, a governadora tucana do Rio Grande do Sul, Yeda Crusius, sofreu uma ameaça de impeachment.
A cereja do bolo da má fase da oposição é a renitente rixa entre José Serra e Aécio Neves sobre quem deve ser e quando será anunciado o nome do candidato a presidente pelo PSDB. Antes de saber o desfecho da disputa entre ambos, uma avaliação é unânime no meio político: seja quem for o ungido, terá de enfrentar o corpo mole do perdedor do embate interno.
O impacto de toda essa desgraça em 2010 ainda é incerto para tucanos e "demos". Mas, certamente, bom o efeito não deve ser.
De Fernando Rodrigues
domingo, 6 de dezembro de 2009
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