quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

Pra onde foi o dinheiro, Kassab?.



Até o início do período de chuvas, a Prefeitura de São Paulo só havia gasto a metade da grana reservada para limpeza e manutenção dos córregos da cidade. O dinheiro previsto no Orçamento da capital para esse serviço era de R$ 134,9 milhões. Mas a prefeitura gastou apenas R$ 71,7 milhões até 31 de outubro, o que corresponde a 53% do previsto.

Segundo especialistas, a limpeza dos córregos é fundamental para que os piscinões e os rios principais, como o Tamanduateí, o Pinheiros e o Tietê, não recebam sedimentos sólidos e lixo, o que compromete a capacidade de escoamento da água das chuvas e, consequentemente, de evitar enchentes como as de anteontem.

Os recursos previstos no Orçamento para esse serviço são divididos entre as subprefeituras. As administrações do Ipiranga e da Vila Prudente, por exemplo, foram duas das que menos investiram no serviço. Juntas, elas só gastaram 36% dos cerca de R$ 8 milhões previstos. Essas regiões fazem parte da bacia do rio Tietê.

Na manhã de ontem, o prefeito Gilberto Kassab (DEM) disse que "o importante a ser checado são os investimentos em drenagem. E, em relação aos governos anteriores, nós tivemos um aumento bastante significativo nesses investimentos."

Prefeitura leva 35 famílias para abrigo sujo

Cerca de 35 famílias do Parque Santa Madalena, em Sapopemba (zona leste de SP), que ficaram desabrigadas devido às fortes chuvas dessa semana e não tiveram como ir para casa de parentes ou amigos, foram encaminhadas na noite de anteontem a um abrigo improvisado pela gestão Gilberto Kassab (DEM).

O abrigo, na verdade, é a Emef (Escola Municipal de Ensino Fundamental) Heraldo Barbuy, que foi desativada para reforma há cerca de quatro meses.

As famílias afirmam que, ao chegar ao local, por volta das 21h, se depararam com falta d'água, salas com lixo amontoado e cheirando a urina e banheiros sem torneiras, pias ou papel higiênico. "Minhas três filhas tiveram de varrer a sala para que a gente pudesse dormir", diz a dona de casa Laudemira Ferreira da Silva, 50 anos, que precisou deixar o barraco onde morava havia 15 anos após o local ter sido interditado pela Defesa Civil.

Do Agora

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