quarta-feira, 15 de julho de 2015

Aécio Neves não entende nada de nada

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Nada do que consta no texto me surpreende.
Entre setembro de 1985 e janeiro de 1986, participei, em Brasília, de uma comissão interna da Caixa, formada por cinco empregados e cinco diretores. Eu era um dos cinco representantes eleitos pelos empregados e o Aécio Neves era um dos cinco diretores escalados pela presidência da empresa (na época, ocupada por Marcos Freire), para compor a comissão.
Durante os quatro meses, as reuniões eram diárias e duravam a tarde inteira. Houve uma breve parada no fim-de-ano. Na pauta, diversos assuntos internos muito importantes para os então 80 mil funcionários da empresa em todo o país.
O diretor Aécio faltou a quase metade das reuniões do grupo. E quando esteve presente, manteve-se por horas a fio sentado, no canto da mesa de reuniões, olhando fixamente para um ponto na parede ou da própria mesa. Ele nem sequer “aproveitava” o tempo para ler alguma coisa útil. Não perguntava nada, não dizia nada.
Segundo seus colegas diretores, o “problema” é que ele “não entende nada, rigorosamente”, do que estávamos ali tratando. E ele nem queria entender. A fisionomia dele era a de um adolescente contrariado e entediado, que fora posto ali de castigo.
Às segundas e sextas-feiras, o Aécio geralmente faltava às reuniões da comissão, pois, segundo seus colegas diretores, “ficava no Rio surfando com os amigos”. Ele e eu, na época, contávamos com 25 anos de idade. Me convenci, a certa altura, que aquele rapaz carregava alguma patologia mental. Ao fim e ao cabo, a contribuição de Aécio Neves no relatório final produzido pela comissão interna da Caixa foi este: zero. E assim segue o ainda-playboy Aécio Neves até hoje, contribuindo com zero, rigorosamente, para o país.
Eu acredito, piamente, que ele não entende nada do que consta nos materiais que seus assessores lhe passam. Creio que suas falas são decoradas e que suas interlocuções e entrevistas são peças teatrais, bem treinadas e bem ensaiadas. Nada me convence do contrário.
Como governador de seu Estado, todos sabem que quem mandava em tudo no governo dele era a irmã. No Senado, sabe-se que ele jamais apresentou qualquer projeto ou iniciativa, e que está ausente a grande parte das sessões.
Em conclusão, estou convencido de que, em 2014, a “providência divina” livrou o país de ser governado por uma pessoa que é uma “nulidade completa”, para dizer o menos, ou seja: aquela mesma pessoa que conheci em 1985 e com a qual convivi por quatro meses. É o próprio Aécio quem tem dado mostras seguidas disso, por sinal, muito eloquentes.

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